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Curtas #2

O meu namorado comprou uma bicicleta. Ora eu, que levei com um camião nas trombas quando estava a aprender a andar, nunca mais peguei numa “bina”, como chama ele, na minha Vida.
Sendo assim amuei logo. Tipicamente infantil tive um momento de birra e achei uma má atitude o facto de ele não me ter dito nada antes de a comprar.
De repente veio o “realmente…”, aquela vozinha que de vez em quando me chama à razão.
“a sério que fazes birra porque ele não te disse nada? Tens noção que isso é inveja porque ele faz coisas sem te dar satisfações e tu tens essa necessidade estupida de lhe pedir autorização para tudo?”
E aí eu pedi desculpa e calei-me.

Moral da história: cresce e aparece!

E no seguimento deste raciocínio, já está mais que na hora de perder os medos parvos e começar a superar obstáculos, tais como… aprender a andar de bicicleta…
Até porque isso vai poupar imenso dinheiro de táxi de manhã quando te zangas com o namorado e tens de pagar 4 euros para ir para o trabalho…contrariada.

Curtas. #1

Não podemos julgar ninguém. Aliás, podemos, mas estaremos a julgar a nós próprios.
Nem sempre temos noção disso mas basta dar conta UMA vez. E nunca mais se para de reparar nisso.

Aconteceu-me há dias. Estava eu tranquilamente no meu local de trabalho e eis que reparo nuns sapatos novos de uma miúda que por lá trabalha. Adorei o caraças dos sapatinhos mas não comentei nada. Calei-me bem caladinha e olhei apenas 1 minuto para que não se notasse. Mas sim, reparei nos ditos.
Tempos depois, comprei eu mesma uns sapatos novos. E eis que a mesma pessoa que ocupa o mesmo espaço que eu durante 8 (9? 10? 11?) horas por dia, a mesma que eu reparei outrora nos sapatinhos dela, comenta algo assim e, passo a citar: “adoro os teus sapatos novos!”
Fiquei chocada! “Como é possível ela ter reparado que eu tinha sapatos novos?”
E depois… bateu em mim o “realmente…”; aquela vozinha que de vez em quando me chama à razão… “sabes que também reparaste nos sapatos dela há duas semanas?”…


Moral da história: não critiques. Não julgues. Porque isso é o teu espelho. 

Saber ouvir.

A Almofada fugiu...

A Almofada cresceu. Mudou. Está diferente.
E toda essa mudança fez com que a vontade de escrever para os outros tenha ficado no passado.
Óbvio que continuo a escrever. Mas para mim. Ninguém precisa saber. Ninguém precisa saber tudo.
A solidão é má, mas a solicitude é maravilhosa. E cada mais me entrego a esse estado onde não há questões, intrigas ou brigas.
Cada vez mais sou menos.
Cada vez mais gosto das pombas à hora do almoço.
Cada vez mais gosto de fumar com uma pega que sempre poisa em cima de uma árvore.
Cada vez mais gosto do silêncio.
Cada vez mais gosto do som dos aviões a passar.
Cada vez mais... menos.
E assim se vai vivendo.

Volta a Portugal de autocaravana - 2016 - parte II

Já disse que estive de férias? Demos a volta a Portugal. De carrinha. 15 dias. Mais de 3000km.
Não me venham dizer que Portugal não tem nada que dou vos com uma vassoura!

O nosso país é lindo! Tem tudo! Campos, vinhas, flamingos em lagoas, pessoas muito atenciosas e sempre prontas a ajudar. Tem trovas da beira, tem covers de músicas maravilhosas feitas por pessoas que falam "axim", tem montanhas lindas, praias com rochas enormes, praias ventosas, céu com Via Láctea!!! (Eu viiii!!! E já posso confirmar que no Alqueva se vê a Via Láctea a olho nu) tem cozinheiras que vêm falar contigo enquanto comes, tem donos dos locais onde ficas a dormir a oferecer garrafas de vinho!...
Tem tudo! E encheu me o coração de boas lembranças do meu país que eu espero não sair mais daqui!
Depois de fazerem uma viagem como esta, aí sim, tentem falar mal do vosso país a ver se conseguem...




Volta a Portugal de autocaravana - 2016

Férias. 
Estive de férias. De tudo. Pessoas, telemóveis, computadores, tudo!
Já voltei a trabalhar. Já voltei à página do Facebook. Já há novidades pelo Instagram.
Quero férias de novo. É isso.
Estou de volta.






Tudo é uma questão de perspectiva

Isto podia ser um blog de visões. Um blog de modos de ver a Vida. Porque eu vou ganhando aos poucos novos ideais e novas formas de lidar com o que se passa à minha volta.
Mas todos os dias tenho um pensamento novo e não tenho tido vontade (confesso) para vir aqui escrever sobre isso.
Tenho aprendido que não posso falar das minhas opiniões e do meu modo de vida com toda a gente.
Há pessoas que não compreendem. Não vêem mais além... E como não entendem nada disto, acabam por criticar ou até tentar mudar a pessoa para a sua própria forma de ser e estar no Mundo. Cada um é como é e isso tem de ser respeitado e nunca criticado!
Eu não digo a ninguém para ser como eu ou ver as coisas como eu as vejo. Até porque isso vai se adquirindo com o tempo. Antes de saber o que sei agora, eu não sabia nada e era igual às outras pessoas que andam por aí e não sabem o que querem nem para onde vão.
Aliás... eu também ainda não sei para onde vou!!! Mas já estou numa fase onde vejo as coisas como elas são. Não é fácil! É feio! A realidade é feia! O ser humano é horrível! Somos todos maus! Eu também sou e tu também o és!
Mas se conseguíssemos aceitar o outro como espelho de nós próprios, isto podia mudar e muito!

Quando eu não estou bem, tudo à minha volta fica mal também. Porque eu sou tudo à minha volta. A minha forma de ver o mundo advém de como me sinto.
Se eu estou bem comigo, vejo o belo em todo o lado. Mas se não estou bem então tudo incomoda e tudo está errado à minha volta! Mas a culpa é minha! Porque eu estou com uma perspectiva negativa em relação a tudo!
E assim funciona com tudo na vida! Basta experimentar e ver que tenho razão.

A Vida não é difícil. Nós é que complicamos tudo.
Somos seres racionais e mesmo sendo o único ser vivo com pensamento, somos igualmente estúpidos e inconscientes.

Beijos!
A.V.