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Volta a Portugal de autocaravana - 2016

Férias. 
Estive de férias. De tudo. Pessoas, telemóveis, computadores, tudo!
Já voltei a trabalhar. Já voltei à página do Facebook. Já há novidades pelo Instagram.
Quero férias de novo. É isso.
Estou de volta.






Tudo é uma questão de perspectiva

Isto podia ser um blog de visões. Um blog de modos de ver a Vida. Porque eu vou ganhando aos poucos novos ideais e novas formas de lidar com o que se passa à minha volta.
Mas todos os dias tenho um pensamento novo e não tenho tido vontade (confesso) para vir aqui escrever sobre isso.
Tenho aprendido que não posso falar das minhas opiniões e do meu modo de vida com toda a gente.
Há pessoas que não compreendem. Não vêem mais além... E como não entendem nada disto, acabam por criticar ou até tentar mudar a pessoa para a sua própria forma de ser e estar no Mundo. Cada um é como é e isso tem de ser respeitado e nunca criticado!
Eu não digo a ninguém para ser como eu ou ver as coisas como eu as vejo. Até porque isso vai se adquirindo com o tempo. Antes de saber o que sei agora, eu não sabia nada e era igual às outras pessoas que andam por aí e não sabem o que querem nem para onde vão.
Aliás... eu também ainda não sei para onde vou!!! Mas já estou numa fase onde vejo as coisas como elas são. Não é fácil! É feio! A realidade é feia! O ser humano é horrível! Somos todos maus! Eu também sou e tu também o és!
Mas se conseguíssemos aceitar o outro como espelho de nós próprios, isto podia mudar e muito!

Quando eu não estou bem, tudo à minha volta fica mal também. Porque eu sou tudo à minha volta. A minha forma de ver o mundo advém de como me sinto.
Se eu estou bem comigo, vejo o belo em todo o lado. Mas se não estou bem então tudo incomoda e tudo está errado à minha volta! Mas a culpa é minha! Porque eu estou com uma perspectiva negativa em relação a tudo!
E assim funciona com tudo na vida! Basta experimentar e ver que tenho razão.

A Vida não é difícil. Nós é que complicamos tudo.
Somos seres racionais e mesmo sendo o único ser vivo com pensamento, somos igualmente estúpidos e inconscientes.

Beijos!
A.V.

Hoje.

Hoje discordo de tudo.
Hoje sou céptica.
Hoje arrelio-me com o meu próprio ser.
Hoje zango-me e arranco cabelos
Com a mente.
Mas amanhã tudo vai passar.
Porque a noite vai chegar.
E a almofada vai ajudar a adormecer.
E vai ficar tudo bem
Como sempre.

A.V.

Tenho dito.

Colapsos necessários

E se eu vos dissesse que tudo é mentira? Que tudo é ilusão e que somos nós próprios que criamos isto tudo?

E se eu vos dissesse que não sou a única pessoa a pensar assim e muita gente foge do sistema porque vê que somos todos usados e  abusados por uma entidade desconhecida (para mim) que manda nisto tudo e faz com que sejamos uns robots na sociedade contemporânea?

Num post anterior falei sobre a publicidade. As pessoas das aldeias que não têm shopping ou marketing abusivo como nós que vivemos na cidade, não perdem tempo em compras. E serão menos felizes por causa disso? Por que razão nos fazem acreditar nos painéis publicitários que a felicidade está num café expresso ou num biquini tribal?

Eu tenho um telescópio e vejo imagens de planetas e estrelas como bolinhas coloridas lá longe. Como é que conseguem ver imagens nítidas de planetas tão longe e eu não consigo? Se é em base de imagens e frequências e mais não sei o quê, por que é que eu também não as vejo? Também tenho um telescópio e não vejo Marte ou Júpiter tão nitidamente como "eles". Vamos falar de Plutão? Nos confins do Universo lá longe? Uma bolinha? Com um Pluto desenhado? Por favor!!!!

Fiquemos por aqui hoje.

Confusões necessárias.

É necessário ter-se sido aquilo que já se foi para se poder dizer que se já não o é. 

Comecemos por esta frase. Custou-me imenso chegar aqui. Sim, fui eu que a escrevi, saiu da minha cabeça e isto não foi fácil, ok? Não sou mega inteligente senão já tinha escrito livros de auto-ajuda e era uma bestseller neste mundo do auto-conhecimento.

