Pesquisar neste blogue

Uma nortenha a mudar Cascais: sobre a aceitação de ser-se quem se é

Deparei-me com esta imagem recentemente: 



Esta imagem retrata o povo de Cascais no seu esplendor. 



Só que eu não sou de Cascais. E quando não estou bem, nota-se. 

Já disse anteriormente que estou a viver uma transformação gigante desde que me mudei para cá. Viver em Cascais seria algo normal para uma pessoa que procura um futuro melhor, um emprego com melhores condições e uma vida mais estável e feliz. 

Mas eu não sou dessas. Eu vivo tudo intensamente. Eu sinto tudo! O bom e o mau. E desde que cá estou, tenho aprendido a aceitar tudo o que chega até mim. Desde mudanças de emprego, pessoas normais ou até gente estúpida que aparece e desaparece rapidinho. 

Ainda assim, não deixo de observar tudo, de aprender sobre tudo, de ler sobre tudo e pareço quase uma totó ao saber toda a história das conchas que dão o nome à zona ou o nome de todas as praias do princípio ao fim do paredão... 

Ou então, talvez esteja a exagerar e isto tudo seja culpa do Alquimista do Paulo Coelho. Voltei a lê-lo e os sinais e as lendas pessoais e as vozes interiores intensificaram-se.
(não é preciso internamento, eu juro que isto passa!)

Sou sensível, é um facto. Empática, também. Talvez até com um certo transtorno de querer tudo certinho e direitinho à minha volta. Ok, sou esquisita, sim. Mas se há coisa que não tenho ou uso são máscaras. E se há coisa que mais vejo por aqui, são as máscaras que caem quando começam a falar comigo. 

Estou a AMAR viver e sentir essa transformação em Cascais. 


Sabem quando a malta chega, a armar-se aos cágados, e de repente se desmonta e descasca toda uma cebola de emoções? Ok, eu tenho provocado isso por aqui. E ADORO!
Vivo imensamente feliz a conversar com os condutores do Uber ou com os funcionários dos cafés que vou visitando ou até com os empregados do Pingo Doce. 

Trinta minutos têm sido suficientes para plantar a semente do autocuidado por aqui! 👀
Sinto-me a espalhar amor gratuitamente. E não podia estar mais orgulhosa por isso! 

Apesar de me queixar das pessoas aqui - sim, são insuportáveis - quando consigo chegar dentro delas, à sua alma, ao seu interior, vejo que todas estas pessoas chiques com sotaque "oh que coisa", têm dores emocionais que se escondem por trás de uma bolsa Louis Vuitton!

E é tão bom, mas tão bom, saber que afinal as pessoas daqui até são normais, têm coração e sentem coisas! 

Se já amava a zona, imaginem se começo a gostar também das suas gentes. Então nunca mais saio daqui! 

Com amor, a vossa cascalense ❤
Ana  

Sem comentários: