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Uma nortenha em Cascais: novo blog em parceria com a Almofada Voadora

Era uma vez uma menina. Que se tornou mulher. Ganhou uma identidade e não reconhece quem foi outrora. Correu atrás dos seus sonhos e venceu, apesar de todos os obstáculos. Criou um caminho e não parou até atingir o seu foco.

Descobriu que seria mais feliz sozinha e, hoje, sabe, aceita e ama o seu estado de solitude conectada com felicidade a um. Mesmo que encontre outra pessoa que a acompanhe. 

Essa mulher sou eu. E esta é a minha história.


🩷 Cascais. A amar estar aqui. 🩷
Uma Nortenha em Cascais - o blog 



Com amor,
A vossa Ana

“O coração calmo é vida para o corpo” - mini balanço - 2020/2021

A Vida tem me dado sinais incríveis sobre como gerir o meu tempo e como viver de forma harmoniosa. Eu só tenho de observar e absorver ao máximo esses sinais. "Os anjos não dormem!" e eu tento viver de forma mais consciente possível aceitando tudo o que vem e acreditando que tudo está bem como está.

Sobre 2020 posso dizer que, para mim, também este ano foi de loucos. Já fiz um pequeno balanço por aqui no entanto, agora que estamos mesmo na reta final começam os projetos/desejos/objetivos para o ano novo que aí vem. 

Acredito que o próximo ano será um ano de (ainda mais) aprendizagem e (ainda mais) autoconhecimento. Ontem li que devemos "amar o outro como a nós mesmos" e a verdade é que para amarmos o próximo temos de nos amar a nós também, não é? Tarefa difícil para gerir em 2021, hein? 😜


2021 será um ano dedicado acima de tudo ao amor-próprio - como continuação do ano atual. Vou me dedicar à (re)construção de uma melhor Ana. Vou agradecer ainda mais por todas as bênçãos que a Vida me oferece. Vou lutar todos os dias pelo meu bem-estar e pela felicidade dos meus. Que não nos falte nada 🙏

Sou grata por tudo o que tenho, porque tudo o que tenho é fruto do meu esforço diário para ser uma pessoa melhor e acima de tudo, porque luto para ter um caminho estável para mim e para os meus. Gratidão máxima. 

Aproveitem bem esta época natalícia, que para mim é mais uma "sexta-feira" onde nos juntamos os três para comer e beber de forma muito demorada à mesa! Haja Amor todo o ano e não só nestas alturas!

Boas Festas e cuidem-se!

Com Amor, 
A.V.

O Balanço de 2020 - Os meus 33 - Objetivos para 2021

Começou mais um mês deste ano louco e eu oiço os amigos dizerem que "este ano nunca mais acaba". O problema é que 2021 está a chegar e os desafios de 2020 vão se manter. - lamento ser tão negativa mas é o que é.
Ando a tentar fazer um balanço mas sinceramente não sei ao certo ainda o que dizer. Vou deixar-me levar pela escrita e ver no que dá. 

Dentro de 1 mês faço os meus lindos 33 anos e conto que esse número, tão especial para mim, me traga boas novas, mais aprendizagem e acima de tudo muita leveza neste Caminho. 

Sei que o ano 2021 será desafiante. Sinto mesmo isso! No entanto, também sei que será um ano onde vou manter este meu registo atual. Hoje em dia sei o que quero e o que não quero. Por mais que às vezes me confunda e sinta que saio do meu caminho (quem nunca?), tento sempre saber quem sou todos os dias mais e mais. Aceito-me plenamente e gosto de cada pedacinho de mim; interior e exterior. Sou grata por tudo o que construi neste ano 2020 pois, mesmo numa altura tão caótica, consigo ver o lado positivo do ano e agradecer por tantas coisas boas que me aconteceram até aqui! 

🏠 Tenho uma Casa. E a minha Casa está linda! O meu ninho foi remodelado este ano, em plena pandemia e, aos poucos, vai ficando cada vez mais bem decorado e acolhedor. Dizem que uma casa nunca fica totalmente pronta e hoje posso confirmar isso. Falta sempre alguma coisa e, junto com os meus pais, queremos sempre mudar algo! E é bom! Cuidar do que é Nosso é a melhor sensação do Mundo! - quem diria que a Almofada Voadora iria finalmente ter um poiso? 

👪 Estamos todos bem. De saúde. De Amor. De Cumplicidade. De compreensão. A minha Família é a melhor e esta pandemia só veio reforçar mais os laços entre nós e aproximar-nos ainda mais. Fazemos festas temáticas só nós; escolhemos bom vinho quando queremos celebrar a Vida; vemos filmes juntos; cantamos e dançamos! Criamos a nossa bolhinha de Amor e nada nem ninguém nos separa! 