Vamos lá ver: é necessário ter-se sido aquilo que já se foi.
Ou seja, o que eu fui já não o sou. Todos nós vamos mudando ao longo do tempo sim?
Pronto, até aqui tudo bem.
Já não sou o que fui.
Quer dizer que mudei a forma de pensar e estou numa nova etapa da minha Vida e do meu pensamento.

*****

Quem conhece o meu blog já sabe das histórias que por aqui passam. Não sou flor que se cheire, já cometi 48657674894 erros na minha Vida e estou em constante aprendizagem.

Mas hoje em dia questiono tudo. Vivo numa fase de mudança tão grande e tão confusa que perdi a noção real (real?) de tudo. Já não acredito em nada.

Alguém me pode ajudar?

Epifanias

Acredito na teoria do "tens de ler muito para escrever mais". Sempre li imenso durante toda a minha vida e agora, mais que nunca, voltei a ler assiduamente.

Dei por mim a reler livros que me abriram portas outrora e que, agora, fazem ainda mais sentido. Voltei a ler o Siddartha de Herman Esse. Uma bíblia para mim. Desde sempre. 

Aprendi que um homem tem de passar por tudo para aprender tudo. Não conseguimos aprender com os erros dos outros. Podemos ter esses erros como exemplo e até evitá-los, mas sem passarmos por lá, nunca aprenderemos de verdade o que é o "erro" na realidade. (confuso não é?eu também achei no início)

"A sabedoria não se partilha, o conhecimento sim."; li algures.
Não consigo partilhar o que já sei de forma concreta. O conhecimento transmite-se por palavras e muitas vezes, a linguística não é suficiente. Daí recomendar lerem livros e chegarem lá por vocês próprios tal como eu tenho chegado. 

Tenho lido muito. Pesquisado muito sobre budismo, meditação e paz de espírito. 
Afinal, questiono tudo à minha volta. Que faço aqui? Por que razão estou especificamente aqui? Neste espaço e tempo... E acima de tudo, para onde vou? 

Cada dia aprendo mais e sei cada vez menos. Mas não desisto. 

Aos poucos vou aprendendo a ver mais além. A ver o que há por trás das pessoas. A tentar entendê-las. E aceitá-las. E amá-las tal como elas são. 
Tento saber o porquê de serem "más" com as outras pessoas e descubro que o são apenas porque não sabem ser de outra forma. São pessoas que não vêem mais além daquilo que são. E isso já é frustrante o suficiente. 

Antigamente nem eu sabia porque era fútil ou consumista ou egoísta. Não tinha noção nenhuma do que estava a fazer. Hoje em dia, com olhos abertos, consigo ver os outros a serem fúteis, consumistas e egoístas e entendo-os. Porque não sabem que o são. Não sabem sequer o que andam aqui a fazer.
E até se podem zangar se alguém os tentar chamar à razão. 

Há pessoas que não aceitam a Verdade. Não permitem sequer mudar a sua forma de ser, tendo a sua como garantida. 

Eu respeito essas pessoas. Mas afasto-me delas. Porque já não consigo lidar com pessoas assim. Que não sabem ver mais além. Que são limitadas ao seu ser e não evoluem. pelo menos, não no tempo e espaço que me encontro com elas. 

Acredito que com o tempo toda a gente acaba por ver mais além do que os seus olhos vêem. Infelizmente algumas pessoas só conseguem chegar a esse patamar no seu leito de morte. E é aí que se arrependem. Que se angustiam. Quando por fim vêem a Verdade. 

Eu estou em busca da Verdade agora. Enquanto ser humano. Enquanto estou viva.
Tem doído imenso. (as verdades doem) Mas tem sido uma busca gratificante.

Se sou esquisita? Sou sim. Mas com muito orgulho em tentar abrir cada vez mais os meus olhos.
Mais tarde irão se lembrar de mim e dizer "ela já sabia disto e eu só descobri agora..." 

Deixo uma dica: 
Já pensaram no que compram e por que razão o compram? Já se deram conta da publicidade que vêem no dia a dia e no fim vocês até acabam por comprar aquilo que viram? Já deram conta do momento que compraram alguma coisa sem sequer saber porque o queriam comprar? 
Assim é o sistema. É disso que estou a tentar fugir.
Pensem nisto.

A.V.

Observando e Absorvendo

Ando um bocadinho longe do blog. Não por não ter o que dizer - bem pelo contrário - ultimamente tenho tido imensas revelações dentro de mim; mas acima de tudo estou a organizar-me cá dentro.

