"Jesus pregou
a paz entre os homens. Ensinou o perdão e a oferecer a outra face. Que se
alguém nos prejudica, não devemos perdoar apenas sete vezes, mas 70 vezes sete.
Jesus disse que não há amor maior do que dar a vida pelos outros. Ele inspirou
cada um a esquecer-se de si próprio, pegar a própria cruz diária e segui-Lo.
Dizia para acumularmos riquezas que não podem ser roubadas por ladrões ou
roídas por traças. Ensinou também que não há mérito em amar quem nos ama, mas
que devemos amar nossos inimigos e rezar por eles. Jesus advertia para não
repararmos nos ciscos nos olhos do próximo, enquanto os nossos permanecem
cheios de travas.
Buda disse
que sem paz interior, a paz exterior é impossível. Encorajou-nos a usar esta
vida para cultivar a única riqueza que quanto mais é dada aos outros, mais
dispomos dela: a riqueza interior da bondade, do amor, da compaixão e da
sabedoria. Que as únicas coisas verdadeiramente significativas são as que podem
ser levadas connosco após a morte, para a próxima vida. Que a nossa compaixão
deve ser treinada e desenvolvida até que se torne universal, por bons, maus ou
estranhos. Que os defeitos dos outros não estão separados dos nossos próprios
defeitos. Buda exortou que o sentido da nossa vida é praticar o santo caminho
do bodissatva, o altruísta amigo de todos os seres vivos que dedica sua vida à
iluminação para o bem-estar do próximo, humano ou não-humano. Para termos a
coragem e a disposição de oferecermos a vitória aos outros, e ficarmos com a
derrota. Que não existem inimigos em si mesmos, mas apenas pessoas que fazem
coisas erradas, às vezes muito erradas, porque estão fortemente sofrendo devido
ao veneno interior da raiva, da ignorância e do apego em seus corações.
Por tudo isso, podemos nos sentar juntos, cristãos e budistas, à mesma mesa e
comemorar o nascimento de Jesus."
Vale a pena pensar nisto.