💼 Amo o que faço. Mas amo mesmo! A meio do primeiro confinamento, no início do ano, quando parecia que tudo ia ruir, surgiu a oportunidade de mudar de emprego. Voltar a fazer aquilo que mais gosto e faço de coração. Ajudo pessoas, falo com pessoas, crio laços de confiança e partilho felicidade oferencendo um sorriso a quem mais precisa. Sou grata todos os dias. 

💑 Agora também tenho um namorado! Quando supostamente não se podiam juntar as pessoas, encontrei um amigo e pronto...aconteceu de forma inesperada. E está a correr bem! Havendo confiança, muita conversa e permitindo que cada um tenha o seu espaço individual, tem tudo para dar certo! Estou a construir um novo caminho e espero que resulte!

Tenho tudo. Não preciso de mais nada para ser feliz. 
Claro que tenho objetivos, coisas por acabar e mais planos! A vida não pára e temos sempre de correr para algum lado enquanto estamos vivos. 

Ainda não tenho o meu verdadeiro cantinho de meditação. Medito sempre no meu cantinho em casa mas ainda não está ao meu gosto e ainda não estou 100% confortável. Quando páro para meditar lá, a primeira coisa que penso é como o vou decorar porque ainda não está pronto. Falta sempre algum detalhe não é? 

Para 2021 tenho 3 objetivos essenciais: 

* Vou fazer mais caminhadas.
* Vou beber mais água.
* Vou ler mais livros. 

Basta manter o ritmo de 2020. Apostar mais nas caminhadas. Manter o registo atual!
Está tudo bem! Não posso pedir mais nada! 

Gratidão imensa por todas as bençãos que o Universo me dá! 🙏

E vocês? Já pararam para agradecer?...

Beijos. 
A.V.

A mim, cheira a Natal | Um Balanço pequenino

No fim de semana passado um canal qualquer de filmes dava o "Natal em Julho" onde basicamente só dava filmes de Natal... afinal não sou a única a sentir esse espírito natalício em pleno mês de Julho!...
Temos um Pai Natal que toca saxofone ao som de Jazz pousado mesmo ao lado na TV da sala, em honra à nossa inauguração da casa remodelada. Alteramos muita coisa na casa, mas o Jazzy Santa nem pensar em deitar fora!💓

Quase que podia fazer um mini Balanço Típico de Final de Ano, até porque este ano vai ter de ser dividido em: 

Janeiro a Julho _ Covid/ Obras/ Afife/ Ansiedade
Julho a Dezembro _ espero que esta merda acalme pelo Amor de Deus!...

Se for a falar dos primeiros 6 meses de 2020 posso mesmo adiantar que... não os senti a passar. Não existiram. Eu mesma não existi. Foi tudo muito mas muito rápido. 

Basicamente iniciei o processo das obras, mudamos de casa, veio o Covid da treta, depois o confinamento total numa casa emprestada, sem salário e a trabalhar pouco ou nada, com as massagens paradas, os abraços inexistentes... a viver em Afife, onde só o cão estava feliz por lá... 

Nada. E tanta coisa ao mesmo tempo...

Ao mesmo tempo também aprendi como se compra uma casa, como se trata de um processo de obras, de papeladas e burocracias que não terminam nunca, aprendi a lidar com pessoas e a saber mandar mas sempre com carinho. (quem me conhece sabe que detesto mandar fazer qualquer coisa, por isso aprendi a "pseudo-mandar" na minha própria obra)

Aprendi junto com a família a sermos super hiper mega cuidadosos especialmente com a mamã. Sempre com os cuidados necessários por causa do bicho. Aproximei-me ainda mais do papá. Não saiamos de casa por isso estivemos sempre juntos. O que poderia ter sido uma daquelas grandes guerras mundiais em casa, tornou-se na cumplicidade mais bonita que temos desde sempre! Bebemos muito, comemos muito e bem também. Todos engordamos mesmo sem ter feito um único bolo no confinamento...
Ouvimos imensa música, dançamos, passeamos, conseguimos ir à praia, a mamã saía só para passear o Marley mas também fazia umas caminhadas com o papá e namoravam um bocadinho enquanto que eu aproveitava esse tempo para ficar em silêncio em casa. 

No meio da desgraça até correu tudo muito bem. E no final, como sempre, só temos a agradecer. 🙏
Agradecer a quem ajudou e esteve presente e agradecer a quem esteve e desapareceu depois.
Agradecer a quem nunca esteve para ajudar e que só ajudou a ver quem sim e quem nunca. 
Foram meses de muita aprendizagem. Muito duros também. Mas o saldo é realmente positivo. 