Dizem que somos uma constante mudança. Que estamos sempre em constante evolução. Eu acredito plenamente nisso. Até porque, agora mais que nunca, tenho uma epifania diferente quase todos os dias. É tudo culpa do poder enorme da observação. Observar e absorver.

Tenho lido mais. Tenho dedicado grande parte do meu tempo a ler livros. E tenho me instruído muito. Talvez em breve possa escrever sobre o que ando a ler. Deixem-me primeiro assentar toda a poeira dentro de mim para depois expor cá para fora.

Tudo a seu tempo. Eu não tenho pressa.

A Felicidade está nas pequenas coisas.

Têm sido dias cheios.

Cheios de trabalho.
Cheios de tarefas.
Cheios de coisas para fazer.

Hoje sentei me no sofá.
E não me mexo mais até chegar o marido a casa.

Tenho tudo arrumado.
Fui a duas aulas de código na mesma semana.
Passei a ferro.
Falei com amigos/as de longa data.

Sinto me completa.
Toda eu sou Amor. 

Adoro dias assim.

Aprendendo.

Ultimamente tenho tentado chegar a conclusões que adquiri no Caminho de Santiago.

Aconselho vivamente toda a gente a fazer pelo menos uma vez na vida o caminho. Uma semana longe de tudo e apenas a caminhar é o suficiente para ficar com uma visão diferente da realidade que tínhamos antes do Caminho.

Aconteceu comigo. 

Não fui com ideais religiosos mas sim espirituais. Aliás, eu nem sabia onde me estava a meter...
Só uns dias depois é que comecei realmente a ver o que é o Caminho e porque tanta gente o faz.

É o reencontro com o eu espiritual. É o auto conhecimento de si próprio. É o saber que podemos fazer mais quando passamos uma vida inteira a pensar que não conseguimos fazer mais do que aquilo que já fazemos. É superar se a si próprio.

E é aprender. A observar e a absorver. A ver o quão pequenos somos neste Universo e o quão estupidamente grandes nos achamos.

Eu sei que num passado fui extremamente consumista e egoísta. Hoje em dia critico quem é assim. Mas não o faço por mal. Faço-o porque já fui assim sem saber que o era.

Só quando aprendi a ver o quão pequena sou e o quão insignificante sou, dei valor a outras coisas.

Valorizo a Terra. 
Valorizo as árvores e as flores. Por causa disso deixei quase por completo de ter flores em casa e só tenho plantas para as ver crescer e não arrancá-las e colocá-las num copo com água para vê-las morrer aos poucos.

Valorizo o meu tempo. 
Trabalho muito. Trabalho muito porque gosto do que faço. Mas deixei de usar o dinheiro do meu esforço no trabalho em coisas supérfluas.
Hoje em dia junto dinheiro para viajar e para aprender. Antigamente juntava para comprar coisas. Coisas que comprava para agradar aos outros. (O filme Fight Club explica bem este assunto)

Valorizo as pessoas. 
Muito mesmo. Hoje em dia aprendi a aceitar toda a gente. Mesmo aquelas pessoas sem coração que são horríveis por dentro. Aprendi a amá-las também. Porque nós não sabemos como é o interior de cada um. Não sabemos o que sofrem, o que sentem, como vivem. Não sabemos. E apenas vemos o lado mau da pessoa.
Tenho aprendido que as pessoas más são aquelas que mais sofreram. E as pessoas boas são as que aprenderam a amar com o sofrimento.
Por isso: o amor. Por isso: a compreensão e a compaixão.
(Vi também o filme Cidadão Kane que explica o lado mau da pessoa e o porquê de ser mau. Mais um filme que aconselho)

E aos poucos vou aprendendo e mudando a minha forma de ver a vida. 

Quem inventou isto tudo? Quem é o dono disto tudo?
Isso nunca saberei e acho que desisti de querer saber.

Às vezes a ignorância é o melhor amigo do Homem. Mas só às vezes.

A.V.

Vamos pensar um pouco

Uma coisa que me deixa chateada comigo própria é o facto de por vezes me zangar e revoltar com as atitudes das outras pessoas.

Na verdade as outras pessoas são o nosso espelho. Ponto final.

Todas as críticas que faço às outras pessoas (porque sim, faço-o como qualquer ser humano) são o espelho daquilo que nós somos.
Em algum momento já fomos, fizemos ou dissemos exatamente aquilo que estamos a criticar. Podemos já não fazê-lo no momento da crítica mas se vemos isso na outra pessoa é porque temos e/ou tivemos isso dentro de nós.

