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O caminho começa à porta de casa.

Ora bem... toda esta ausência serviu para trabalhar muito e ganhar pouco; caminhar para preparar a grande caminhada e fazer/preparar a mochila e tudo para o caminho de 120km que começa.... amanhã.

Já estamos em Viana do Castelo. Viemos passar o sábado com os papás e com o cão (já não vinha a Viana há mais de um mês). Já fizemos as últimas compras para a viagem e amanhã será o dia 1.
Amanhã bem cedo vamos para Santiago de Compostela com os meus pais. Vão nos levar e aproveitar a viagem para revisitar Santiago que é um sítio bem lindo de visitar.

Será para nós (eu e o Miguel) o início. Começaremos a caminhada a partir da grande catedral.
Estou muito ansiosa pelo Caminho. Já tenho a mochila feita e não me parece pesada. Agora.
Óbvio que com kilometros em cima tudo vai pesar. Tudo vai doer.

Mal posso esperar. Mais novidades a partir de amanhã.
Boralá!

Vivendo.

Mais ansiedade.

Escrevo este post a partir do meu telemóvel e a palavra "ansiedade" vem acompanhada de "controlável". Ansiedade controlável. Ri-me sozinha.

Mais uma vez estou em fase de autoconhecimento. Não me apetece estar com ninguém a não ser comigo. Pelo menos, tenho sido uma pessoa com quem gosto de estar. Nem sempre concordo comigo mas eu e o meu eu temos falado muito. E acho que estamos a chegar a algum entendimento.

Não me venham dizer que estar em solicitude é fácil. Não é. Mas aos poucos vou gostando cada vez mais da minha companhia. Fui ver o concerto dos Mão Morta à Casa da Música. Podia ter corrido muito mal mas correu mesmo muito bem. Entrei lá e fui a correr à casa de banho. Pela primeira vez que lá entro, deixei logo um pouco de mim. O sistema nervoso já estava em alerta desde a entrada. E manteve se até ao fim do concerto.

Ainda assim, foi algo mágico. Digamos que não conhecia nada de Mão Morta. Nada mesmo. Sabia que era negro, ousado, escuro e obscuro. Tal como os meus adentros. Entrei em viagem interna com os Mão Morta. Viajei dentro de mim com eles. Senti tudo, como o Luxúria. Sofri tudo, tal como ele. Os meus sentimentos estavam à flor da pele. A ansiedade provoca-me suores frios. Todo o meu adentro estava em alvoroço.

O concerto foi poesia. Foi magia. Não consigo encontrar palavras para descrever. Hoje senti toda a ansiedade de novo. Luto infinitamente com os meus adentros. Mas alegro-me de não ter saído da sala durante o concerto. Nem ter saído do trabalho mesmo quando só me apetecia ar fresco. Alegro-me de estar a conseguir controlar me. Ansiedades controláveis.

Fez me lembrar o momento do deserto em Marrocos. Não consegui usufruir da estadia no meio do deserto. Porque a ansiedade apoderou se e foi mais forte. Não aproveitei o momento. E até hoje sei que tenho de lá voltar. Ficou mal acabado. Sou manienta nesse aspeto. Preciso de voltar aos sítios onde errei. E fazer de novo. Acredito em novas oportunidades.

Há alturas que não é possível mas, também sou manienta nisso, sei que tudo é possível. Basta querer.

O Caminho será feito até Finisterra. Quero que a minha meta seja o por-do-sol. E não uma catedral.
Afinal, é o Universo que me move.

Beijos.
A.V.

Ansiedades.

Tenho a ansiedade em mim.
Vi num filme que a ansiedade é "a vertigem da liberdade"...
O corpo grita e não deixa a mente falar.
O coração bate e não oiço mais nada a não ser o medo insuportável da morte.
E quero morrer.
E deixo que a morte venha.
Mas a puta não vem. E logo de seguida fico calma. E bocejo.
E depois vem o medo.
E eu deixo-o vir.
Sinto tudo. Sinto tanto.
Sou a ansiedade. Sou a morte.
E no fim não sou nada.

A.V. 

Cansada deste mau tempo

Foto Pinterest _Free People

Novidades frescas e fofas.

Sei que não escrevo há algum tempo. Isto anda caótico. Entre mudanças de horários, imenso trabalho, ansiedades e pouco descanso estou viva! O que importa é estar viva!

Têm sido dias em cheio. Só coisas a acontecer. Coisas na minha vida e dentro da minha cabeça que é outra vida. Isto cá dentro anda cheio de informação. Cheio de ideias e tão pouco tempo. E tão pouco dinheiro.

Aproxima se o tempo da caminhada. A longa caminhada. E dizem que nos próximos quinze dias - que é quanto falta para irmos - estará sempre temporal, chuvas e grandes tempestades.

Parece que tem havido muita trovoada de noite. Eu acho que o mundo pode acabar que, enquanto eu estiver a dormir, não vou dar conta. E é por isso que digo muitas vezes que coisas fantásticas acontecem quando eu não estou.