E agora, chegando ao final do mês de Julho, a caminho da segunda parte de 2020 _ que espero que seja bem melhor do que a primeira_ confio que tem tudo para ser melhor. 

A Casa está quase pronta. Estamos bem. Super unidos. Todos de boa saúde. 
O resto é cocó. 

Agora é tempo de descansar a cabeça. 
Faltam 5 meses para o meu aniversário. E consequentemente, para o Natal 👌

Beijos
A.V.


Tudo o que ficou por dizer | Balanço 2018

Estou tão perdida... ando tão perdida no Mundo que dou por mim a magoar sempre quem mais gosto. Família e Amigos.

Perdi o meu caminho e não sei ainda por onde ir. Então vou com o vento para todos os lados e recuo quando me sinto fora do caminho que não sei qual é...
Estúpido não?!
Pois é. Assim tem sido a minha vida.

Encontrei me a nível profissional. Finalmente estou num emprego com (mais) uma nova oportunidade e desta vez não vou desperdiçar.

Encontrei o meu poiso. Estou em casa. Esta é a cidade onde quero ficar. É aqui que quero estar.
Aos poucos vou construindo o meu canto. Aqui.
Talvez não fique para sempre nesta casa, mas é nesta cidade que fico. Junto dos meus.

No meio disto tudo perdi a minha essência. Não a encontro. Não me encontro.
Afinal já não sei que música gosto mais.
Já não sei qual o meu estilo de roupa preferido.
Já não sei como quero ter o meu cabelo. Curto ou comprido. Claro ou escuro.
Já não sei que comida prefiro. Ou qual a cor que mais gosto.
É horrível. Não saber quem és. Ou o que queres.

E depois aparecem pessoas. O G, o F, o E, o B, o N...
Pessoas que magoo sem querer por que não sei o que quero.
Por que acho que o Mundo gira à minha volta e eu é que ando às voltas perdida neste Mundo...

E depois há outras pessoas que querem estar perto e lutam por mim. E eu...perdida... fujo das pessoas e não consigo manter relacionamentos. A M, a P...
Pessoas fantásticas que não consigo me dar a conhecer.
Entro logo com defeitos. A maltratar me para que saibam a cabra de merda que sou.

E afinal sou só frágil. Um peça perdida no Universo sem saber o que fazer com ela própria. A tentar se descobrir. A tentar fazer o melhor que pode com o melhor que sabe. E ainda assim faz asneira. E ainda assim magoa.

A todas as pessoas que estiveram comigo e já não estão... a todas as pessoas que um dia se quiseram aproximar e não conseguiram. Eu peço desculpa. 
Peço muita desculpa. 

Por que apareceram numa altura muito complicada da minha Vida. Onde eu não sei sequer para quem escrevo ao certo... 
Ou se alguma vez essas mesmas pessoas vão ler este texto até ao fim.

Acho que aqui fica o balanço do ano. Não posso acrescentar mais nada. Apenas agradecer a quem ainda permanece ao meu lado aceitando me tal como sou. 

Cheia de defeitos e dúvidas mas no fundo sei que sou uma boa pessoa. Perdida por agora. Mas uma boa pessoa.

Hei de reencontrar o meu caminho. Tudo vai ficar bem e daqui a 5 anos vou chorar de riso com isto que escrevi.
Mas é o que sinto hoje. E o que importa é o agora.

** ilustração Luiza Pannunzio

Sobre os balanços - 2017

Sem balanço em 2017
Este ano não estou a fim de fazer balanços. Basicamente tudo mudou e ainda me encontro em fase de adaptação à nova vida que tenho.

Para o ano só tem de ser melhor tendo em conta a forma como este termina.
Vai correr tudo bem.

Boas festas ❤

28 de Dezembro de 2016 - Balanço

Balanço de 2016
Mais um balanço. O terceiro deste blog. Estive a ler os balanços dos anos anteriores e sem dúvida cada vez mais a minha vida se encontra estável. Uau!
Continuo no mesmo sítio. No Porto que aprendi a amar. Na nossa casa. No mesmo trabalho.

Este ano fomos a Finisterra a pé. De Santiago ao fim do Mundo.
Compramos uma caravana. Demos a volta a Portugal em 15 maravilhosos dias com ela.
Temos um cão. O nosso Tobias. 
Decidimos adicionar o auto-cultivo nas nossas vidas.
Estou a deixar de fumar.

Tem sido tudo tão bom que só tenho de agradecer por mais este ano.
Naturalmente nem tudo foram rosas pois a Vida não é só festas, viagens e cenas felizes. A depressão, a ansiedade e a angústia do ser humano fazem sempre parte da rotina com dias bons e outros maus. Mas sem dúvida este ano foi uma alegria.