Já pararam para pensar nisso?
É por isso mesmo que se diz que quando apontas um dedo a outro, tens três virados para ti.

Vale a pena pensar nisto. Abrir os olhos faz bem. 
Por muito que possa doer.

A.V.

Tentaremos não nos esquecer

Dizem que estamos cada vez mais avançados. No entanto, tudo o que vemos hoje, será obsoleto no futuro. Somos o paleolítico do futuro. Mas não queremos aceitar isso.

Temos o exemplo dos telemóveis. O meu telemóvel é um Samsung S3. Já existe o 7!! Sendo assim em simples 4 anos (!) o meu telemóvel já está obsoleto. (Para mim não, mas para a tecnologia está mais que velho e desatualizado)

Outro exemplo são as redes sociais. Deixamos fotos no Facebook para daqui a uns tempos se lembrarem de nós.
Mas seremos esquecidos. Todos. Não há memorial que nos mantenha aqui. Lamento informar vos disto.

Mantemos a imagem como forma de não esquecimento mas no fundo sabemos que quando desaparecermos, não haverá imagem que nos recorde.

Não somos nada. Estamos aqui de passagem. 

E ainda assim somos maus uns para os outros e esquecemo nos que seremos esquecidos.

A.V.

O Homem e a máquina

Desde o Caminho que houve pequenas grandes alterações de consciência dentro de mim. Coisas que não consigo transpor em palavras ainda. Novos ideais e novas maneiras de ver o mundo.
Confesso que quando andei de carro depois do Caminho; o simples caminho de Santiago a Viana, deu para ver como avançamos com as tecnologias e como aquilo que se fazia antigamente em 15 dias, hoje se consegue fazer em hora e meia.
Estamos a mudar. A avançar e a deixar de dar valor ao tempo. Porque com a evolução estamos a adiantar o tempo.
Tudo é mais rápido. Agora até já há um protótipo de um veículo que anda a vácuo e atinge os 1200km/h.
Dentro de algum tempo estaremos na China em 15 minutos.
E eu ainda continuo com a teoria do teletransporte na minha cabeça. É a evolução que mais me intriga e talvez a que mais deseje ver enquanto ser vivo.
Diz se por aqui que "em breve" seremos máquinas. Seres humanos com o Google associado ao cérebro...
Já estivemos mais longe... sei disso.
Mas depois... numa noite destas...
Vi o Admirável Mundo Novo...
Óbvio que o filme é um clássico mas o que me encanta é o fim. (Não o vou contar; vejam vocês)
Com tanta e tanta evolução um dia destes vamos querer voltar às cavernas.
Eu já estou nessa fase. 

A.V.

O caminho começa à porta de casa.

Ora bem... toda esta ausência serviu para trabalhar muito e ganhar pouco; caminhar para preparar a grande caminhada e fazer/preparar a mochila e tudo para o caminho de 120km que começa.... amanhã.

Já estamos em Viana do Castelo. Viemos passar o sábado com os papás e com o cão (já não vinha a Viana há mais de um mês). Já fizemos as últimas compras para a viagem e amanhã será o dia 1.
Amanhã bem cedo vamos para Santiago de Compostela com os meus pais. Vão nos levar e aproveitar a viagem para revisitar Santiago que é um sítio bem lindo de visitar.

Será para nós (eu e o Miguel) o início. Começaremos a caminhada a partir da grande catedral.
Estou muito ansiosa pelo Caminho. Já tenho a mochila feita e não me parece pesada. Agora.
Óbvio que com kilometros em cima tudo vai pesar. Tudo vai doer.

Mal posso esperar. Mais novidades a partir de amanhã.
Boralá!

Vivendo.

Mais ansiedade.

Escrevo este post a partir do meu telemóvel e a palavra "ansiedade" vem acompanhada de "controlável". Ansiedade controlável. Ri-me sozinha.

Mais uma vez estou em fase de autoconhecimento. Não me apetece estar com ninguém a não ser comigo. Pelo menos, tenho sido uma pessoa com quem gosto de estar. Nem sempre concordo comigo mas eu e o meu eu temos falado muito. E acho que estamos a chegar a algum entendimento.

Não me venham dizer que estar em solicitude é fácil. Não é. Mas aos poucos vou gostando cada vez mais da minha companhia. Fui ver o concerto dos Mão Morta à Casa da Música. Podia ter corrido muito mal mas correu mesmo muito bem. Entrei lá e fui a correr à casa de banho. Pela primeira vez que lá entro, deixei logo um pouco de mim. O sistema nervoso já estava em alerta desde a entrada. E manteve se até ao fim do concerto.

