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Curtas #3

Estava eu com uma pequena crise de ansiedade porque o céu estava nublado e decidi pedir a uma colega de trabalho e amiga que me acompanhasse até ao exterior da fábrica onde trabalhamos para apanhar ar. Ela veio comigo e trouxe o seu fiel companheiro, o seu telemóvel.

Eu amuei, como faz uma criança de 5 anos e pedi, como faz uma criança de 5 anos, que falasse para mim porque eu não estava bem. Ela contou-me histórias de rir que via no Facebook e eu lá me ia esquecendo da minha crise angustiante devido ao facto do céu não estar azul.
Nos entretantos, fiz uma pequena birra, como faz uma criança de 5 anos, porque pensei que ela não me estava a dar atenção suficiente.
Quando comentei com ela, rebolou no chão de tanto rir, como faz uma criança de 5 anos.
E de repente aparece o “realmente…”, aquela vozinha que de vez em quando me chama à razão. “ela veio cá para fora, veio contigo e ainda lhe pedes mais do que te está a dar? Não sejas egoísta!”

Moral da história: por mais que esteja com o smartphone colado ao peito, pelo menos está lá! Não é isso que importa? Para quê pedir mais do que precisamos? 

Curtas #2

O meu namorado comprou uma bicicleta. Ora eu, que levei com um camião nas trombas quando estava a aprender a andar, nunca mais peguei numa “bina”, como chama ele, na minha Vida.
Sendo assim amuei logo. Tipicamente infantil tive um momento de birra e achei uma má atitude o facto de ele não me ter dito nada antes de a comprar.
De repente veio o “realmente…”, aquela vozinha que de vez em quando me chama à razão.
“a sério que fazes birra porque ele não te disse nada? Tens noção que isso é inveja porque ele faz coisas sem te dar satisfações e tu tens essa necessidade estupida de lhe pedir autorização para tudo?”
E aí eu pedi desculpa e calei-me.

Moral da história: cresce e aparece!

E no seguimento deste raciocínio, já está mais que na hora de perder os medos parvos e começar a superar obstáculos, tais como… aprender a andar de bicicleta…
Até porque isso vai poupar imenso dinheiro de táxi de manhã quando te zangas com o namorado e tens de pagar 4 euros para ir para o trabalho…contrariada.

Curtas. #1

Não podemos julgar ninguém. Aliás, podemos, mas estaremos a julgar a nós próprios.
Nem sempre temos noção disso mas basta dar conta UMA vez. E nunca mais se para de reparar nisso.

Aconteceu-me há dias. Estava eu tranquilamente no meu local de trabalho e eis que reparo nuns sapatos novos de uma miúda que por lá trabalha. Adorei o caraças dos sapatinhos mas não comentei nada. Calei-me bem caladinha e olhei apenas 1 minuto para que não se notasse. Mas sim, reparei nos ditos.
Tempos depois, comprei eu mesma uns sapatos novos. E eis que a mesma pessoa que ocupa o mesmo espaço que eu durante 8 (9? 10? 11?) horas por dia, a mesma que eu reparei outrora nos sapatinhos dela, comenta algo assim e, passo a citar: “adoro os teus sapatos novos!”
Fiquei chocada! “Como é possível ela ter reparado que eu tinha sapatos novos?”
E depois… bateu em mim o “realmente…”; aquela vozinha que de vez em quando me chama à razão… “sabes que também reparaste nos sapatos dela há duas semanas?”…


Moral da história: não critiques. Não julgues. Porque isso é o teu espelho. 

Saber ouvir.

A Almofada fugiu...

A Almofada cresceu. Mudou. Está diferente.
E toda essa mudança fez com que a vontade de escrever para os outros tenha ficado no passado.
Óbvio que continuo a escrever. Mas para mim. Ninguém precisa saber. Ninguém precisa saber tudo.
A solidão é má, mas a solicitude é maravilhosa. E cada mais me entrego a esse estado onde não há questões, intrigas ou brigas.
Cada vez mais sou menos.
Cada vez mais gosto das pombas à hora do almoço.
Cada vez mais gosto de fumar com uma pega que sempre poisa em cima de uma árvore.
Cada vez mais gosto do silêncio.
Cada vez mais gosto do som dos aviões a passar.
Cada vez mais... menos.
E assim se vai vivendo.

Volta a Portugal de autocaravana - 2016 - parte II

Já disse que estive de férias? Demos a volta a Portugal. De carrinha. 15 dias. Mais de 3000km.
Não me venham dizer que Portugal não tem nada que dou vos com uma vassoura!

O nosso país é lindo! Tem tudo! Campos, vinhas, flamingos em lagoas, pessoas muito atenciosas e sempre prontas a ajudar. Tem trovas da beira, tem covers de músicas maravilhosas feitas por pessoas que falam "axim", tem montanhas lindas, praias com rochas enormes, praias ventosas, céu com Via Láctea!!! (Eu viiii!!! E já posso confirmar que no Alqueva se vê a Via Láctea a olho nu) tem cozinheiras que vêm falar contigo enquanto comes, tem donos dos locais onde ficas a dormir a oferecer garrafas de vinho!...
Tem tudo! E encheu me o coração de boas lembranças do meu país que eu espero não sair mais daqui!
Depois de fazerem uma viagem como esta, aí sim, tentem falar mal do vosso país a ver se conseguem...




Volta a Portugal de autocaravana - 2016

Férias. 
Estive de férias. De tudo. Pessoas, telemóveis, computadores, tudo!
Já voltei a trabalhar. Já voltei à página do Facebook. Já há novidades pelo Instagram.
Quero férias de novo. É isso.
Estou de volta.