Dei por mim a ler Augusto Cury... Para quem lê sobre budismo e passa para um psiquiatra, a coisa não fica nada favorecida. Só que eu adoro desafios e sou muito curiosa!
Enquanto que no budismo as coisas são como são e temos de as aceitar assim mesmo, o Dr. Cury diz me que temos de trabalhar o pensamento e saber lidar com a "emoção", moldando-a...
Ora, se eu pretendo acreditar e aceitar que tudo é como é; não posso tentar mudar o meu pensamento, pois esse também é exatamente como é! Mas posso acrescentar alguma aprendizagem com esta leitura.
Num dos excertos do livro "Treinando a Emoção para ser Feliz", o doutor fala sobre o envelhecimento da emoção... fiquei super intrigada com esta expressão. (logo eu que sou um desequilíbrio emocional!!) 😝
Na visão dele, a qual eu realmente também concordo e me fez dar voltas à cabeça, a emoção na perspectiva de uma criança/adolescente é quase sempre super positiva e feliz. Estamos na fase mais inocente da nossa Vida e tudo é bonito. Depois, quando somos adultos, a emoção simplifica, o que faz com que deixemos de ser "tão felizes" e passamos a ser "mais racionais". Na idade da velhice, a emoção fica mais negativa pois é onde surge a saudade, a nostalgia e a preparação para deixar o corpo.
Eu passei os últimos dois anos a pedir algo que denominei arrebatador. Ou seja, se me voltasse a apaixonar por alguém, teria de ser super explosivo e maravilhoso como quando era adolescente. Sei que, agora, nesta fase adulta, essas emoções (chamemos assim) nunca mais existirão. A emoção tornou-se mais racional e pensamos 458524 vezes antes de pensar sequer em apaixonar por alguém! Pelo menos é o que acontece comigo há 2 anos. Proíbo-me de me apaixonar ao mínimo tilintar do coração.
A simplicidade também se intensifica. Não queremos problemas e não explodimos como antigamente. Eu falo por mim, aprecio mais a simplicidade e o belo da Vida do que quando era miúda. Antes era bem mais mimada, queria tudo e pedia tudo... agora estou exatamente o oposto. Não quero chatices, nada me incomoda, desligo quando tenho de desligar e tudo é mais simples.
Toda esta confusão por causa do "envelhecimento da emoção"...
Afinal o tão desejado momento arrebatador nunca irá acontecer. Porque a minha emoção cresceu e amadureceu e está velhinha demais para voltar a sentir... ou fui eu que cresci e não a emoção?
Tinha de partilhar isto porque senti uma emoçãozinha tão, mas tão má, que quase deu ansiedade só de pensar... Crescemos. Esquecemo-nos que o Tempo passa e com a Vida vamos ficando mais frios.
Eu não gosto assim, mas aceito que tudo é tal como é. E é o que é.
Beijinhos.
A.V.
Enquanto que no budismo as coisas são como são e temos de as aceitar assim mesmo, o Dr. Cury diz me que temos de trabalhar o pensamento e saber lidar com a "emoção", moldando-a...
Ora, se eu pretendo acreditar e aceitar que tudo é como é; não posso tentar mudar o meu pensamento, pois esse também é exatamente como é! Mas posso acrescentar alguma aprendizagem com esta leitura.
Num dos excertos do livro "Treinando a Emoção para ser Feliz", o doutor fala sobre o envelhecimento da emoção... fiquei super intrigada com esta expressão. (logo eu que sou um desequilíbrio emocional!!) 😝
Na visão dele, a qual eu realmente também concordo e me fez dar voltas à cabeça, a emoção na perspectiva de uma criança/adolescente é quase sempre super positiva e feliz. Estamos na fase mais inocente da nossa Vida e tudo é bonito. Depois, quando somos adultos, a emoção simplifica, o que faz com que deixemos de ser "tão felizes" e passamos a ser "mais racionais". Na idade da velhice, a emoção fica mais negativa pois é onde surge a saudade, a nostalgia e a preparação para deixar o corpo.
Eu passei os últimos dois anos a pedir algo que denominei arrebatador. Ou seja, se me voltasse a apaixonar por alguém, teria de ser super explosivo e maravilhoso como quando era adolescente. Sei que, agora, nesta fase adulta, essas emoções (chamemos assim) nunca mais existirão. A emoção tornou-se mais racional e pensamos 458524 vezes antes de pensar sequer em apaixonar por alguém! Pelo menos é o que acontece comigo há 2 anos. Proíbo-me de me apaixonar ao mínimo tilintar do coração.
A simplicidade também se intensifica. Não queremos problemas e não explodimos como antigamente. Eu falo por mim, aprecio mais a simplicidade e o belo da Vida do que quando era miúda. Antes era bem mais mimada, queria tudo e pedia tudo... agora estou exatamente o oposto. Não quero chatices, nada me incomoda, desligo quando tenho de desligar e tudo é mais simples.
Toda esta confusão por causa do "envelhecimento da emoção"...
Afinal o tão desejado momento arrebatador nunca irá acontecer. Porque a minha emoção cresceu e amadureceu e está velhinha demais para voltar a sentir... ou fui eu que cresci e não a emoção?
Tinha de partilhar isto porque senti uma emoçãozinha tão, mas tão má, que quase deu ansiedade só de pensar... Crescemos. Esquecemo-nos que o Tempo passa e com a Vida vamos ficando mais frios.
Eu não gosto assim, mas aceito que tudo é tal como é. E é o que é.
Beijinhos.
A.V.
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