Ainda assim, foi algo mágico. Digamos que não conhecia nada de Mão Morta. Nada mesmo. Sabia que era negro, ousado, escuro e obscuro. Tal como os meus adentros. Entrei em viagem interna com os Mão Morta. Viajei dentro de mim com eles. Senti tudo, como o Luxúria. Sofri tudo, tal como ele. Os meus sentimentos estavam à flor da pele. A ansiedade provoca-me suores frios. Todo o meu adentro estava em alvoroço.

O concerto foi poesia. Foi magia. Não consigo encontrar palavras para descrever. Hoje senti toda a ansiedade de novo. Luto infinitamente com os meus adentros. Mas alegro-me de não ter saído da sala durante o concerto. Nem ter saído do trabalho mesmo quando só me apetecia ar fresco. Alegro-me de estar a conseguir controlar me. Ansiedades controláveis.

Fez me lembrar o momento do deserto em Marrocos. Não consegui usufruir da estadia no meio do deserto. Porque a ansiedade apoderou se e foi mais forte. Não aproveitei o momento. E até hoje sei que tenho de lá voltar. Ficou mal acabado. Sou manienta nesse aspeto. Preciso de voltar aos sítios onde errei. E fazer de novo. Acredito em novas oportunidades.

Há alturas que não é possível mas, também sou manienta nisso, sei que tudo é possível. Basta querer.

O Caminho será feito até Finisterra. Quero que a minha meta seja o por-do-sol. E não uma catedral.
Afinal, é o Universo que me move.

Beijos.
A.V.

Ansiedades.

Tenho a ansiedade em mim.
Vi num filme que a ansiedade é "a vertigem da liberdade"...
O corpo grita e não deixa a mente falar.
O coração bate e não oiço mais nada a não ser o medo insuportável da morte.
E quero morrer.
E deixo que a morte venha.
Mas a puta não vem. E logo de seguida fico calma. E bocejo.
E depois vem o medo.
E eu deixo-o vir.
Sinto tudo. Sinto tanto.
Sou a ansiedade. Sou a morte.
E no fim não sou nada.

A.V. 

Cansada deste mau tempo

Foto Pinterest _Free People

Novidades frescas e fofas.

Sei que não escrevo há algum tempo. Isto anda caótico. Entre mudanças de horários, imenso trabalho, ansiedades e pouco descanso estou viva! O que importa é estar viva!

Têm sido dias em cheio. Só coisas a acontecer. Coisas na minha vida e dentro da minha cabeça que é outra vida. Isto cá dentro anda cheio de informação. Cheio de ideias e tão pouco tempo. E tão pouco dinheiro.

Aproxima se o tempo da caminhada. A longa caminhada. E dizem que nos próximos quinze dias - que é quanto falta para irmos - estará sempre temporal, chuvas e grandes tempestades.

Parece que tem havido muita trovoada de noite. Eu acho que o mundo pode acabar que, enquanto eu estiver a dormir, não vou dar conta. E é por isso que digo muitas vezes que coisas fantásticas acontecem quando eu não estou.

Resumindo, estou bem. Feliz e contente e cheia de trabalho. Não há nada que eu não aguente. Adiamos a ida à aula de código e a ver se sexta feira já poderei ir.

Já disse que ando cheia de trabalho? E de coisas para fazer? Ok, é isso. 

Sê Amor.


Florbela inspira quem sabe sentir. E eu sinto tanto...

A Vida

É vão o amor, o ódio, ou o desdém;
Inútil o desejo e o sentimento...
Lançar um grande amor aos pés de alguém
O mesmo é que lançar flores ao vento!

Todos somos no mundo" Pedro Sem",
Uma alegria é feita dum tormento,
Um riso é sempre o eco dum lamento,
Sabe-se lá um beijo de onde vem!

A mais nobre ilusão morre... desfaz-se...
Uma saudade morta em nós renasce
Que no mesmo momento é já perdida...

Amar-te a vida inteira eu não podia.
A gente esquece sempre o bem de um dia.
Que queres, meu Amor, se é isto a vida!

❤❤❤

Felicidade é isto.








