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Terça-feira com dica - Apreciando as pequenas coisas. Desconfinar com calma.

    A rúbrica de terça-feira está de volta com as dicas fáceis para um estilo de vida mais saudável!

Hoje a dica é super simples. Tão simples que até me custa ter de fazer um post sobre isto. Mas a verdade é que ainda há muita gente que não tem noção destas coisas por isso, aqui vai:  

Com esta pandemia covidiana, existente há mais de um ano, ficamos privados - para quem se cuidou e ficou realmente em casa, tipo eu - de ver o por-do-sol, de ir à praia caminhar, de acampar na montanha, de viajar, etc. 


Confinamento à hora X, ficar em casa, não fazer longos passeios, não andar de carro por aí. Ok. Dou toda a razão aos cuidados. Dou toda a razão ao recolher obrigatório. Dou mesmo! E cumpri sempre. Daí hoje escrever sobre isto porque é exatamente aquilo que a mim me faz falta. Mas temos de ter calma e ser muito cautelosos nesta nova fase de desconfinamento.

Quando começarmos a desconfinar, em vez de irem "aos chineses que nunca mais abrem" ou às lojas xpto ou comprar seja o que for, PAREM! Não vão a correr às lojas! Não pensem em viajar e sair já do país maravilhoso que temos! Pensem um bocadinho antes! Olhem para o essencial! Ou o que supostamente devia ser essencial mas pouca gente valoriza! E nos é roubado/privado/limitado há mais de um ano!

Estivemos literalmente proibidos de ver o por-do-sol porque tínhamos de sair dos nossos trabalhos (quem trabalhava) e ir logo para casa. Pessoas que vivem em prédios, fechadas em casa, sem poder sair da sua zona de residência nem que fosse para cheirar a montanha... 




Sou só eu que sinto imensa falta disto? Sou só eu que, quando consigo ir só uns minutos à praia, snifo o cheiro do mar mais do que um viciado em cocaína?!

Sou só eu que penso em ir acampar "aqui ao lado", perto da minha cidade, só para poder aproveitar o facto de estar-fora-de-casa-mas-ainda-perto-de-casa porque o Covid ainda não acabou e há que ter cuidado e, por isso mesmo, evitar voltar a entrar em lojas e shoppings já?!?!?!? 

Parem um bocadinho e valorizem estas coisas todas, tão essenciais que nos foram privadas. E são todas gratuitas. E podem ser feitas aos poucos! E perto das nossas casa. E ainda com todos os cuidados. 

Valorizem os pequenos prazeres da Vida. Porque são as memórias desses momentos que levamos connosco, e não são as roupas ou as fotos do Instagram cheias de filtros... 

Pensem nisto por favor! Abram a vossa consciência e bora lá expandir, ok? 

Beijinhos.
A.V.

Estudos científicos do raio que os parta

Um dia disseram-me que achavam que eu só estava com "essa" pessoa para poder estudá-la. Ou seja, que eu o "usava" para as minhas questões e teorias sobre o ser humano. 

Sou curiosa, é um facto. Faço muitas perguntas e gosto de saber o que vai na cabeça das pessoas. E ver e ouvir o ponto de vista do outro não é "estudá-lo" ou "usar" essa pessoa para efeitos de investigação.

Para mim, ouvir novos pontos de vista ou formas diferentes de ver o Mundo, serve para saber a arte de se colocar no lugar do outro. Saber, entender e respeitar a outra pessoa mesmo quando não tem opiniões iguais às minhas. 

Sei que tenho uma forma "esquisita" de ver as coisas. Faz parte de mim ser assim e por isso, nem sempre é fácil ter amigos devido à minha abertura para falar sobre tudo e gostar de aprender sobre tudo também. Ainda não é considerado normal. Ainda não é fácil fazer amigos com este meu feitio de perguntar as coisas diretamente seja sobre a vida ou sobre pensamentos profundos que pouca gente perde - ou ganha - tempo a questionar. Muitas vezes sinto que, ao fazer perguntas existenciais às pessoas, as respostas são vagas. E como ficam sem argumento, ou porque nunca pensaram nisso, ou então porque me acham "diferente" e "alternativa", deixam de falar comigo. 

Cada um é como cada qual. E nós só temos de saber respeitar. Depois, se não encaixa na nossa forma de viver, cada um segue o seu caminho e está tudo bem. Já me habituei a perder pessoas por não serem como meu. Por não se questionarem. Por não quererem saber mais. Mas tenho alguns - pouquinhos - amigos que me conhecem e gostam de falar comigo exatamente por eu ser assim. 

Vivemos ainda num mundo de aparências. Onde ter é mais importante que ser. Onde as pessoas preferem comprar coisas caras e comer sopa do que fazer um picnic na praia e falar sobre teorias de conspiração... 

Eu só pergunto o porquê! 

Qual o motivo de certas pessoas preferirem passar mal e parecer bem do que serem simples e valorizarem todos os pequenos detalhes da vida?!

Só isso. Vale a pena pensar nisto, não? 

Dia Internacional da Mulher

A Mulher é um ser frágil. 
Mas que encontra forças incríveis quando necessita atuar num momento de desespero. 
A Mulher diz-se que se quer “pequena como a sardinha”. 
Mas quando põe uns tacões, muda a atitude para uma mulher fatal e o homem suspira. 
A Mulher é submissa. 
Mas quando encontra as suas forças para se mexer, consegue fazer tudo sozinha. 
A Mulher já não é o que era. A Mulher cresceu. Está independente. Está decidida.
Mas será sempre Mulher. 
Frágil como uma bomba!

Para Todas as Mulheres, que Todos os dias sejam Dia da Mulher. 
Sem agressões, sem violência, sem gritaria… apenas com amor, sedução e harmonia! Sem excepção!

