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Amar-se a si mesmo.


Eu tento. 

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Palavras.


"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada."
Clarice Lispector. 

Ouch! Esta doeu.

E de repente, estou eu, na rotina do costume, a ver o Pinterest sentadinha em casa e leio isto: 


Podia ser qualquer outra coisa. Encontrei várias imagens giras até, para colocar aqui. Mas não. Esta frase, esta simples frase. Que estalo me deu!

Isto é muito real para mim. Assustadoramente real. Estou sempre em busca do meu "eu" , do meu equilíbrio e da minha estabilidade emocional e sei que, por vezes (ou quase sempre), sobrecarrego todos os meus dramas em cima de quem mais gosto. E é de um egoísmo enorme. Enorme mesmo! Mas ao mesmo tempo é algo inevitável.

Como posso me descobrir, agora, sem a presença dele? Não posso deixá-lo de parte. Fazer de conta que não existe. Não posso ignorar a sua presença, até porque, o objetivo é realmente crescer com ele. Evoluir com ele. Evoluirmos juntos.

Na verdade, fazer-me feliz é uma "responsabilidade ingrata". Há dias que nem eu me suporto. E é aí que ele faz o melhor papel de companheiro. Está lá para mim, conforta-me, ouve-me, apesar de que, algumas vezes, sei que me ignora mas eu não me importo. Sempre me aconselha no que preciso, sempre que preciso. Tem muita paciência. E é essa a magia do Amor.

Saber se suportar um ao outro. Saber se moldar. Saber se encaixar como um puzzle! E só tenho a agradecer toda esta compreensão e carinho e companheirismo da parte dele. É isso que nos mantém juntos. Toda esta cumplicidade faz com que eu, mais de metade do tempo, goste de mim e de ser quem sou.

É bom. Obrigada. 

Inverno|Winter

Chegou o inverno sem dúvida alguma. É cadeiras a voar, árvores despidas, barulhos ensurdecedores do vento em todo o lado....
Mete medo. Assusta. Mas eu gosto.
Gosto do tempo assim. Gosto quando não chove. Gosto do vento. Acalma-me.
Gosto. 

Quem faz o dia bonito és tu.


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O Balanço Final 2015

É na época de balanços que dou mais conta da minha baixa auto estima. Por isso os planos são sempre os mesmos. Fumar menos, deixar de roer as unhas, estar mais bonita comigo mesma....bla bla bla. Este ano é igual.
Mas comecemos primeiro pela aprendizagem do ano 2015:

- Comecei um relacionamento em 2014 e desde aí tenho crescido imenso. Estou todos os dias a aprender algo novo nesta relação. E cada dia estamos melhores. Porque isto do amor não é fácil! Já passou mais de um ano e eu continuo apaixonada por ele. A amá-lo todos os dias mais e mais. Tem sido muito bom!

- A nível profissional tive de mudar 200% a minha atitude. Mudei bastante neste trabalho e tenho crescido todos os dias mais um bocadinho. Confesso que este ano a mudança maior se deu a nível profissional sem dúvida alguma.
Aprendi a lidar com as pessoas e com os obstáculos/desafios de uma empresa que só quer crescer, aumentar e subir. Ou seja, é impossível estar parado nesta empresa. Isso para mim é bom porque eu gosto de desafios mas também tive de aprender a lidar com o stress e deixar todos os problemas no trabalho e não levá-los para casa. Já o faço muito mais do que antes. 

- A nível pessoal também mudei imenso. Tenho aprendido a lidar comigo e a aceitar a felicidade que vem. Sim, parece estranho mas é a realidade. Não estava habituada a estar bem tanto tempo. Não estava habituada a ter mais momentos bons do que maus. Por isso é tão difícil para mim fazer um balanço de 2015.

Estava acostumada a aprender muito e sempre da pior maneira. Este ano aprendi muito mas sempre com coisas positivas. E isso é novo para mim. E torna-se estranho não me queixar de nada do ano 2015. Ainda bem. Só tenho a agradecer sentir me assim.

Para 2016 quero o mesmo. Não mudaria nada deste ano. 

Vou manter o ritmo da aprendizagem constante. Ainda tenho muito a melhorar como é óbvio mas o pior já passou. Agora é seguir em frente sem medos, sem filmes, sem ansiedades e ser feliz. Só isso.