Pensamentos parvos que me dão de vez em quando

Hoje dei por mim a pensar no crescimento diário de uma pessoa. Todos os dias pensamos que não acontece nada mas quando olhamos para trás é quando reparamos que "ah e tal a minha vida já deu 547 voltas" e ainda assim nós achávamos que nada acontecia.
Este fim de semana foi passado em família. Estivemos com os meus papás cá no Porto e demos um passeio por esta cidade que eu aprendi a amar.
E vi toda a mudança. Já não sou uma menina. Mas ainda sou a menina dos papás. Já não sou uma rebelde. Sou uma mulher. Já não faço "cenas". Sou uma menina crescida com maluquices saudáveis que não tenciono mudar.
Mas até o relacionamento com os meus pais está diferente. Estou grande mamã!

Já não preciso da opinião dos meus pais para tudo porque já tenho a minha. Já não peço autorização para coisas ridículas que sempre pedia. Já faço tudo sozinha.
Parece ridículo falar assim. Cómico até. Tenho 28 anos mas sempre fui e sempre serei a menina dos papás. Mas agora estou crescida. Cada vez mais desligadamente unida a eles.
E este fim de semana senti isso mais que nunca. Fizemos o almoço de Páscoa para eles. Com uma mesa onde nada faltou! E tudo estava maravilhoso.

Estivemos juntos na nossa casa. Na casa onde vivo com o meu companheiro. No meu cantinho. Onde deixo os meus pais entrar mas a mamã já não arruma nada! Nem o papá muda lâmpadas ou arrasta móveis! Agora eu faço tudo. Faço tudo em conjunto com o meu companheiro. E os papás ficam (e dói um bocadinho dizer isto) em segundo plano. Porque já não precisam de ajudar. Mas sim de aproveitar todos os miminhos e carinhos e comidinhas boas que fazemos para eles. Agora são eles que se sentam. E nós fazemos tudo para eles.
É gratificante. É maravilhoso. É magia. É Família.

E eu senti tudo isso a triplicar este fim de semana. Todo esse Amor louco que temos uns pelos outros. E essa agora independência também. Estou independente. Estou acompanhada. Estou feliz.
Só quero cuidar dos meus agora. Cuidar muito. E amar ainda mais.
Estou crescida. E isso assusta-me. Porque afinal eu até gosto disto.

A.V.

Dia de folga|De rastos

Hoje foi dia de fazer caminhada. Andamos nos treinos para Santiago e hoje foram mais 25km. Hoje sim... dói me tudo.
Fomos de casa até à baixa e aumentamos cinco km ao treino anterior.
Estamos de rastos. Mas chegar a casa e sentir que conseguimos ultrapassar mais um objetivo é gratificante.
Estou grata por estar a conseguir superar tudo. Suportar toda a dor.
Bora lá continuar isto. Já só falta 1 mês! :)

Dia do Papá


E foi há cerca de 28 anos que o Senhor Mário adquiriu o tão belo nome de Pai.
O meu Amor de sempre e para sempre.
Que agora tem rugas e cabelos brancos mas continua jeitoso como sempre.

Lembro-me de ser pequenina e ver os pais das outras crianças com barrigas grandes e corpos robustos e o meu pai sempre foi um homem muito atraente, muito bem constituido.

Só o bigode o marcou como "cara-de-policia" como diziam os meus amigos! Sempre sério mas muito charmoso.

Hoje em dia já tem um sorriso maior. Ficou mais "coneirinho" como dizemos lá em casa e eu adoro que ele esteja assim.
Só quer miminho e pergunta sempre quando vamos vê-los outra vez. :)

E pensar que estive tão longe dele quando vivi em Andorra. Hoje em dia, a viver no Porto, nem chego a ter saudades! Posso ver os papás todas as semanas se quiser! É tão bom!

Gosto muito de ti papá. 15 tostões. Numa escala de 0 a 14. :)

Fim-de-semana.

E porque hoje é sexta-feira só me apetece dançar! 
(porque eu mesmo cansada tenho sempre energia para dançar!!)

Vem aí um fim de semana de caminhadas (ou isso espero) e treinos para o Caminho. Já tenho roupinha preparada para o sofrimento. 
(se for para arfar, que seja com estilo!)


Bom fim de semana! :D
 

Perdi os Meus Fantásticos Castelos

Perdi meus fantásticos castelos
Como névoa distante que se esfuma...
Quis vencer, quis lutar, quis defendê-los:
Quebrei as minhas lanças uma a uma!

Perdi minhas galeras entre os gelos
Que se afundaram sobre um mar de bruma...
- Tantos escolhos! Quem podia vê-los? –
 Deitei-me ao mar e não salvei nenhuma!

