Com 15 anos, tomei a decisão de não ser mãe e até hoje essa opção mantém-se.
Teratoma. Foi o que tive na altura.
Diziam na escola que eu estava grávida porque tinha a barriga inchada, grande e dura.
Falei com os meus pais sobre o assunto. Levaram-me ao médico e logo se soube que tinha um tumor líquido, benigno, de 3kg e 18 centímetros. Era normal que se notasse e que fizesse parecer que tinha um bebé a nascer dentro de mim.
Não era um bebé, mas sim, um conjunto de gordura líquida com cabelos e dentes. Um nojo portanto.
Em pleno auge da adolescência, passei três dias no hospital e tirei um pedaço de um ovário. Tenho outro que funciona, é um facto. Mas, naquele momento, tomei a decisão de que não iria gerar nada em mim. Não seria mãe.
Isto tudo para vos dizer que não é um bicho de sete cabeças não querer ser mãe. Todas temos as nossas razões. Todas temos a opção de decidir o que fazer com o nosso corpo.
Esta é a minha história. Qual é a tua?
Com amor,
Ana
1 comentário:
é pena que em pleno séc. XXI ainda haja a relutância de ser ou ter o que quisermos,só por ser mulher... só em possuir essa capacidade de de discernimento implica grande maturidade, parabéns e obrigado pela partilha
Enviar um comentário