Balanços

O ano está a acabar e com ele vão acabar os velhos hábitos. Esta transição maravilhosa que me está a acontecer tem servido para aprender todos os dias que eu só colho aquilo que semeio.
Já sei que parece cliché. Já todos sabemos disso mas a verdade é que eu nunca tinha visto isto realmente! Sempre pensei no karma. Fazer bem para receber o bem. Mas não é bem assim que funciona. Não é dar para receber. É dar e nunca esperar receber. Dar sempre mais. Fazer sempre mais sem esperar nunca nada em troca.
Por isso comecei a fazer aquilo que mais gosto. Ser eu. Sem querer nada em troca. Sem esperar nada. Sem karmas.
Canalizar a minha energia em mim e naqueles que merecem. Nem que isso me obrigue a ficar sozinha. Porque sei que no início ficarei sozinha. Mas o Universo resolve logo em seguida.
Agora o objetivo é estar bem comigo mesma. Afastar me de quem me faz mal. Me incomoda. Me faz não ser aquilo que sou. Limito me a conviver com as pessoas mas ja não me dou como antes.
Faço o bem na mesma. Mas ja sei que nada terei em retorno.
Porque não preciso. Porque as expectativas serão muito mais pequenas a partir de agora.
Porque a realidade é que todos (eu incluída) somos horríveis.
E esta aceitação só me faz crescer.
Pensa na tua Vida como se tivesses cancro. O que mudarias?
Para mim isto começa aqui e agora. 

  
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Tudo é aprendizagem|Breve História sobre Mim


A história começa assim.
Quem nunca falhou nesta vida? 
Quem nunca aprendeu com os erros e experiências? 
Quem nunca se arrependeu de algumas escolhas?
Quem nunca errou que atire a primeira pedra. 


Era uma vez...
Há uns anos eu era assim. 
Uma miúda com o ego no seu auge. 
E com todo um mundo dentro da minha barriga.
Vivia na ideia que tudo era como eu queria. Tudo era festa e diversão.
E não tinha responsabilidade nenhuma.


Andorra foi uma das minhas primeiras "más" escolhas.
Mas se não tivesse vivido lá...
Não seria aquilo que hoje me orgulho de ser.


Vivi nas montanhas durante algum tempo. 
Tenho esse pequeno e louco país no meu coração. 
Depois de passar por amores e desamores fiquei sozinha por lá.
A melhor decisão de sempre.
Foi aí que comecei a viver e a crescer a sério. 
Foi nesse momento que aprendi a estar sozinha e a ser uma mulher. 
Por vezes cometi erros. Mas aprendi muito lá.  


Tinha dois trabalhos. Um de dia e outro à noite. 
Trabalhava para pagar as minhas contas e nunca mais passar fome. 
Passei um ano numa casa - várias até - chamada "minha". 
As minhas contas, a minha comida. Os meus móveis. 
A minha organização. O meu espaço. 
A minha irresponsabilidade. A minha responsabilidade. 
E toda a experiência. 


Aprendi a sobreviver às tempestades da vida. 
Aprendi a lidar comigo mesma. 
Conheci pessoas maravilhosas. Outras não tanto.
Mas aprendi com todos os que passaram no meu caminho.


Depois de algum tempo comecei a sentir que já não fazia sentido viver ali.
A solidão por vezes não é boa. E eu não estava completa.
Por isso vendi os eletrodomésticos e ofereci toda a mobília. 
Senti pela primeira vez a arte do desapego. 
Nada é meu. Nada é de ninguém.
Tudo é partilha. Eu não quero nem preciso de nada.
Mudei-me para casa de umas amigas para juntar dinheiro.
Porque tinha a ideia de ir-me embora.


Despedi-me de gente boa. Amigos que até hoje estão no meu coração. 
E lancei-me ao desafio de fazer malas e voltar para Portugal.
Mas antes... lancei-me de um slide!!!! :)
Senti aí o primeiro passo contra o medo. 


Com ajuda de amigos fiz e desfiz malas. 
E parti de Andorra pela última vez.


Iniciei um novo caminho. 
Voltaria então para Portugal. 

Viana do Castelo - o meu berço.

Voltei no final do ano 2013.
Cheia de vontade de continuar a ser aquilo que começava a ser. 
Estava bem comigo. Estava feliz.


Voltei para perto da família. 
Eles sempre sofreram com as minhas ausências. 
Sou filha única e sei o que custa estar longe. 


Estive muito tempo sem ver o meu bichinho.
Tenho-lhe muito amor. E sofri muito quando estava ausente. 


Decidi voltar a Braga. Iniciar uma nova vida.
Já tinha estudado lá e não tinha (nem tenho ainda) o curso acabado.
Queria estar sozinha mas perto de casa. 
Estava cansada de estar longe. 
Mas queria mesmo estar sozinha...
Na minha cabeça já não fazia sentido viver com os meus pais. 


Passei de novo pela ponte de Prado. Adoro esta ponte!
Fui viver para Braga no início de 2014.
Arranjei trabalho por lá e a ideia seria reiniciar a universidade em setembro. 
Eu acreditava que tinha dinheiro para tudo... 
E estava cheia de certezas nessa altura.


Fui viver para um quarto por ser mais barato. 
Numa casa com pessoas muito boas, humildes e adultas.
Ganhei amigos a sério naquela casa.


Amigos que ficarão para sempre.
Que estiveram lá quando eu mais precisei. 


Continuei responsável. (Achava eu!) 
Não adormecia de manhã e estava bem no meu trabalho. 
Mas sentia que não tinha dinheiro para tudo. 
E as dificuldades apareciam.