 Perdi a minha taça, o meu anel,
A minha cota de aço, o meu corcel,
Perdi meu elmo de ouro e pedrarias...

Sobem-me aos lábios súplicas estranhas...
Sobre o meu coração pesam montanhas...
Olho assombrada as minhas mãos vazias...

Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"

Foca no Agora|STOP RIGHT NOW

Numa cidade grande como o Porto é muito fácil ver pessoas a correr (quase literalmente) de um lado para o outro.

Vemos pessoas a correr para o autocarro, vemos homens zangados a apitar dentro dos seus automóveis, vemos pessoas a passar a passadeira na estrada no vermelho-para-peões porque têm pressa para fazer sabe-se lá o quê. E dizem que não têm tempo.

E parar um bocadinho, não? E observar as árvores? E ver a paisagem? E cheirar a Primavera? E sentir o vento? Não?

Custa muito? Demora? É chato? Não há tempo?

Aconselho a todos os dias tirarem um tempo, um minuto que seja, e olhem à vossa volta. Não olhem apenas. Observem o que está à vossa volta! Respirem devagar e sintam a Vida! É tão bom!

Sintam o vosso coração e amem as "coisas" pequenas que este pequeno planeta nos dá. A árvore que vêem da janela de casa, o por-do-sol ao fundo, uma nuvem com forma engraçada...

Pára. Escuta. Olha.
Que o comboio da Vida passa e nós nem damos por ele...


Florbela Espanca diz e eu subscrevo:



Altos e Baixos

Quando não estamos bem, queixamo-nos que não estamos bem.
Quando estamos bem, pensamos que vai acontecer alguma coisa porque estamos bem.
Se está frio, deveria estar sol.
Se está sol, deveria estar mais fresco.

Esta nossa mania de achar que nada está certo. Este contentamento descontente. Que mania! Nunca estamos bem com o que temos!

Mas se pensarmos bem, todo o ser humano é assim! Sempre com queixas e mais queixas... e está errado! Devemos aceitar tudo o que vem porque tudo é como é e nem sempre é como queremos que seja...

Neste momento eu quero é Verão! :)
(quando vier o Verão vou querer o frio e os cobertores fofinhos...)

Uff!!



Mais amor por favor.

Gostava que um dia as pessoas deixassem de ser más umas para as outras.

Mas isso é uma utopia impossível de realizar.
Sendo assim, prefiro pensar na compaixão e no amor ao outro independentemente do estado de espírito da outra pessoa.

Gosto de acreditar que as pessoas se são más, é porque têm ou tiveram algo na sua vida que as fez ficar assim.
Eu própria num momento da minha vida fui má. Arrogante e prepotente. Assumo isso. Estava mal com a vida e muitas pessoas pagaram com isso. Até que aprendi que as outras pessoas não têm culpa!
Eu era a culpada de tudo e quando assumi isso, deixei de ser má. E passei a ser mais compreensiva. Aprendi a controlar as minhas próprias emoções e a não magoar os outros.

Não podemos entregar a culpa aos outros quando está dentro de nós a maldade e o mau humor. Eu sei que quando alguém não está bem, não consegue ficar bem para o outro. Mas hoje em dia aprendi eu também a controlar os humores internos. Se estou mal disposta deixo me estar no meu canto e cabe-me a mim mudar e deixar de estar mal disposta. Em nenhum momento vou culpar uma outra pessoa pelo meu mal estar. Não é justo.

Nós criamos tudo. Dentro da nossa cabeça. Mas ainda há pessoas que entregam os seus males aos outros. Depositam toda a culpa no outro e esquecem-se que quem causa tudo são as próprias pessoas. A isto se chama consciência. Ter consciência do que vai na nossa própria cabeça.

Aceitar, assumir e deixar ir.


Vê sempre o lado bom.

Nota para nunca esquecer:

Ver sempre o lado bom de tudo na Vida! Há sempre alguma coisinha boa no meio de uma tragédia!
Por isso o importante é saber encontrar esse pedacinho bom. Mesmo que tudo esteja mau, aproveita esse momento também. Vive o momento mau. A depressão. Porque é quando estamos mal que valorizamos o bom que a Vida nos dá! 
Este é o lado positivo!

Imagem do Pinterest 

Mantra para todas as segundas-feiras!


Imagem retirada do Pinterest

Domingo

Este fim de semana poderia ser de três dias. Dava-me muito jeito ter um dia a mais entre sábado e domingo. Acho sempre que dois dias de folga nunca chegam.