Resumindo, estou bem. Feliz e contente e cheia de trabalho. Não há nada que eu não aguente. Adiamos a ida à aula de código e a ver se sexta feira já poderei ir.

Já disse que ando cheia de trabalho? E de coisas para fazer? Ok, é isso. 

Sê Amor.


Florbela inspira quem sabe sentir. E eu sinto tanto...

A Vida

É vão o amor, o ódio, ou o desdém;
Inútil o desejo e o sentimento...
Lançar um grande amor aos pés de alguém
O mesmo é que lançar flores ao vento!

Todos somos no mundo" Pedro Sem",
Uma alegria é feita dum tormento,
Um riso é sempre o eco dum lamento,
Sabe-se lá um beijo de onde vem!

A mais nobre ilusão morre... desfaz-se...
Uma saudade morta em nós renasce
Que no mesmo momento é já perdida...

Amar-te a vida inteira eu não podia.
A gente esquece sempre o bem de um dia.
Que queres, meu Amor, se é isto a vida!

❤❤❤

Felicidade é isto.








Pensamentos parvos que me dão de vez em quando

Hoje dei por mim a pensar no crescimento diário de uma pessoa. Todos os dias pensamos que não acontece nada mas quando olhamos para trás é quando reparamos que "ah e tal a minha vida já deu 547 voltas" e ainda assim nós achávamos que nada acontecia.
Este fim de semana foi passado em família. Estivemos com os meus papás cá no Porto e demos um passeio por esta cidade que eu aprendi a amar.
E vi toda a mudança. Já não sou uma menina. Mas ainda sou a menina dos papás. Já não sou uma rebelde. Sou uma mulher. Já não faço "cenas". Sou uma menina crescida com maluquices saudáveis que não tenciono mudar.
Mas até o relacionamento com os meus pais está diferente. Estou grande mamã!

Já não preciso da opinião dos meus pais para tudo porque já tenho a minha. Já não peço autorização para coisas ridículas que sempre pedia. Já faço tudo sozinha.
Parece ridículo falar assim. Cómico até. Tenho 28 anos mas sempre fui e sempre serei a menina dos papás. Mas agora estou crescida. Cada vez mais desligadamente unida a eles.
E este fim de semana senti isso mais que nunca. Fizemos o almoço de Páscoa para eles. Com uma mesa onde nada faltou! E tudo estava maravilhoso.

Estivemos juntos na nossa casa. Na casa onde vivo com o meu companheiro. No meu cantinho. Onde deixo os meus pais entrar mas a mamã já não arruma nada! Nem o papá muda lâmpadas ou arrasta móveis! Agora eu faço tudo. Faço tudo em conjunto com o meu companheiro. E os papás ficam (e dói um bocadinho dizer isto) em segundo plano. Porque já não precisam de ajudar. Mas sim de aproveitar todos os miminhos e carinhos e comidinhas boas que fazemos para eles. Agora são eles que se sentam. E nós fazemos tudo para eles.
É gratificante. É maravilhoso. É magia. É Família.

E eu senti tudo isso a triplicar este fim de semana. Todo esse Amor louco que temos uns pelos outros. E essa agora independência também. Estou independente. Estou acompanhada. Estou feliz.
Só quero cuidar dos meus agora. Cuidar muito. E amar ainda mais.
Estou crescida. E isso assusta-me. Porque afinal eu até gosto disto.

A.V.

Dia de folga|De rastos

Hoje foi dia de fazer caminhada. Andamos nos treinos para Santiago e hoje foram mais 25km. Hoje sim... dói me tudo.
Fomos de casa até à baixa e aumentamos cinco km ao treino anterior.
Estamos de rastos. Mas chegar a casa e sentir que conseguimos ultrapassar mais um objetivo é gratificante.
Estou grata por estar a conseguir superar tudo. Suportar toda a dor.
Bora lá continuar isto. Já só falta 1 mês! :)

Dia do Papá


E foi há cerca de 28 anos que o Senhor Mário adquiriu o tão belo nome de Pai.
O meu Amor de sempre e para sempre.
Que agora tem rugas e cabelos brancos mas continua jeitoso como sempre.

Lembro-me de ser pequenina e ver os pais das outras crianças com barrigas grandes e corpos robustos e o meu pai sempre foi um homem muito atraente, muito bem constituido.

Só o bigode o marcou como "cara-de-policia" como diziam os meus amigos! Sempre sério mas muito charmoso.

Hoje em dia já tem um sorriso maior. Ficou mais "coneirinho" como dizemos lá em casa e eu adoro que ele esteja assim.
Só quer miminho e pergunta sempre quando vamos vê-los outra vez. :)

E pensar que estive tão longe dele quando vivi em Andorra. Hoje em dia, a viver no Porto, nem chego a ter saudades! Posso ver os papás todas as semanas se quiser! É tão bom!

Gosto muito de ti papá. 15 tostões. Numa escala de 0 a 14. :)