Venha 2017. Estou pronta.

O Balanço Final 2015

É na época de balanços que dou mais conta da minha baixa auto estima. Por isso os planos são sempre os mesmos. Fumar menos, deixar de roer as unhas, estar mais bonita comigo mesma....bla bla bla. Este ano é igual.
Mas comecemos primeiro pela aprendizagem do ano 2015:

- Comecei um relacionamento em 2014 e desde aí tenho crescido imenso. Estou todos os dias a aprender algo novo nesta relação. E cada dia estamos melhores. Porque isto do amor não é fácil! Já passou mais de um ano e eu continuo apaixonada por ele. A amá-lo todos os dias mais e mais. Tem sido muito bom!

- A nível profissional tive de mudar 200% a minha atitude. Mudei bastante neste trabalho e tenho crescido todos os dias mais um bocadinho. Confesso que este ano a mudança maior se deu a nível profissional sem dúvida alguma.
Aprendi a lidar com as pessoas e com os obstáculos/desafios de uma empresa que só quer crescer, aumentar e subir. Ou seja, é impossível estar parado nesta empresa. Isso para mim é bom porque eu gosto de desafios mas também tive de aprender a lidar com o stress e deixar todos os problemas no trabalho e não levá-los para casa. Já o faço muito mais do que antes. 

- A nível pessoal também mudei imenso. Tenho aprendido a lidar comigo e a aceitar a felicidade que vem. Sim, parece estranho mas é a realidade. Não estava habituada a estar bem tanto tempo. Não estava habituada a ter mais momentos bons do que maus. Por isso é tão difícil para mim fazer um balanço de 2015.

Estava acostumada a aprender muito e sempre da pior maneira. Este ano aprendi muito mas sempre com coisas positivas. E isso é novo para mim. E torna-se estranho não me queixar de nada do ano 2015. Ainda bem. Só tenho a agradecer sentir me assim.

Para 2016 quero o mesmo. Não mudaria nada deste ano. 

Vou manter o ritmo da aprendizagem constante. Ainda tenho muito a melhorar como é óbvio mas o pior já passou. Agora é seguir em frente sem medos, sem filmes, sem ansiedades e ser feliz. Só isso.

Balanços

O ano está a acabar e com ele vão acabar os velhos hábitos. Esta transição maravilhosa que me está a acontecer tem servido para aprender todos os dias que eu só colho aquilo que semeio.
Já sei que parece cliché. Já todos sabemos disso mas a verdade é que eu nunca tinha visto isto realmente! Sempre pensei no karma. Fazer bem para receber o bem. Mas não é bem assim que funciona. Não é dar para receber. É dar e nunca esperar receber. Dar sempre mais. Fazer sempre mais sem esperar nunca nada em troca.
Por isso comecei a fazer aquilo que mais gosto. Ser eu. Sem querer nada em troca. Sem esperar nada. Sem karmas.
Canalizar a minha energia em mim e naqueles que merecem. Nem que isso me obrigue a ficar sozinha. Porque sei que no início ficarei sozinha. Mas o Universo resolve logo em seguida.
Agora o objetivo é estar bem comigo mesma. Afastar me de quem me faz mal. Me incomoda. Me faz não ser aquilo que sou. Limito me a conviver com as pessoas mas ja não me dou como antes.
Faço o bem na mesma. Mas ja sei que nada terei em retorno.
Porque não preciso. Porque as expectativas serão muito mais pequenas a partir de agora.
Porque a realidade é que todos (eu incluída) somos horríveis.
E esta aceitação só me faz crescer.
Pensa na tua Vida como se tivesses cancro. O que mudarias?
Para mim isto começa aqui e agora. 

  
Foto do Pinterest - ver mais aqui

26 de Setembro de 2015 - Balanço

Balanço de 2015 
"Não vou de todo fazer um balanço do ano corrente pois ainda é cedo. No entanto, nos posts anteriores, apresentei os balanços dos últimos dois anos. Digamos que foram sempre ao dia 26 de qualquer mês e hoje, curiosamente, estamos a 26 de Setembro de 2015.