Ia saindo para me distrair. 
Conhecia muita gente e nunca estava parada muito tempo.
Acho que esse foi o meu grande problema.
Não sabia parar. Não queria parar. 


Era sempre uma festa.
Mesmo nos momentos maus, havia muito bom humor.
E entre-ajuda acima de tudo com os colegas de casa.
Saiamos juntos. Riamos muito.
Era bom. Mas não era tudo.


Até que eu parei. Parei para pensar. 
Não estava a fazer as coisas bem.
Por mais que estivesse a trabalhar, não tinha condições suficientes para estudar. 
Tinha mudado para um trabalho onde fazia mais de 10h seguidas.
E não era compensatório.
Comecei a ficar angustiada. E sem saber o que fazer.
Entrei em colapso. 


Com os nervos à flor da pele e com o stress dei por mim a ficar louca.
Não sabia mais o que fazer. 
Senti-me mais uma vez a fracassar. 
E tive de assumir a fraqueza. 


Um dia falei com os meus pais sobre o que se passava. 
Contei-lhes que o meu trabalho não era bom.
Que não podia continuar porque me estava a afectar a saúde.
E pedi - por favor - que me deixassem voltar para casa.
Como pais que são... disseram que sim.
E em Julho mudei-me para Viana. 
Outra vez. 


Decidi aproveitar para parar e pensar bem no que estava a fazer da minha vida.
Não tinha poiso certo. Os meus amigos estavam longe. 
 E só o Facebook e o Skype me faziam estar perto dessas pessoas.
Pensei em tudo. Que não estava a tomar as melhores decisões nos últimos tempos.
Que desde que tinha saído de Andorra, as coisas nunca mais ficaram calmas.
Que tinha mesmo de pensar a sério no que queria.
Parei. 


Aproveitei muitas idas à praia para resolver a minha cabeça.
A ideia era assumir as minhas falhas.
Não sou responsável ainda. Achava que era. Mas não era.
Não sabia (e ainda não sei bem) gerir o meu dinheiro. 
Tinha de ficar na casa dos meus pais - contra minha vontade - e aprender.
Aprender a lidar com realidades que não existiam em Andorra.
Ou eu lá não as via.
Peguei no meu dinheiro e fugi dos problemas. 
Em desespero fugi para me encontrar. 


Fui acampar sozinha. Num festival. Nunca o tinha feito. 
Saí da minha zona de conforto e decidi ir à aventura.
A melhor decisão de sempre. Sem duvida. 


Ri muito. Pensei muito nas minhas escolhas. 
Estava com a certeza que iria aprender a ser mais responsável na casa dos meus pais. 
Juntar dinheiro para poder ser finalmente independente. 
E assumir os meus erros. E  acima de tudo aprender com eles.


Nesse mesmo festival conheci um homem que mudou tudo.  De novo.


Hoje em dia, quando me pergunto, nos momentos de pura solicitude, se estou bem, se estou melhor, se estou mais crescida, digo que SIM! Estou muito diferente. Muito melhor pessoa.
Ainda com falhas, é óbvio, mas como disse no inicio desta brincadeira, quem nunca falhou? Quem não tem falhas durante toda a vida?

Fazemos escolhas complicadas. Erradas por vezes. Mas naquele preciso momento é aquilo! É aquilo que queremos. É aquilo que somos. E é por aquilo que lutamos nesse preciso momento. 

Podemos nos arrepender depois, mas as escolhas da nossa vida são nossas. Nós criamos tudo. Tudo mesmo!

Hoje. 2015. Estou orgulhosa do que sou. Porque sei que estou no bom caminho da mudança para ser ainda melhor. :)

Fotos minhas|Pinterest|Instagram

Férias

Estive de férias durante 5 dias. Deu para passear muito, repor baterias e carregar me de energia positiva. Estava mesmo a precisar. Até no trabalho dizem que estou diferente...
O meu pai fez anos no domingo e fomos para Viana. Passamos lá uns dias, fomos para a praia da Póvoa do Varzim e andamos pelo zoo da Maia. Uns dias maravilhosos. Agora estou de volta à carga. Mais forte que nunca!
Vamos aproveitar esta boa maré...

 

Fotos tiradas por mim|Pinterest|Instagram

Bukowski: Born into This


Henry Charles Bukowski Jr.
Nascido Heinrich Karl Bukowski em Andernach – Alemanha a 16 de Agosto de 1920 e falecido em Los Angeles a 9 de Março de 1994.
Bukowski foi um poeta, contista e romancista estadunidense nascido na Alemanha. A sua obra de caráter - inicialmente - obsceno e estilo totalmente coloquial, com descrições dos seus trabalhos e dos seus relacionamentos baratos, fascinaram gerações que procuravam uma obra com a qual pudessem se identificar.

O documentário “Bukowski: Born into This” de 2003 – com pontuação de 7.9 no IMDB - retrata a vida real de um homem que nunca pensou ganhar dinheiro com a escrita nem ser famoso. E acabou sendo os dois.







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