Leitura Recomendada _ Elizabeth Gilbert

 


Quem me conhece sabe que o filme "Eat Pray Love" é o filme que eu mais gosto. Viagens, epifanias, busca de propósito, comida e religião... tem tudo! É um marco muito grande para mim e que me define imenso. 

E para quem não sabe, a Elizabeth Gilbert escreveu esse mesmo livro que inspirou o filme com o mesmo nome entre outros livros. Também esse é um dos livros de cabeceira na minha casa!

Além do "Come Reza Ama" (em português), também li "A Grande Magia" ("Big Magic" como título original) que recomendo vivamente a sua leitura. 

Quem já leu? Deixem as vossas opiniões! 

Beijos. 
A.V.

Um quadrado em constante evolução - algumas verdades

Na dica desta semana falei sobre a expressão "cada um no seu quadrado", explicando a minha teoria sobre sermos quadrados individuais que se constroem diariamente. 

Ter a noção de que o nosso quadrado está em constante mutação faz doer! 

Desculpem lá dizer a verdade mas já sabem que por estas bandas não há paninhos quentes. 

TODA A EVOLUÇÃO PESSOAL É DOLOROSA. 
Crescemos com os desafios que a Vida nos oferece! 

Lembram-se de, em crianças, terem as "dores de crescimento" porque o corpo se desenvolvia rápido? Pronto... é a mesma coisa mas na mente! E dói também! Muito! Mas faz tudo parte do processo de estar vivo! 

Pode acontecer hoje tomarmos uma decisão super importante e depois darmos conta que foi errada! Quem nunca? Todos os dias somos obrigados a fazer escolhas e todos os dias podemos escolher alguma coisa da maneira errada! 

Quem não tenta, nunca ganha nada. Mas quem tenta, pode perder. É assim a Vida!

Agora atentem a esta história que serve como exemplo:

Em 2013 quando me separei do meu ex marido fui viver para uma pensão - resumo desse episódio por aqui - e dei conta da maneira fútil como eu - quadradinho individual e inconsciente - vivia! 
(o ex marido não tem culpa de nada disto! Lá está! Quadrados diferentes que acabaram por desencaixar!) 

Vivi anos cegamente compulsiva! Não sabendo lidar com a minha ansiedade na altura, usava as compras - e as festas - como alívio mental. Em vez de resolver e fazer obras dentro do meu quadrado, decidia renovar "o exterior", não valorizando a minha auto construção. 

Quando olhei para toooooodas aquelas malas cheias de roupa e sapatos e toooooodo um vazio no meu Ser, só aí é que me apercebi do meu modus vivendi. Estava TUDO errado! 

[E quando levas um estaladão de consciência, acredita! que dói imenso. E quando dás conta que estás a agir errado em qualquer situação, é parecido a um soco na barriga.]

Mas quando decides mudar o pensamento, a ação, a vida... dói. Mas depois é uma bênção! Apesar da dor, crescer pessoalmente é a melhor experiência do Mundo! 

E podes até voltar a fazer o mesmo erro mas de modo diferente. Ou erros novos que te fazem crescer ainda mais! Na outra relação falhada, posteriormente a 2013, envolvi-me seriamente dentro do quadrado dele. Deu merda, pois está claro! (Por aqui já se sabe que tive duas relações seriamente falhadas! Tudo bem, já perdoei, já criei e já renovei o meu quadrado mas é sempre um desafio recomeçar. Mas quem não tenta, não vive.)

A adaptação a uma "renovação de quadrado" é muito dolorosa! 
E por vezes demorada! 
(ainda mais quando acontece mais do que uma vez)

Há dias que até custa sair da cama. Mas depois lembramo-nos de quem somos. Do que somos. Da força interior que cada um de nós tem. E os dias vão passando e com o tempo vamos evoluindo. Todos os dias um bocadinho. 

Ora, para concluir isto tudo, devo dizer que o nosso quadrado está em constante evolução. Mais ou menos drástica mas SEMPRE em evolução. 

Como lidar com isso? 

Sabendo aceitar a mudança. 
Sabendo que nada é permanente.
Aprendendo com cada desafio. 
Ver sempre o lado bom de toda a aprendizagem. 
E ter sempre mente aberta para novas descobertas. 

Viver é isto. E tu? Como lidas com o teu quadrado?  

Beijos. 
A.V.

Terça-feira com dica - Como não perder o foco dos nossos objetivos | Cada um no seu quadrado

    A rúbrica de terça-feira está de volta com as dicas fáceis para um estilo de vida mais saudável!

Pois é, meus queridos; estamos no mês de Março e, para muitos, os objetivos do início do ano já foram pelo cano abaixo, não é? 

Não. Não é. 
- pelo menos não devia ser! Pelo menos para mim não é!

Os nossos planos e objetivos devem ser o foco da nossa vida. Lutar pelo que queremos faz parte do caminho sem nunca esquecer que devemos agradecer por tudo o que temos no agora.  


Tenho por hábito todos os dias de manhã abrir a minha agenda e ler o que tenho para fazer, ler, escrever e acima de tudo, todos os dias leio para mim, a mesma frase de apoio a mim mesma: 

NÃO PERCAS O FOCO!

Todos os dias leio essa frase logo pela manhã. Escrevo sempre a mesma frase desde o início do ano, para nunca me esquecer! Para poder viver de forma consciente e a saber a razão pela qual acordo de manhã! - porque isto já o fiz no início do ano. (e tenho vários posts por aqui a aconselhar como devemos fazer para sabermos o que queremos da nossa vida - espreitem as publicações de novembro do ano passado) Convém sabermos o que queremos para nos podermos focar nisso mesmo! Todos os dias!