Há cerca de 10 anos que escrevo em blogues. Já muita gente sabe quem é a Almofada Voadora. Muita gente conhece o meu modo de escrita, que basicamente são as minhas opiniões pessoais, a minha vida pessoal escarrapachada aqui e as constantes mudanças que vão acontecendo. Decidi apagar tudo. Não apaguei para mim, pois gosto de ler de vez em quando, as parvoíces de antigamente e sempre me rio com o que escrevo. Mas para o público fechou. Os blogues anteriores fecharam. Acabaram. E este, que contém o verdadeiro nome – Almofada Voadora – será mais um começo, mais uma etapa e mais uma serie de registos sobre a minha vida. Publiquei os balanços dos anos anteriores neste blog. E porquê? Basicamente senti necessidade de saber então, quais eram os temas que abordava pela blogosfera.
E cheguei à conclusão que as mudanças que andam à minha volta, encontram-se todas nos blogues anteriores. E quanto mais os leio, mais vejo a minha mudança. E o horror que a minha vida tem sido. Sim, o horror! Lamento exprimir-me assim. Mas é triste ler os meus blogues. É complicado assumir o facto de ter passado dez anos da minha vida só a pensar em futilidades e nunca ter feito nada em condições. É vergonhoso – atrevo-me a dizer – como foi possível ter vivido estes últimos 10 anos sob alçada dos outros, dependente dos outros, com mudanças pessoais por causa de outros… é triste! E tenho vergonha de ter esses blogues públicos.

Por isso decidi mudar mais uma vez. Já não tenho 15 anos. Já não tenho amores e desamores constantes. Já não mudo de país constantemente. Até porque é do conhecimento geral (se não é, fica a ser), que estou numa relação séria (adoro esta expressão) há algum tempo e não tenciono mudar. Daí a ideia de criar um blog novo. Daí apagar tudo e começar de novo. Infelizmente não pode acontecer na vida real mas é possível na blogosfera. Como deu para perceber nos posts anteriores, já mudei de país, cidade, casa, relacionamento, estilo de roupa, estilo de vida, estilo de tudo. Mudei imenso durante 10 anos. E cheguei àquilo que sou hoje. Sim, ainda estou em mudança. Até porque ainda não morri. Dizem que só quando se morre, é que se para de aprender. Por isso eu espero ainda ter de aprender muito.

Tenho como intenção dedicar-me ao Almofada o máximo possível. Escrever faz parte de mim e da minha essência e por isso não posso nem quero deixar de fazê-lo. Sou uma pessoa que pensa muito, sou sensitiva em demasia mas lido bem com isso. E o ato de escrever ajuda muito a libertar-me cá dentro. Ajuda-me a manter-me mais limpa e organizada na minha cabeça. (descobri há pouco tempo que por ser tão desorganizada, faço listas para tudo e então…adoro fazer listas!)

Quero também poder partilhar os filmes, livros e ideias que giram à volta da minha vida real. Sempre gostei de fazer isso e nunca o fiz. Por isso está na hora de começar. Seja um excerto de um livro, uma musica que eu goste ou mesmo um quadro feito por nós cá em casa (e já temos muitos!). Quero mesmo dedicar-me a isto, sem fins lucrativos, porque não tenho interesse em criar domínios ou ganhar dinheiro com isto. Apenas sei que escrever faz me bem! E preciso disto todos os dias. É como uma terapia obrigatória. Tem de ser. E como eu gosto, não vai custar nada."

26 de Dezembro de 2014 - Balanço

Balanço de 2014
"Chegamos ao fim do ano. Como não podia deixar de ser, toca balanço. Estamos a dia 26 de Dezembro e o meu balanço é extremamente positivo.
Finalmente foi um ano (quase) perfeito. No meio de muitos erros aprendi muito. Digamos que a jornada de aprendizagem do ano 2013 ganhou frutos no ano 2014. E continua a crescer a cada dia. Vamos então espremer o ano. 
Resumindo... Divorciei-me de uma história de amor frustrada, eliminei outra história de amor mais que acabada. E comecei de novo a viver. E aprendi muito.

No início do ano aprendi a lidar com o meu corpo. Aprendi a saber usufruir do que tenho. Aprendi a saber entender e adaptar-me às crises de pânico. Foram desaparecendo aos poucos até poder dizer que, neste momento, não me lembro da última vez que tive uma crise grave. (mesmo!)Mudei me para Braga em Março. Decidi que "agora é que vai ser". Vou estudar, vou ter um trabalho e vou ser a Super Mulher! Wrong!! Very wrong! Aprendi com o erro. Não há impossíveis neste mundo mas também não se pode pedir o que não se consegue ter de todo! Eu quis tudo. E não tive nada. Achava que podia viver sem dormir, ter dois empregos, trabalhar horas seguidas e estar bem. Não! Não mesmo!

Agarrei no orgulho e nos cêntimos que me sobravam no mês de Julho e fui para casa do pai e da mãe. De rabinho entre as pernas pedi por favor, que me ajudassem. Assumi então que não era a Super Mulher e eles nunca me disseram que não e lá fui eu para a casa dos papás de novo. (melhor decisão do ano…até à data)

Zangada com a vida, com o mundo e comigo mesma, decidi fugir do mundo real indo ao Festival Vilar de Mouros. Tirar umas férias de tudo. Sem pensar em horas, em trabalho ou em pessoas. Eu, unicamente eu mesma e as dificuldades de montar uma tenda. Desde aí tudo mudou. Quando parei por 4 dias para ser eu mesma, tudo mudou. Fui para Vilar de Mouros com raiva, cansada de tudo, de todos, de mim. De querer tanto ter, de querer tanto ser... estava cansada dessa miúda. Então na minha inocência fui conhecendo pessoas. Pessoas que foram e vão ficando. Um simples festival mudou a minha vida toda. Conheci uma pessoa com quem atualmente partilho os meus dramas e felicidades. Vivo no Porto, cidade que nunca tive curiosidade de descobrir e agora amo. Sou muito bem tratada, mimada, amada, mantenho o carinho constante com os meus pais, não os largo, não o largo a ele, não paro de pensar nas pessoas que amo e sou feliz. Sou mesmo feliz. Mesmo!Mas... Ai senhor, que eu tenho sempre um "mas"...

Descobri coisas em mim que não gosto e ainda estou a muda-las. Tenho vindo a reparar que toda eu tenho defeitos e sim, nunca tinha visto tantos como agora!; sempre me achei super fashion, "tudo quero, tudo tenho" e isso é horrível! Faz me sentir horrível. Mas SOU assim. Ainda sou assim. Não posso mentir. Não posso dizer que sou outra pessoa. Uma parte de mim ainda está aqui dentro a querer comprar tudo, a querer ter tudo, a querer ser tudo! É uma luta constante comigo mesma. E dei conta disso ontem. Quando o meu companheiro de cela me disse que tinha "momentos díspares de "eu inferior" e "eu superior"". Trocando por miúdos, aquilo que sou por vezes contrapõe-se àquilo que eu quero ser. Porque eu estou a mudar! Sei que estou... todos os dias. E quero esta mudança! Mas a essência não se muda de um dia para outro! Acreditem que não! O que me está entranhado há anos, é muito difícil sair! Mas eu luto!
Detesto ser materialista, mas ainda o sou. Detesto querer ter mais do que tenho, mas ainda quero. Detesto querer ser quem não sou, ou querer ser "igual" a outra pessoa, mas ainda acontece várias vezes na minha cabeça. E custa evitar. É uma luta! Horrível luta contra mim! Contra aquilo que fui durante 27 anos, mas não quero ser mais.

Pronto. Sou gaja. Quero coisas. É normal. - lembrei-me agora de querer ir por aí de autocaravana - mas são coisas diferentes!! Quero ver o céu, quero ver o mar, as estrelas, o horizonte... já não quero ir a Nova Iorque cheia de dinheiro comprar merdas! Essa fase já passou. Esse consumismo fatela está a desaparecer! Porque eu detesto o consumismo! Detesto coisas caras! Então por que caraças, cá dentro, anseio ter "coisas"? Será pura e simplesmente por ser... gaja?O que digo que quero, quando me sinto no "eu novo" são coisas simples. Folhas de árvores, estrelas cadentes, o som do mar... uma noite a conversar, uma garrafa de vinho. E depois vem o "eu da essência" que quer umas botas altas, um vestido e um relógio novo!Porra!!! E ando assim às turras comigo mesma! 

Não dá para haver um equilíbrio? Não será possível os dois "eus" se darem bem? Não quero ser extremista ("eu essência" a falar, que esse sim é um extremista de merda!), mas gostava de poder aniquilar este "eu" de uma vez por todas. Sempre me considerei uma pessoa simples, mas estava tãaao enganadinha! Quando penso em mim, no meu "eu" cá dentro, sou horrível! E quero mudar, e zango-me comigo e lá vem a depressão!Dou conta então que as minhas depressões são tão minhas que ninguém as vê! Porque são comigo mesma! Esta luta é minha! E só minha. E só o tempo poderá ajudar à mudança. E ver filmes de mudança de vida que me fazem sentir culpada e me fazem querer mudar. E ajudar o cérebro a ter outro tipo de pensamentos. A sério, (lá vem o "eu novo", todo zen), eu preciso mesmo de aprender a controlar os meus pensamentos. Saber o que pensar e saber pensar bem. Escolher bem os pensamentos. 

Neste momento na minha cabeça vai: "preciso de arrumar a casa e as ideias, preciso de mudar isto tudo de novo que já me cansei de viver no mesmo campo de visão; já mudei no trabalho, falta em casa. Quero finalmente cortar estas unhas que estão enormes e já me cansei delas - já "cortei" uma com os dentes - preciso de um banho, de me sentir bem comigo mesma porque hoje não estou nos meus dias por causa da menstruação. *talvez isto tudo seja culpa da menstruação* mas estes pensamentos fazem me falta! Eu preciso disto! Isto sou eu! Isto é a minha essência com o meu "eu novo". Juntos em harmonia porque ambos querem mudar. Ambos querem renovar ideias. Querem se dar bem mas não sabem como... Porque eu sozinha não chego ao equilíbrio."

26 de Outubro de 2013 - Balanço

Balanço 2013 
"Separei-me no início do ano. Tomei a decisão de ficar em Andorra sozinha e procurar o meu caminho. Ainda aqui estou. Viva. Crescida. Mais madura que antes. Cometi muitos erros. Passei por coisas que não desejo a ninguém mas que serviram para aprender. E muito! Comecei o ano numa pensão sem condições. Dei conta do fútil que sou (ou era) quando vi as 50 mil malas cheias de roupa, sapatos, bolsas e bijutarias que nem sequer usava. Dei conta que sempre queria mais e nunca dava valor ao que tinha. Dei conta que sempre me queixei de tudo quando afinal tinha imensa coisa. Passei 2 meses a comer cereais com leite frio e comida enlatada pois não tinha cozinha na pensão e não tinha dinheiro para nada. Assumo como o “grande erro do ano” quando me rendi a um rapaz com muito bom coração mas que infelizmente me conheceu na pior fase da minha vida. Gostava dele, sim. Mas não estava preparada para um relacionamento. Tinha acabado de sair de um casamento e meti-me com uma pessoa quase desconhecida. Apaixonei-me perdidamente pela conexão que tínhamos. Não por ele. E ficará para sempre no meu coração mas assumo o erro. (Um dia destes peço lhe desculpa. Ainda não tive coragem.) No meio disto tudo envolvi me com quem não devia e criei problemas que poderiam perfeitamente ter sido evitados se eu outrora soubesse fechar as pernas… mas acredito que estava tão raivosa com a vida que não pensava no que fazia…

Conclusão do ano nº1: aprendi que não se pode decidir com cabeça quente nem confiar em toda a gente. Precisamos do nosso momento a sós especialmente quando saímos de uma relação longa. Precisamos do nosso tempo para assentar poeiras e aclarar ideias. Precisamos aprender a gerir as coisas com calma e não ser impulsivos. E acima de tudo aprendi que nada, mas nada vem apenas por bondade. Por muito que uma pessoa seja bondosa sempre há um pontinho de egoísmo no meio. Não há gente boa a 100%, apesar de eu, durante muito tempo pensar que sim. Nisso já aprendi. Da pior maneira talvez, mas aprendi.

Mudei de casa 4 vezes. Uma na pensão, outra numa casa que tinha tudo para dar errado; vivi um tempo na casa da mãe do namorado (na altura), outra casa nova que podia ser perfeita se eu quisesse ficar aqui para sempre e agora estou de mudança para a quinta casa em 10 meses porque, como é óbvio, não quero nem vou ficar aqui para sempre. Com estas mudanças fui descartando roupa, sapatos, bijutarias, coisas completamente desnecessárias mas que eu, consumista como era, tinha de ter de tudo. Hoje, que estou de mudança, tenho 2 malas com roupa (uma de verão e outra de inverno); uma mala pequena com sapatos e uma caixa pequena com coisas de decoração que mais tarde levarei para Portugal. Tenho 2 ou 3 caixas com coisas de cozinha guardadas pois não uso nada e apenas 1 caixa média para usar aqui em Andorra com o básico de cozinha. Tenho apenas uma bolsinha com produtos de higiene, o básico. E não tenho mais nada. (e ainda acho que tenho muita coisa!!) 

Conclusão do ano nº2: aprendi que consigo perfeitamente viver com o mínimo, com o básico e o necessário. Não preciso mais do que já tenho. Sou mulher, está claro que gosto de fazer uma comprinha ou outra, mas a menina compulsiva de outrora já não existe. Agora limito me a comprar apenas aquilo que me faz falta. E sinto me muito orgulhosa por isso. Aprendi mais uma vez, da pior maneira, que não devo nunca mais comprar moveis para uma possível casa. Porque não sou menina de poiso certo. Ando sempre de um lado para o outro e acredito que enquanto não me sentir a 100% num lugar e não estiver nesse mesmo lugar durante muito tempo (e falo de anos!), não poderei comprar nada. Alegra-me pensar que tenho a casa dos meus pais, que um dia será minha e aí sim, será o meu poiso certo. Sou filha única. Será minha. Por isso não comprarei nenhuma casa, nem moveis, nem nada! Já tenho um poiso fixo! E chega!

Há 5 meses que vivo sozinha. Que estou completamente sozinha. Refiro-me a sem namorado, sem marido, sem relacionamento. Sozinha. Confesso que é o tempo mais longo que estou assim. Sempre tive muitos namorados, uns atrás dos outros porque sempre abominei a solidão. Hoje em dia, adoro estar sozinha. Tudo bem que posso ter uns amigos especiais, mas nunca nada sério. Nada importante. Sou mulher, tenho as minhas necessidades e, como toda a gente sabe, adoro sexo. (não tenho tabus nestes temas e isto também já se sabe) Mas mesmo assim, aprendi a lidar comigo. Aceitei-me tal como sou. Conheci-me. É pouco tempo, podem dizer. Mas para mim, 5 meses sozinha é uma eternidade. Porque tenho ataques de pânico frequentes e já os controlo. E que, por sinal, quase desapareceram! Porque ninguém cozinha para mim e tive de aprender a gostar da cozinha senão passava fome. (E confesso que me dou muito bem nos meus pitéus a sós!) Tive de aprender a lidar comigo 24h. Como não tinha (nem tenho) dinheiro de sobra para sair, tive de aprender a fazer coisas sozinha em casa à noite. E então vi todos os filmes românticos que gosto e chorei sem ninguém ver, comi no sofá deixando as migalhas no chão e pensava “limpo depois”, dancei no tapete da sala com a musica (ao meu gosto) nas alturas, passava horas na janela a ver a lua, as estrelas, as luzes, as montanhas, tudo. A ouvir o rio. Aprendi a gostar do silêncio. Perdi o medo das portas abertas. Explico: sempre tinha de dormir de porta aberta para ver luz fora. Detesto o escuro. Entretanto com o meu querido (ainda) marido aprendi a dormir com porta fechada/encostada se tivesse uma luzinha de presença. (manias meus senhores, manias! O que ele aguentava, pobre!) Agora consigo dormir de porta aberta porque da minha janela durmo sempre com a luz de fora, de persiana aberta e muitas vezes com a luz da lua e até adormeço a olhar para ela! (será das coisas que mais vou sentir falta quando sair desta casa) Consigo estar na casa de banho com a porta aberta (antes até trancava a porta…mesmo vivendo sozinha…mesmo quando vivia com o marido.. mais manias!) Fui aprendendo a aceitar-me exatamente como eu sou. Sem pensar em agradar a ninguém. E foi assim que nestes “simples” 5 meses ganhei a minha própria personalidade. Porque sempre me adaptava aos outros e fui me perdendo. E, por fim, encontrei-me!

Conclusão do ano nº3: foi o ano que me conheci. Que me estou ainda a conhecer. O ano que aprendi a aceitar me tal como sou e isso fez com que conhecesse muita gente nova, que poderei agradar a uns e a outros não, mas sem nunca me preocupar com isso. Sou como sou e quem não gostar não me incomoda. (até agora o feedback é muito positivo) Todas as experiências sozinha em casa serviram para saber os meus gostos sem pensar nos gostos dos outros. (dei conta que oiço musica de todo o género, dependendo do meu humor ou da actividade que estou a fazer e que sou uma devoradora de filmes de amor! Ah! E que nunca me canso de comer massa!) E com isto, estou preparada para mudar de casa, partilhar um pedacinho da minha vida com mais 2 pessoas (e meia eheheh porque há uma filhota amorosa) e aprender o que me falta… que é lidar com os outros.

Estas conclusões fazem parte de tudo o que aprendi este ano. Do muito que mudei como pessoa, como mulher. Do orgulhosa que estou por ser assim. Entrei um pouco em guerra com os meus pais infelizmente porque como aqui decido sozinha e faço tudo sozinha, torna-se complicado lidar com eles como antes. Esta decisão de mudar de casa foi um choque para eles. Porque tinham pensado vir cá passar o Natal comigo e que iriam ter a minha casa disponível o que tal não vai acontecer. Terão de ficar numa casa (com todas as condições maravilhosas e perfeitas para eles) mas que partilharei com outras duas pessoas que por sinal não conhecem e isso gerou conflito. Decidi sozinha. Não lhes pedi opinião porque primeiro de tudo foi a melhor opção do ano. Gosto delas, somos as 3 muito independentes e por isso acredito que nos daremos muito bem. E desta maneira poderemos poupar bastante dinheiro. E eles têm de entender. São as consequências de ter aprendido a lidar comigo. 

Estou mais independente, mais segura das minhas decisões e aguento com as consequências caso cometa algum erro. Aprendi a acreditar em mim. O futuro é incerto, mas a verdade é que se queremos muito uma coisa podemos lutar por ela até ao fim, custe o que custar! E é nessa base que confio. Nessa luta constante de atingir os meus objetivos. E acredito que seja o que for, vai ser um espetáculo!"