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Uma aventura na vida adulta...

"Eu avisei."

Viver sozinha tem muito que se lhe diga.
Não é a universidade onde pagas apenas um quarto. Não é casa de amigos ou namorado com quem partilhas contas. 

É a tua casa. São as tuas contas. Ninguém paga nada por ti. Só se tiveres uns papás ricos e esse não é o meu caso. (Obrigada mamã pelas constantes tupperwares)

Viver sozinha é uma aventura nem sempre espetacular. Aliás, se for mesmo sincera não tem nada de espectáculo. Ou tem, se contabilizar os malabarismos que faço com o dinheiro, isso sim, parece mesmo o Cirque du Soleil. 

Uma vez com o dinheiro preparado e organizado tudo fica melhor. Comigo ainda não aconteceu. Mas eu prometo ir a Santa Luzia a pé quando a minha vida financeira ficar mesmo estável!

Vai ficar tudo bem. 
A. V. 

A Felicidade é o caminho, não o destino.

"Tudo o que começa mal, acaba bem."

Primeiro problema:
Arranjar uma casa no Porto para uma pessoa só, com renda acessível. Depois de muita busca lá encontrei um cubículo pequenino que chega para mim. Feito. ✔

Segundo problema:
Renda baixa = não mobilada.

Ah e tal bora lá comprar eletrodomésticos. E arranjar tudo para iniciar uma vida nova.
Comprei eletrodomésticos e reciclei o meu passado. (Esta parte foi mais fácil tendo em conta a quantidade de casas onde já vivi e um sótão cheio de passado)
Feito. ✔

Terceiro problema:
Gastos. Organização financeira ao cêntimo. Agendas, listas pormenorizadas com compras a fazer com dinheiro justo.

A decorrer...

É tudo por agora.

Devagar chegamos lá

Acabo de ler um livro em 2 dias e entrou em mim uma total iluminação inspiradora para voltar firme e fresca ao blog.

Vivo sozinha desde Novembro de 2017. Parece fácil gerir tudo sozinha mas não foi, não é e não  será nos próximos 15 anos tendo em conta que estou a conseguir juntar 2 a 4 euros por mês. Uma fortuna portanto que nem chega para ir a Aveiro.

Seguem-se os relatos.
Divirtam-se.

A. V.

Continuação - Janeiro 2018

13.01.2018
Tem sido difícil parar. Porque me tenho vindo a enganar de forma a fugir do tema que é esta dor de alma. Estive doente, com uma amigdalite, sem saber bem de onde vinha a dor. Se era real ou também seria da alma. Afinal estava mesmo doente…

Hoje ligou me a psicóloga. Ainda não disse, mas estou a ser seguida por uma psicóloga que me parece ser espectacular. Fui ter com ela e disse-lhe que não queria que me tratasse com medicação ou com palavras bonitas porque desse tipo de pseudo-psicólogos já estou eu cansada. Quero alguém que me oiça de verdade e me ajude a encontrar-me porque não estou a conseguir fazê-lo sozinha.

E a verdade é que já tive ideias de fazer caminhadas e trilhos que eu sei que gosto mas nunca tenho a proactividade de procurar e realmente fazer.
Gosto da meditação e todos os dias tenho meditado um bocadinho e ao parar parece que me vêm à cabeça novas ideias e novas (e boas) soluções para andar para a frente.

Gosto de ler e todos os dias também tenho-me obrigado a ler um bocadinho. A doutora recomendou-me uns livros e este interesse de voltar a ler é bom. (preciso é de imprimir porque gosto mesmo de ler em papel e sublinhar sempre que possível)

Decidi então assumir que não estou bem desde a separação. Foi e está a ser muito difícil aceitar que fiquei mais uma vez solteira. Mais um relacionamento que falhou. Mas agora… a ideia principal sou EU. Vou mudar o pensamento. Porque na verdade, o que eu quero mesmo é estar bem comigo mesma.

A minha dedicação será a partir de hoje, única e exclusivamente para mim e para a minha família. Os únicos que nunca me desiludem, nunca me deixam e me apoiam a 100% são os meus pais. E isso ninguém me tira. Os meus pais são as únicas pessoas deste Mundo inteiro de 7 biliões e tal de humanos que me apoiam e nunca deixam de estar ao meu lado.
E sendo esse o facto, nunca mais vou deixar que outros entrem no meu caminho para me magoar ou fazer sentir mal.

Não quero que ninguém tenha pena de mim. Não serei mais a vítima. Não preciso de ninguém na minha Vida além dos meus pais. E quando eles partirem, aí sim, quem sabe queira ter alguém para me cuidar no futuro. Quem sabe no futuro arranje uma empregada que me cuide e/ou reserve um lar para o meu fim a sós.

O que importa neste momento é o Agora. Agora estou com eles, agora quero que cuidem de mim e eu cuidarei deles também.

O meu “eu” individual.
Estou bem comigo mesma. Hoje tomei um banho gostoso com óleos e cremes esfoliantes. Cuidei de mim e vesti um conjunto de roupa interior nova, super sexy, só para mim. Mais ninguém viu além de mim, e não importa porque eu sinto-me bem comigo mesma. Não preciso de ninguém que me diga que estou linda e sexy porque sim, eu hoje estou linda e sexy com esta roupa interior!

Estou sozinha e isto começa aqui e agora como sempre digo.

Isto começa assim - Janeiro 2018

11.01.2018
Ainda me estou a acostumar ao teclado do meu portátil novo mas o bichinho da escrita depressa voltou.
Estive sem computador e não uso - nem tenho - televisão. Deu para começar a ler alguns livros nestes dias de descanso da escrita.
Centro-me agora no meu bem-estar. Centro-me em mim.

Estamos a 11 de Janeiro de 2018 e estou sozinha (entenda-se, solteira) há cerca de 2 meses. Ainda não recuperei a dor da ausência dele, do nosso cão que ficou com ele, da nossa auto-caravana que entretanto já foi vendida. 

Não tem sido nada fácil e encontro-me não com uma depressão (até porque detesto essa palavra), mas com uma dor muito forte na alma que me está a obrigar a renascer aos trinta anos.

Numerologias da vida, separei-me exactamente um mês antes de cumprir 30 anos, feitos no numerológico dia 3 de Dezembro de 2017. Este tão famoso número que me acompanha desde nascença.

Isto começa assim. 

Quarta-feira

A quarta-feira é sempre aquele dia que fico exausta e ansiosa pelo final da semana.
É o dia do meio. Do "estou a desesperar que ainda falta tanto" junto com "são só mais dois dias e acaba".
Depois passa e a vida segue.
Mas a quarta-feira mata-me.