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Os meus ovários: 20 anos depois

Faz hoje 20 anos que tive a minha primeira cirurgia aos ovários. Nunca mais fui a mesma. 

Com 15 anos, tomei a decisão de não ser mãe e até hoje essa opção mantém-se. 

Teratoma. Foi o que tive na altura. 

Diziam na escola que eu estava grávida porque tinha a barriga inchada, grande e dura. 

Falei com os meus pais sobre o assunto. Levaram-me ao médico e logo se soube que tinha um tumor líquido, benigno, de 3kg e 18 centímetros. Era normal que se notasse e que fizesse parecer que tinha um bebé a nascer dentro de mim. 

Não era um bebé, mas sim, um conjunto de gordura líquida com cabelos e dentes. Um nojo portanto. 

Em pleno auge da adolescência, passei três dias no hospital e tirei um pedaço de um ovário. Tenho outro que funciona, é um facto. Mas, naquele momento, tomei a decisão de que não iria gerar nada em mim. Não seria mãe. 



Isto tudo para vos dizer que não é um bicho de sete cabeças não querer ser mãe. Todas temos as nossas razões. Todas temos a opção de decidir o que fazer com o nosso corpo. 

Esta é a minha história. Qual é a tua? 

Com amor, 
Ana 

Gratidão: o simples ato de agradecer

Gratidão. Sou grata. Obrigada. Tenho tanto!
E agradeço por tudo o que ainda está a chegar 🙏

Agradeço a minha Casa. 
O meu lar. O meu conforto. O meu porto de abrigo. A minha família presente. Sou grata.



Agradeço a minha Saúde.
Sou saudável. Cuido de mim. Vejo. Cheiro. Sinto. Saboreio. Sou grata pelos meus sentidos. Pelas minhas poucas dores. Sou grata por estar bem de saúde.


Agradeço a minha Comida. 
Sou grata por ter o frigorífico cheio. Por não me faltar nada. E se falta algo na ementa, sou criativa o suficiente para cozinhar alimentos saudáveis. Agradeço cada refeição. E alimento-me em atenção plena. 



Temos sempre mais a agradecer do que imaginamos. 
Por isso agradece sempre. Por tudo o que tens. Porque tens tanto. 

Com amor, 
Ana.

Sobre ir, sem medo.

“O maior obstáculo para eu ir adiante: eu mesma.
Tenho sido a maior dificuldade no meu caminho."
Clarice Lispector


A Clarice escreveu isto n’O Livro dos Prazeres. Esta mensagem entrou em mim como se fosse eu a escrevê-la. Tenho sido o meu maior obstáculo.



Este medo ingrato de falhar, esta necessidade absurda de ser perfeita não me levou a lado nenhum, nunca, em momento algum.

Depois, mais tarde, uma mentora de desenvolvimento pessoal disse-me durante o curso: “começa antes de estares pronta!” e eu comecei a ver as coisas de outro ponto de vista.

Quando queremos fazer algo que nos faz sentido, nem os medos, nem os horários trocados afetam, nem a falta de descanso incomodam. Simplesmente, tudo flui.

Chegou o momento de deixar fluir. E se eu sinto que este é o meu caminho, tenho mais é de o seguir, sem medos, sem voltar atrás. Simplesmente ir. ❤


Espero, do fundo do coração, que esta nova experiência de amor ao outro e incentivo ao autocuidado traga paz e tranquilidade para a tua vida.

Com amor,
Ana