Ultimamente tenho tentado chegar a conclusões que adquiri no Caminho de Santiago.
Quem inventou isto tudo? Quem é o dono disto tudo?
Isso nunca saberei e acho que desisti de querer saber.
Aconselho vivamente toda a gente a fazer pelo menos uma vez na vida o caminho. Uma semana longe de tudo e apenas a caminhar é o suficiente para ficar com uma visão diferente da realidade que tínhamos antes do Caminho.
Aconteceu comigo.
Não fui com ideais religiosos mas sim espirituais. Aliás, eu nem sabia onde me estava a meter...
Só uns dias depois é que comecei realmente a ver o que é o Caminho e porque tanta gente o faz.
Só uns dias depois é que comecei realmente a ver o que é o Caminho e porque tanta gente o faz.
É o reencontro com o eu espiritual. É o auto conhecimento de si próprio. É o saber que podemos fazer mais quando passamos uma vida inteira a pensar que não conseguimos fazer mais do que aquilo que já fazemos. É superar se a si próprio.
E é aprender. A observar e a absorver. A ver o quão pequenos somos neste Universo e o quão estupidamente grandes nos achamos.
Eu sei que num passado fui extremamente consumista e egoísta. Hoje em dia critico quem é assim. Mas não o faço por mal. Faço-o porque já fui assim sem saber que o era.
Só quando aprendi a ver o quão pequena sou e o quão insignificante sou, dei valor a outras coisas.
Valorizo a Terra.
Valorizo as árvores e as flores. Por causa disso deixei quase por completo de ter flores em casa e só tenho plantas para as ver crescer e não arrancá-las e colocá-las num copo com água para vê-las morrer aos poucos.
Valorizo o meu tempo.
Trabalho muito. Trabalho muito porque gosto do que faço. Mas deixei de usar o dinheiro do meu esforço no trabalho em coisas supérfluas.
Hoje em dia junto dinheiro para viajar e para aprender. Antigamente juntava para comprar coisas. Coisas que comprava para agradar aos outros. (O filme Fight Club explica bem este assunto)
Hoje em dia junto dinheiro para viajar e para aprender. Antigamente juntava para comprar coisas. Coisas que comprava para agradar aos outros. (O filme Fight Club explica bem este assunto)
Valorizo as pessoas.
Muito mesmo. Hoje em dia aprendi a aceitar toda a gente. Mesmo aquelas pessoas sem coração que são horríveis por dentro. Aprendi a amá-las também. Porque nós não sabemos como é o interior de cada um. Não sabemos o que sofrem, o que sentem, como vivem. Não sabemos. E apenas vemos o lado mau da pessoa.
Tenho aprendido que as pessoas más são aquelas que mais sofreram. E as pessoas boas são as que aprenderam a amar com o sofrimento.
Por isso: o amor. Por isso: a compreensão e a compaixão.
(Vi também o filme Cidadão Kane que explica o lado mau da pessoa e o porquê de ser mau. Mais um filme que aconselho)
Tenho aprendido que as pessoas más são aquelas que mais sofreram. E as pessoas boas são as que aprenderam a amar com o sofrimento.
Por isso: o amor. Por isso: a compreensão e a compaixão.
(Vi também o filme Cidadão Kane que explica o lado mau da pessoa e o porquê de ser mau. Mais um filme que aconselho)
E aos poucos vou aprendendo e mudando a minha forma de ver a vida.
Quem inventou isto tudo? Quem é o dono disto tudo?
Isso nunca saberei e acho que desisti de querer saber.
Às vezes a ignorância é o melhor amigo do Homem. Mas só às vezes.
A.V.
A.V.
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