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Sobre a evolução da espécie feminina - a aceitação da total independência

Super fã desta menina - podem seguir aqui 

Ás vezes dou por mim a pensar que posso estar a fugir ao "padrão" normal de uma mulher. Casada, com marido e filhos, numa casa com jardim... eu não tenho nada disso! E estou segura que não tenho paciência nem disponibilidade emocional para ter uma relação e cada vez mais penso que o melhor é estar sozinha, com o meu tempo e as minhas coisas que já me ocupam bastante os dias... 

A mulher atualmente começa a sentir essa necessidade de ser independente. De não ter de dar satisfação a ninguém. De poder construir o seu próprio futuro sem atrelado. E eu sinto-me a entrar nessa onda evolutiva que surge de forma notória em pleno século XXI.

Hoje, talvez por estarmos no inverno e a viver nos últimos dias debaixo de chuva, estou mais abatida e então, a caminho do trabalho, dei por mim a pensar sozinha na rua sobre estas coisas. Com esta chuva apetece um miminho debaixo do cobertor, não é? ... Mas ah e tal covid... e eu não tenho tempo para isso porque tenho planos para depois do trabalho... por isso... esquece lá o miminho e os cobertores!... 😆

Gosto mesmo de estar sozinha, sabem?

O meu telemóvel está - quase - sem movimento. Não tenho notificações de nada. Ninguém me escreve. E eu estranho isso. Porque talvez estivesse habituada a ter sempre alguém a dizer coisas, a mandar mensagens... enfim... aquelas coisas que eu sei que as mulheres vão entender... 😁 os apaparicamentos masculinos! ehehe

Dei por mim a pensar que gosto mesmo de não ter de mandar mensagens a ninguém e estou numa fase que pouco ou nada me apetece escrever, falar ou responder. Há dias acordei e até senti uma certa estranheza pelo facto de não ter qualquer notificação. E acabei por sorrir por ter adorado isso!

Óbvio que vou falando com os amigos e amigas para saber como estão mas aquelas mensagens típicas de engate, conversas de horas e lamechices... já não me sinto assim. Já não aprecio. E estou agradecida porque quem me conhece - tipo aqueles "amigos-que-são-também-contatinhos" que toda a mulher solteira tem - sabem que estou mais desligada e respeitam o meu afastamento. 

Não, a culpa não é do covid. 

A culpa é da evolução da espécie humana, do género feminino, que começa a não necessitar de atenção alheia porque se preocupa com a construção do próprio império. 

A culpa é da mulher atual, solteira, entre os 25 e os 35 anos, que decidiu lutar pelos seus próprios objetivos e não tem tempo para engates. 

A culpa é da mulher culta e formada. 

A culpa é da mulher que lê e estuda.

A culpa é da mulher que se cuida para ela e não para os outros. 

* só um àparte:
Está frio. Estamos no inverno. Mas eu, dona de mim que sou, ando em casa, de chinelo no pé, sem meias e de unhas pintadas! Ninguém me vê os pés! Mas eu quero cuidar de mim para mim sem ter necessidade da aprovação de ninguém! É uma sensação libertadora esta! Não precisar de aprovação alheia é maravilhoso - e novo para mim! 

E quando a mulher atinge este patamar... cuidado! É muito difícil fazer com que se volte a apaixonar. É muito difícil fazer com que mude o pensamento. É muito difícil fazê-la mudar os hábitos e rotinas de quem gosta de ser só. 

Como diz a Clarice, "a solidão é um luxo."

E com esta me vou 💋  

A.V.

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