Ontem tirei o dia para arrumar a casa. Os meus pais vieram cá jantar e saíram para ver o Miguel Araújo e o António Zambujo no Coliseu do Porto.

Eu fiquei por casa com o mais-que-tudo. A casa ficou limpa mas nem pude vir ao blogue porque não deu tempo para tudo.

Hoje decidi dormir. (também preciso) Ignorei o despertador e deixei-me ficar na cama. Só me levantei quando já me doíam as pernas de estar tanto tempo deitada. Mas a verdade é que acordei cheia de energia. Umas boas horas de sono e estou como nova!!

Por fim posso dedicar algum tempo ao meu cantinho preferido. Adoro estar de folga e ter tempo para pesquisar coisas giras para o blog. Poder dar uso ao computador e deixar me levar pela escrita.

Estamos com planos cá por casa. (para não variar)
Criamos um objetivo logo no inicio do ano: ter uma autocaravana para podermos viajar ainda mais. E desde o inicio de 2016 que estamos a juntar dinheiro para a nossa carripana.

Felizmente temos conseguido juntar o suficiente para investir para breve e decidimos que em vez de comprar a autocaravana, optamos por transformar uma carrinha normal numa casa com rodas!
E está mesmo a acontecer.
Já andamos malucos a ver carrinhas; eu (como é óbvio), já ando a ver decorações de interiores para carrinhas velhas! Ahahahah
Não faço ideia como se transforma uma autocaravana, mas vejo sim, que há mil e uma coisas giras que se podem fazer a pouco custo.

Não queremos um hotel 5 estrelas com rodas, queremos sim, o conforto necessário para poder viajar como queremos, e podermos dormir onde e quando quisermos (dentro das legalidades).

Confesso que estou ansiosa com a ideia de andar por aí a passear sem rumo! Já o fazemos mas ir e poder pernoitar, por exemplo num fim de semana, tem outra magia e, ainda mais, podemos ir mais longe! :)
Foto do Pinterest

Dias felizes com sol

Estar em casa com a família é luxo! Sou rica em Amor. Sou gorda de tanto carinho e estou com diabetes de tão docinha que fico quando estou com os mimos dos papás e do cão e do meu príncipe.
Estou na terrinha. De férias até quarta feira. E cheia de energia positiva.
Viva o Amor e o Sol e os sorrisos estampados! :)

Segunda-feira|Há males que vêm por bem|Falemos de merda

É segunda-feira e eu estou a adorar.

Não sei se é psicológico mas se for, prefiro deixar estar assim.
Sinto-me bem. Sinto-me muito melhor. O meu corpo sente-se leve. Pode ser da minha cabeça, mas eu gosto deste auto-engano.

Mudei a minha alimentação por completo. Comecei este fim de semana a comer melhor. Muito melhor.
Basicamente na sexta-feira correu muito mal o dia. Tive (muito) sangue nas fezes e fiquei chocada com a gritaria que saiu (literalmente) do meu corpo. Nunca tinha passado por tal coisa e foi um susto daqueles. Mas foi um susto que serviu de alerta.

Nunca fiz a digestão corretamente e pelo que tenho falado, também nunca fiz um cocó em condições. Diz que tem de boiar e não pode sujar o papel higiénico. Ora a mim nunca me aconteceu ter nada a flutuar na sanita nem nunca deixo o papel higiénico branquinho... Sim, sou gaja e também faço cocó, ok?

Sendo assim criou-se uma revolução cá em casa onde impera a verdura e a fruta! Fomos ao sítio do costume, aka Pingo Doce, e trouxemos dois sacos cheios de coisas saudáveis.
Já fizemos sopinha (que tem sido uma constante cá em casa) e começamos a cozinhar coisinhas boas. Até para levar para o trabalho tenho coisas novas e boas. (hoje até fiz propaganda às sementes de girassol)

Compramos também seitán e soja texturizada para experimentar... vamos lá ver...

A verdade é que estes dias de couves, grelhados e frutinha, têm me feito muito bem. Sinto-me bem pah!
Não consigo explicar mas é como uma leveza no corpo... por mim, se é para estar assim, deixo já de comer carne! Bastou deixar os açucares. Bastou deixar as bolachas/snacks durante o dia. E passei a comer fruta e frutos secos e tostas de milho. Até parece que o dia rende mais!

Estou muito contente com esta mudança. E acredito que não mudo de alimentação tão cedo!


Foto do Pinterest

A.V.