Por mil situações que surjam no meu caminho, no meu dia-a-dia, sejam coisas banais ou momentos que podem mudar um bocadinho o meu plano pessoal, eu acordo de manhã e penso sempre para mim: 

Estou no caminho certo. Sei o que quero e para já não tenho tempo para mais nada. 

Quero sempre fazer uma coisa de cada vez. Sofrer de ansiedade obriga a tentar viver da forma mais calma possível! 
Tenho o meu ritmo e tudo aquilo que agendei para fazer em 2021, obriga-me a manter-me exatamente como estou agora. Livre, sem compromissos, antissocial q.b. e focada naquilo que quero para mim nos próximos meses. Porque sei bem o que quero.

Isto tudo porque:
Sabermos o que queremos é um passo gigante para uma vida mais feliz e tranquila. 
* Por isso convém acertar com o nosso Ser, o que queremos fazer, ser e transmitir ao Mundo. 

Sabermos lidar com tudo o que aparece pelo meio é o que faz com que os nossos desejos se realizem. 
* Pessoas que não sabem o que querem, perdem-se facilmente. Ou então... nunca se encontram.

Saber como agir, que passos dar - ou não- são muito importantes para a construção do nosso "quadrado".
* Não devemos permitir que interfiram com aquilo que queremos ser, ter, fazer ou transmitir ao Mundo.

Há dias, por causa de uma música má, usei esta expressão na minha vida e criei uma teoria!

"Cada um no seu quadrado" 

Cada um de nós é - ou deve ser - um quadradinho. Construir-se a si mesmo e fortalecer as suas quatro paredes diariamente. 

Tem muita gente por aí que gosta de destruir o quadrado dos outros, ou até de se infiltrar noutros quadrados que não o seu. 

Não ter um quadrado é quase como não ter a sua própria personalidade.

- Quem és? 
- Qual é a tua essência?
- O que queres para a tua vida?
- Quais são os teus gostos reais na vida? Seja cor preferida, comida, religião...
- O que queres transmitir ao Mundo?
_ se não sabes responder com convicção a estas perguntas, então, não sabes NADA sobre ti!_ e isso é uma merda!

Não ter noção de "eu" é como não ser "um". É como se não soubéssemos ser, viver ou transmitir de forma individual. 

Se não soubermos de que é feito o nosso quadrado, vamos viver no quadrado do outro. Vamos andar como marionetas-de-quadradinho-alheio. E isso não é saudável. E também é uma merda.

Saber quem somos - a nossa essência como ser humano individual -, saber o que queremos fazer da nossa vida - seja a nível pessoal como profissional -, saber o que queremos ou não ter - valorizar o que temos ou lutar sempre por ter mais - as escolhas são sempre individuais e cada um é como cada qual -, e o que queremos transmitir ao Mundo - o nosso modus vivendi, as nossas crenças, os nossos valores-, tudo isto é individual. Tudo isto forma um quadrado maravilhoso que nos faz ser exatamente aquilo que nós somos! E cada um deve ter o seu!

Depois, se nos quisermos juntar a outro quadrado, porque supostamente o ser humano não sabe viver sozinho, fazemos uma espécie de puzzle maaaaas... cada peça é individual! Podem se unir e criar uma coisa gira mas nunca nunca nunca! deixando o seu quadrado. 

É por estas teorias que eu descobri o porquê dos meus relacionamentos-sempre-falhados. Andei demasiado tempo a viver em quadrado alheio... sem saber sequer quem eu era quando ficava sozinha! 
Entretando descobri o meu quadrado, construindo o meu ser e aceitando a minha essência tal como é. De momento não há espaço disponível para outro quadrado encaixar. Não tenho tempo. Nem vontade. 

Porque quando descobres, conheces e AMAS o teu quadrado... vês o quão suficiente, especial e única/o és por "dentro" que não é necessário procurar "fora". ❤

Vale a pena pensar nisto... 

Beijos a todos!
A.V.

Livros que falam a verdade

"A mente moderna, mimada, resultou em indivíduos que se sentem merecedores de algo sem se esforçar, que sentem ter direito a algo sem se sacrificar. As pessoas se declaram especialistas, empresários, inventores, inovadores e treinadores sem qualquer experiência real de vida. Não fazem isso porque realmente se acham melhores que os outros; fazem porque acham que precisam ser incríveis para serem aceitos em um mundo que só divulga o extraordinário."
A subtil arte de dizer que se f_da

Chegamos a Março!

Quase que cheira a Primavera! 

Pronto, hoje não cheira nada a Primavera, que hoje chove e está frio. Mas neste fim-de-semana que passou, o tempo esteve muito bom e deu finalmente para ver o por-do-sol na praia (à clandestina, a saltar muros e a fugir das barreiras) e ainda, ver o nascer-da-lua - enorme e linda - mesmo com os pés na areia da praia! Faz falta ser rebelde. Faz falta viver. Nem que seja só por um bocadinho. 

E antes que digam que andei em ilegalidades, é falso. Moro perto da praia e estive sempre longe dos seres humanos. 

Foram dias bons. Que não devem ser romantizados, porque são exatamente isso, momentos bons para recordar com carinho e vivê-los sempre ao máximo porque um momento bom assim nunca se repete. 
Nada é fixo. Nada é permanente. Aproveitemos então! 

Soprem canela! É Março! É flores! É Sol! E isto está quase quase a passar! 💜

Beijos.
A.V.

Devíamos fazer um RESET e renovar a nossa consciência - estamos a precisar.

Palavra do dia: ostentação. Apareceu logo de manhã e fiquei a pensar nela muito tempo. 

Vivemos num mundo onde estamos socialmente programados para mostrar mais do que temos, parecer mais inteligentes do que somos, falar mais do que ouvir, parecer mais do que ser. 

A tal ostentação. 

Estamos programados para querer mais e mais.
Estamos programados para ter mais e mais. (ou parecer - aos outros - que temos!)
Estamos programados para comprar mais, sair mais, tirar fotos mais bonitas que o vizinho.
Estamos programados para andar em busca de mais, como se o que temos - que muitas vezes é tanto - não fosse suficiente. 

Eu, imperfeita que sou, também penso nisso às vezes. Faz parte da condição humana e está tudo bem. 
Mas tendo consciência disso mesmo, podemos tentar ser melhores, não? 



E quando os pais mantêm o mesmo discurso? E se esquecem que cresci!

Como disse no post anterior, li o meu blog de outras vidas. Atualmente privado mas guardado com muito carinho. 

Quando voltei para Portugal no final de 2013 foi muito complicado para mim voltar a casa dos meus pais. Tinha estado sozinha muito tempo e estava muito habituada às minhas coisas e ao meu ritmo de vida. Sempre trabalhei muito, tive mais do que um emprego ao mesmo tempo e sempre gostei de sair e de ser social! Foi um choque para eles ter uma filha que saía à noite a uma segunda-feira e ia trabalhar no dia seguinte... 😅

Em 2013, voltar ao meu país e à mentalidade das pessoas de cá foi um choque muito grande para mim e, mal cheguei, quis logo ir embora de novo. 

Tentei viver em Braga mas tinha uma ideia tão feliz dos tempos da universidade que, quando lá fui em 2014, e vi cimento em vez de jardins e pessoas frias em vez de sociais como antigamente, voltei de novo à base. Não estive lá mais de 4 meses. 

Depois conheci uma pessoa e apaixonei-me por ele e pelo meu Porto, que guardarei eternamente no meu coração, onde vivi quase 5 anos. 4 + 1 sozinha, mais coisa menos coisa... um dia escrevo um livro sobre esse ano sozinha no Porto!😅 

E agora estou de volta à base e desta vez é para ficar! Voltei para cuidar dos meus pais e não porque precisava de voltar a casa! 

Sendo assim, atualmente estou com eles. Voltei - de novo - a casa em 2018 mas vejo, pelo que li no blog antigo, que os problemas de ambientação foram e-xa-ta-men-te os mesmos que os de 2013! 

Enquanto lia o blog antigo revi as mesmas palavras e as mesmas sensações em duas épocas (e mentalidades) completamente diferentes. Com uma diferença de mais ou menos 5 anos, o discurso foi exatamente o mesmo. 

As horas para comer, a rapidez em limpar e arrumar tudo, as televisões altas e a falta do silêncio - que foi o que mais me custou a habituar - tudo estava igual a 2013. 

Eu gosto de limpar e de arrumar mas tenho o meu tempo! Então, na minha casa com os meus pais, enquanto eu acabo de jantar e vou, por exemplo, ao wc ou fumar um cigarro, já a minha mãe arrumou metade! Estou numa fase que a "obrigo" a ir para a sala sentar-se e não mexa na cozinha para que eu possa ajudar em casa! 

Também reparei que mantenho o mesmo hábito de arrumar tudo à noite durante a semana. 
Há 50 anos atrás, antes do covid, saía sempre ao fim-de-semana, então para poder ter as folgas livres, sempre arrumei tudo à semana e tinha o fim-de-semana livre para descanso e passeio e festas. 

Ainda hoje, lá em casa, a mamã pede que arrume ao fim-de-semana, quando o que eu mais quero é paz e sossego. Mesmo que não saia de casa, é a minha folga, é o meu momento de não-fazer-porra-nenhuma. E ela ainda (!) não entende isso. 

E estas diferenças existirão sempre. Porque eu sou a menina deles. 
Para eles, eu não tenho 33 anos. Tenho 10! 
E eu lá aceito e deixo estar... e por vezes respondo "eu é que sei!" ou "eu decido por mim" e há discussão. 
E lá nos sentamos à mesa e eu relembro-lhes a minha idade. Que as decisões e opções são minhas e a responsabilidade dos meus atos é minha também. 
E os dias passam. 
E já lá estou há 2 anos! - a caminho de 3! 💗

Regresso ao Passado

Fiz asneira. Da grossa. 
Vá, talvez não tenha sido muito grave aos olhos dos outros, mas para mim é. 

Li o meu blog antigo - de 2011 a 2015, atualmente privado. De fio a pavio. Relembrei tudo. Revivi tudo. Olhei para trás e pensei para mim: "Meu Deus, como estás mudada!" e ao mesmo tempo "Rapariga! Estás tão igual!"

Penso tantas vezes em escrever um livro. Bastava ser um ano da minha vida. Poderia bem detalhar o ano 2013 que esse foi mesmo um ano digno de livro! Devia publicar todos os meus pensamentos dessa altura. 

Devia falar sobre como me senti tão feliz numa pensão rasca com trolhas e sanita partilhada! Como vi a quantidade infinita de roupa, malas, sapatos, bijuterias dentro de sacos e olhei bem dentro de mim e vi o quão fútil e mesquinha era! - tinha me separado e saído de casa nessa altura. 
Devia falar sobre como me senti livre mesmo quando não tinha sequer onde guardar comida ou até mesmo onde aquecer o leite! (a varanda - com neve - era o frigorífico)
Devia falar sobre como cresci nessa altura! Como aprendi. E como cometi mais uns 547 erros mas pronto, aprendi também com eles!
Devia falar sobre todo o autoconhecimento dessa altura. O crescimento pessoal da pior maneira possível - mas muito necessário. 
Devia falar sobre o divórcio indesejado por parte dos dois mas que seria inevitável tendo em conta toda a minha assustadora imaturidade, com 25 anos. 

Hoje. 
Hoje olho para trás. 
Observo tudo como se aquela Ana não fosse eu, mas outra mera pessoa. 
Hoje. 
Vejo tudo do lado de fora. E sinto compaixão. 
Sinto carinho. Sinto quase até, saudade...

Eu era encantadoramente rebelde. Dificílima de controlar e/ou de agarrar. 
Claro que se apaixonavam! Esta minha liberdade de mente, corpo e alma ainda existe hoje, com os meus ricos e bem experientes 33 anos de vida! Mas naquela altura tudo parecia tão mais fácil...

- Não tenho nada de comer. E quê? Pagas tu o copo? Saio na mesma! Os cigarros cravam-se. 
- Doem me os pés na discoteca. Descalço-me e não paro de dançar. 
- Estou sem dormir. Vou trabalhar de direta! Mas vou! 
- Falo com toda a gente. Danço com toda a gente. Rio-me com toda a gente. 
- Festa! Festa! E mais festa! Vou a todas! 

E depois... em "casa". Nas várias casas que tive nessa altura. Acho que mudei de casa umas 5 vezes nesse ano! Sozinha. Só eu e a solidão. E outras companhias às vezes... mas maioritariamente sozinha. E era aí que eu era eu.  

- Lidando com a minha ansiedade pela primeira vez. 
- Suportando os ataques de pânico porque não me importava de morrer. 
- Aprendendo a gostar da trovoada mesmo sozinha em casa. Escondia-me na janela só para poder ver os raios cheia de medo!
- Fazendo mil contas ao dinheiro que acabava seeeempre pelo dia 17. 
- Limpando a casa religiosamente todos os dias. Estive obcecada com isso algum tempo. Precisava de ter tudo limpo!
- Aprendendo a ir às lojas e não comprar nada. Dando conta do quão consumista era e a lutar por mudar isso. 

Numa das casas que vivi, quando ficava sem dinheiro, ia ao supermercado em baixo pedir a fruta que supostamente iriam deitar fora. Comprava tudo em promoção por baixa validade. Hoje em dia, detesto groselhas de tanto comer nessa altura - sempre a partir do dia 17.

Mas são estas experiências que me trazem até aqui. São textos e textos nesse blog onde relembro tudo. Detalho tudo sem medos nem tabus. Aprendia a lição e cometia um erro novo. Saboreava cada momento da minha vida. Fosse bom ou mau. Hoje em dia ainda o faço mas não da mesma maneira. 

Hoje. Olho para trás e sinto que quero continuar a ser aquela menina encantadoramente rebelde. Só que mais responsável e crescida. Mas rebelde na mesma. Só que com mais juízo. Mas rebelde sempre. 

Estamos em 2021 e estou em Viana do Castelo. Na cidade onde nasci.
Voltei a casa depois de mil e uma viagens. Trago comigo uma bagagem muito muito muito pesada. Mas carrego-a com todo o Amor possível. 

Porque é minha. É a minha história. É a minha essência. Não me orgulho de tudo. Mas não me arrependo de nada. ❤

Leitura Recomendada _ Khalil Gibran

"Ainda ontem pensava que não era mais do que um fragmento trêmulo sem ritmo na esfera da vida. 

Hoje sei que sou eu a esfera, e a vida inteira em fragmentos rítmicos move-se em mim. 

Eles dizem-me no seu despertar: " Tu e o mundo em que vives não passais de um grão de areia sobre a margem infinita de um mar infinito." 

E no meu sonho eu respondo-lhes: "Eu sou o mar infinito, e todos os mundos não passam de grãos de areia sobre a minha margem." 

Só uma vez fiquei mudo. 

Foi quando um homem me perguntou: "Quem és tu?" " 

Khalil Gibran
É sempre uma delícia ler o que este senhor escreveu ❤



Crónica do ano 2011: passaram 10 anos e eu penso igual.

"Após um dia complicado de gerir, dei por mim a encontrar uma foto. Já era noite. Tudo dormia cá em casa. E eu, sem muito sono, pensei recordar. Erro. Tudo isto porque quero e preciso mudar o meu corte de cabelo. Estou farta de estar como estou e já diz a Margarida Rebelo Pinto e com toda a razão: “mudamos aquilo que podemos quando não conseguimos mudar o que queremos”. Palavras sábias estas que realmente indicam a razão pela qual preciso de mudar de corte. 

Comecemos pelo início: cheia de vontade de estar sozinha, cheia de planos futuros e cheia de estar em relacionamentos, eis que me aparece algo na vida. O que haveria de ser? Um homem claro. Porque eu digo que não quero ter mais ninguém, porque eu quero estar sozinha, porque eu desisto, porque eu renasço. E ele aparece. Porquê? Por que tem de ser assim? Há quem me dissesse que é bom ter um amigo, um amigo íntimo. Mas não um namorado. Isso já não se usa. E na realidade, quando penso friamente no assunto, reparo que é isso mesmo que eu não quero. Um namorado. Mas se pensarmos, também friamente no caso do “amigo-íntimo”, vemos que é exatamente a mesma coisa mas com outro nome. 

Ora vejamos: um amigo íntimo é aquela pessoa com quem nós estamos. Um amigo íntimo é alguém com quem gostamos de estar, com quem convivemos mais do que outro amigo qualquer, é alguém que beijamos, gostamos mais do que os outros amigos, alguém com quem eventualmente possamos gostar de fazer amor, sexo, mimo e tal e coiso. Um amigo íntimo é isso mesmo. E não é que é o mesmo que ter um namorado? 

Só se a diferença estiver em dar ou não as mãos. Só se a diferença for o facto de que não se chamará “amor” a esse amigo mas sim o nome dele. Só se a diferença é não avisar os pais que se tem alguém. Só se a diferença estiver no facto que, toda a gente nos vai ver, diariamente a conviver, porque há mimos que não se consegue esconder, há sempre um beijo roubado, há sempre uma palavra, mas "não, não somos namorados." 

Mas isto não é exatamente o mesmo que namorar? Aliás, também há o fator da confiança. Do respeito. Da compreensão. Do ser fiel. (espero que um amigo íntimo também seja fiel, senão é um amigo-da-queca; são conceitos totalmente diferentes para tipos de amigo) 

Um amigo íntimo é alguém que eu quero só para mim, que eu não partilho. Alguém com quem convivo, converso, mimo, troco carinhos e amassos. Ora então, eu apenas não quero chamar-lhe de namorado! É muito simples. Porque na verdade, é exatamente a mesma coisa.

Começa com uma boa amizade, depois vêm os beijos, depois o aquecimento para ver se funciona e depois a amizade especial que se cria e se torna um hábito. Hábito este que funciona como namoro, mas não é. Não é namoro. Somos só amigos! Até que, se der e se funcionar mesmo, se houver aquele baquezinho no coração mesmo forte que até dói… (adoro a descrição) E se não houver volta a dar, assume-se. 

Mas isto só acontece passado muito, muito tempo. Quando já se conhece a pessoa. E é lindo. E eu quero isto para mim. Mas ao mesmo tempo, tenho que ter cuidado com quem escolho, com quem quero ter esta amizade, porque eu sou muito maluca, muito paranoica e, por isso, ou me sabem aturar, ou estão completamente tramados! 

Aprecio muito a liberdade num relacionamento mas, se estou num daqueles dias, que quero muito mimo, sou muito cola, sou muito chata. E só quero a pessoa para mim. Ou seja: imaginemos que essa pessoa naquele dia não está virada para isso. Como fico eu? Amuada, claro. Com vontade de o matar e esconder o corpo. 

Mas esta sou eu. E quem conseguir aceitar isso, quem conseguir ligar comigo assim, caso-me. Porque essa é a pessoa ideal.  Aquela que me aceita e sabe ver em que dia estou, como estou, o que sinto, o que preciso. Tem de saber tudo. Porque isso é o que me faz manter numa relação. Seja namorico, amigo íntimo, marido ou chamem-lhe o que quiserem. Estando ao meu lado, há que suar! 

Então, até encontrar essa pessoa, eu estou barrada. Tapada pela cortina. Fria, com medo e sem conseguir entregar-me a 100%. Ao fim disto tudo penso: tenho alguém que me faz bem, que me sabe dar espaço, que me deixa ser livre, que sai a noite e que não dá satisfações. Perfeito! Então de que tenho eu medo, afinal? 

Que seja fachada. Que hoje seja bonito e ao fim de um tempo se transforme. É isso. Estou bloqueada e desconfiada. Porque só ao fim de meses é que conheci o outro. E vi o que ele era. E não era nada daquilo que eu achava. Porque primeiro aceitava-me, dizia que eu era especial, mas fumava, mas usava decotes mas gostava de sair à noite mas tinha muitos amigos mas convivia com os ex-namorados mas mas mas mas mas mas mas. Mas merda! Eu sou assim! Deixai me ser como sou, porra! (pausa para chorar e fumar um cigarro) 

Não posso bloquear. Não posso esconder isto. Tenho que deixar sair. Tenho de conseguir ultrapassar isto. E não consigo. Como posso eu gostar de uma pessoa e ter medo que essa pessoa se transforme num monstro? Já me aconteceu antes. São muitos ex-namorados acumulados. São muitos relacionamentos falhados. É muita merda, são muitas experiências más. Sofrimento dor e culpa. Porque eu sei que também não sou fácil. Eu sei que é preciso um manual de instruções, que eu não tenho, para saberem como estou e adivinharem as temperaturas. E por vezes culpo-me de ser eu, aquela que está a falhar. Aquela que não sabe. 

Um dia disseram me: "tu não sabes namorar”. Como assim? Namorar é gostar da pessoa como ela é. É aceitá-la, respeitá-la e acima de tudo, entendê-la. Eu, antigamente, dizia uma frase, em inglês: “Don´t try to understand me, just love me”. Agora já não sinto isso. Já não é isso que quero. Eu quero alguém que me entenda. E que me ame como eu sou. Sei que é difícil mas ate lá eu prefiro estar sozinha! Para não ter mais desilusões. Quando tiver alguém que me entenda, que me aceite e que me conheça, aí sim, arranjo um namorado. Alguém que possa até, vir a ser marido! Um alguém com quem possa ser velhinha, que esteja sempre ao meu lado, sentado num banquinho do jardim a ver os netos a brincar na areia de um parque para crianças. 

Até lá ainda tenho muito que percorrer. Ou pode ser que o mundo acabe antes disso."

Terça-feira com dica - Tudo sobre alimentação saudável para quem tem diabetes tipo 2

   A rúbrica de terça-feira está de volta com as dicas fáceis para um estilo de vida mais saudável!

Meus queridos, na semana passada foi impossível partilhar a dica com vocês porque eu também não estava bem ou com vontade de partilhar fosse o que fosse. 
Neste cantinho que partilho com vocês, há temas e publicações que já tenho previamente planeados mas, quando na vida real as coisas ficam mais confusas, aqui no blog também transmito o mesmo. 
Este blog não é nem nunca será um blog pré feito, cheio de coisas bonitas e felizes. Este blog é real e tratado diariamente. Porque a vida real é assim mesmo, vivendo no agora! E se este é o meu blog pessoal, não vou publicar um sol e passarinhos a voar quando estou fechada em casa, debaixo de um cobertor, a chorar a ver filmes com o Marley. Simplesmente não me apeteceu vir aqui porque estava num dia mau. 
Posto isto, e como agora já me sinto melhor - TPM é o que é - a dica de hoje será sobre alimentação. 

Imagem do Pinterest 

O meu pai tornou-se diabético tipo 2 aos 65 anos. Foi um susto inicial uma vez que picamos todos o dedo em casa (já disse antes que, por causa dos problemas de saúde da minha mãe, temos todo o tipo de material médico em casa), e o meu pai estava com 370 de açúcar. (a média é entre 70 a 100 em jejum só para que saibam)  
Falamos com o médico, mudamos a alimentação logo de imediato e o meu pai atualmente está a tomar medicação, o que faz com que esteja muito melhor agora. 

Imagem do Pinterest

Atualmente só comemos:
- Grelhados,
- Cozidos,
- Tudo sem refogado,
- Pouca quantidade,
- Tudo o menos processado possível. 

Para mim foi super fácil alterar a alimentação porque eu, antes de viver com os meus pais, comia pouca carne e abusava nos vegetais, nos salteados e na comida mais saudável. Claro que mudar a alimentação de uma pessoa de 65 anos, sempre a amar comida tradicional, não foi tão fácil. Mas quando a saúde fala mais alto, ele deixa-me ser eu a cozinhar e aprendeu a gostar das minhas "trafulhices" como ele gosta de chamar. 😍

Com o tempo, temos vindo a notar que estamos realmente a emagrecer. E todos nos sentimos mais saudáveis. Com estes cuidados e sem porcarias em casa (as bolachas de chocolate em casa, para depois do jantar, deixaram de existir), temo-nos sentido menos inchados e mais saciados após o jantar especialmente. Também temos uma passadeira em casa para fazer exercício, o que também ajuda muito! 

Para a minha mãe a mudança foi enorme. Ela raramente colocava legumes na refeição e ainda hoje, quando compra as verduras diz que é para fazer sopa! Tenho de ir eu "roubar" umas doses para colocar nos pratos! 😅 Por isso muitas vezes tenho feito eu o jantar para todos! E a verdade é que tem corrido lindamente!

Imagem do Pinterest

🌿 Adoro condimentos na comida e, por isso, foi fácil cortar ao sal. Uso e abuso de cominhos e noz moscada, entre outros claro! 

🍋 Coloco muito limão nos temperos, o que torna sempre um sabor especial. E todos adoram!
(dica: limão e alho na preparação dos peitos de frango e/ou perú)

🍲 O peito de frango, que é o que mais comemos em casa, salteado com legumes sempre variados, tornou-se a especialidade na nossa casa. (tentei fazer com soja mas o pai não gostou muito! Diz que prefere seitan! 😎 E o meu seitan à brás... ui ui!)

🍳 O wok é atualmente o instrumento principal lá de casa. Preparo tudo no wok e até o feijão verde que o meu pai detestava é alimento sugerido lá em casa (especialidade: feijão verde salteado com alho e cogumelos frescos 😍) Sim!, os cogumelos de lata também foram alterados para cogumelos frescos! 

🌾 Arroz integral e massa integral fazem parte da lista de compras. Demoram mais a cozer mas são super saborosos (uso da marca Pingo Doce e adoro!) - em alternativa ao integral também adoro o Basmati do Pingo Doce

🍴 Alterei as salsichas de carne para salsishas de soja! Hmm... uma delícia! Fazemos todos melhor a digestão e o pai aprovou! 

🌱 Uso muito pimento! Amarelo, laranja, verde, vermelho! De todos! Dá um sabor fantástico às refeições! 

🍲 E acima de tudo, muita sopa! Um pequeno prato de sopa e meio prato de comida. 

🌿🍲🍳🌾🌱
 
Adoro ver o nosso frigorífico cheio de legumes! Adoro cozinhar para eles! 
Há males que vêm por bem e esta doença do meu pai veio mudar para muito melhor o modus vivendi dos meus pais! 

Qualquer dúvida, receita ou informação extra, enviem email! Falem comigo! ❤

Beijos da "chef"
A.V.

São estas pequenas coisas que me deixam a pensar - ainda sobre a subtil arte de dizer que se f_da

"Ironicamente, essa fixação no positivo, no que é melhor ou superior, só serve como um lembrete do que não somos, do que nos falta, do que já deveríamos ter conquistado mas não conseguimos. Afinal de contas, nenhuma pessoa realmente feliz sente necessidade de ficar falando que é feliz para si mesma no espelho. Ela simplesmente é."
a subtil arte de dizer que se f

Pois é... terminei o livro. E pairam em mim, quatrocentos e setenta e nove mil pensamentos novos que terei de ordenar para não colapsar da cabeça. 💖

O lado bom da morte - a subtil arte de dizer que se f_da

"Avanço de pedra em pedra, subindo com passos firmes, com os músculos das pernas tensos e doloridos. Naquele estado de quase transe derivado de um esforço físico lento e repetitivo, vou chegando ao topo. O céu parece grande e profundo. Estou sozinho agora. Meus amigos estão muito abaixo de mim, tirando fotos do mar. Finalmente, ultrapasso uma rocha e a vista se abre. Dá para ver até o horizonte infinito. É como se eu estivesse na borda da terra, onde a água encosta no céu, azul sobre azul. O vento sopra forte em minha pele. Eu olho para cima. É claro. É lindo. Estou no Cabo da Boa Esperança, na África do Sul, antes considerado a ponta meridional da África e o ponto mais a sul do mundo. É um lugar violento, cheio de tempestades e águas traiçoeiras. Um lugar que viu séculos de tráfico, comércio e esforço humanos. Um lugar, ironicamente, de esperanças perdidas. Quando dizemos que alguém está dobrando o Cabo da Boa Esperança, ironicamente isso significa que a vida dessa pessoa está em sua fase final, que ela não tem mais como realizar nada. Eu ultrapasso as pedras em direção ao azul, deixando a vastidão engolfar meu campo de visão. Estou suando, mas sinto frio. Empolgado, mas nervoso. É isso? O vento bate contra os meus ouvidos. Não escuto nada, mas vejo a borda: onde a pedra encontra o nada. Paro e fico ali por um instante, a vários metros de distância. Vejo o mar lá embaixo, batendo e espumando contra os penhascos que se estendem por quilômetros de ambos os lados. As marés se chocam furiosas contra as paredes impenetráveis. Bem à frente, a queda é de no mínimo cinquenta metros até a água. Lá embaixo, à minha direita, turistas pontilham a paisagem, tirando fotos e se juntando em formações quase como um formigueiro. À minha esquerda está a Ásia. Diante de mim, o céu, e atrás está tudo o que já sonhei e trouxe comigo. E se for isso? E se isso for tudo o que existe? Eu olho em volta. Estou sozinho. Dou o primeiro passo em direção ao penhasco. O corpo humano parece vir equipado com um radar natural para situações que envolvem risco de morte. Por exemplo, no instante em que você chega a uns três metros da borda de um penhasco sem proteção, certa tensão começa a percorrer seu corpo. Suas costas se enrijecem. Sua pele se arrepia. Seus olhos ficam hiperfocados em cada detalhe do ambiente. Parece que seus pés são feitos de pedra. É como se houvesse um grande ímã invisível puxando seu corpo de volta para a segurança. Mas eu luto contra o ímã. Arrasto meus pés pesados para mais perto da borda. A um metro e meio de distância, a mente se junta à festa. Agora dá para ver não só a borda do penhasco, mas o próprio penhasco, o que induz todo tipo de visualizações indesejadas de tropeções e queda e de se precipitar para uma morte catastrófica. É alto para cacete, sua mente ressalta. Tipo, alto para cacete mesmo. Cara, o que você está fazendo? Pare. Volte. Mando meu cérebro calar a boca e continuo avançando. A menos de um metro, seu corpo entra em alerta vermelho total. Agora basta um tropeço no cadarço para dar fim à sua vida. Parece que uma rajada de vento forte pode jogá-lo naquela eternidade azul bipartida. As pernas tremem. As mãos. A voz, caso você precisar lembrar a si mesmo em alto e bom som de que não está a ponto de cair para a morte. A distância de um metro é o limite absoluto da maioria das pessoas. É próximo o suficiente para se inclinar para a frente e ver a base, mas ainda longe o bastante para sentir que você não corre nenhum risco real de se matar. Ficar tão perto da borda de um penhasco, mesmo um tão lindo e fascinante como o do Cabo da Boa Esperança, causa uma sensação de vertigem e de que você vai regurgitar qualquer refeição recente. É isso? Isso é tudo que existe? Já sei tudo que vou saber? Dou outro micropasso, e mais outro. Agora são sessenta centímetros. Minha perna treme quando apoia o peso do corpo. Eu me arrasto para a frente. Contra o ímã. Contra minha mente. Contra meus instintos de sobrevivência. Faltam trinta centímetros. Agora olho diretamente para a face do penhasco. Sinto uma vontade repentina de chorar. Meu corpo instintivamente se encolhe, protegendo-se de algo imaginário e inexplicável. O vento é mais forte do que nunca. Os pensamentos são cruzados de direita no meio da cara. A trinta centímetros, você se sente flutuar. Se não olhar para baixo, parece que faz parte do céu. A essa altura, você espera cair. Fico ali agachado por um momento, recuperando o fôlego, organizando meus pensamentos. Eu me forço a olhar para a água batendo nas pedras lá embaixo. Então olho outra vez para a direita, para as formiguinhas andando, tirando fotos, correndo para ônibus turísticos, pensando na chance improvável de que alguém me veja. Esse desejo por atenção é completamente irracional, mas tudo o que estou passando também é. É impossível que alguém me veja aqui em cima, é claro. E, mesmo que não fosse, aquelas pessoas distantes não poderiam dizer nem fazer nada. Só ouço o vento. É isso? Meu corpo estremece, o medo se torna euforia e ofuscação. Eu me concentro e esvazio a mente, em uma espécie de meditação. Nada nos deixa presentes e conscientes como estar a poucos centímetros da morte. Eu me endireito, olho para a frente outra vez e me pego sorrindo. Lembro a mim mesmo que morrer não é um problema."

“O medo da morte vem do medo da vida. Um homem que vive plenamente está preparado
para morrer a qualquer momento.”

Nem todas as segundas feiras são más - a subtil arte de dizer que se f***

É segunda-feira. Está Sol. E eu estou bem-disposta. Pelo menos esta semana começa bem, contrariando as últimas semanas que têm sido de chuva e ansiedade. 
Para mim o Sol é vitamina essencial na minha vida. Não conseguiria viver num lugar onde não tivesse Sol. Já vivi sem mar (em Andorra), mas sem Sol é impossível para mim. 
Viana do Castelo tem essa coisa boa de ter mar, rio, monte, frio, muita chuva e muito solinho! Hoje é um dia desses. De frio com sol. Não está calor, é verdade. Mas o sol aquece a alma só de olhar para ele. Que bom! 

Este fim-de-semana foi super interessante. Deu para relaxar a cabeça, ver um filme da Disney - o Soul - e por a conversa em dia com amigos. 

Estou a ler um livro espetacular - A subtil arte de dizer que se f*** - e, ainda que já soubesse da sua existência há muito tempo, só agora chegou o momento de ler, entender, absorver e aprender. 
O simples facto de deixar fluir é algo que ainda estou a aprender. Tenho listas, planos, metas, tudo organizado à minha maneira e muitas vezes não deixo fluir... Erro. 

Mas como todos os dias se aprende, cá ando eu, na aprendizagem da vida de dia para dia. 
Parar é morrer. E eu, enquanto cá estiver, vou aprender sempre alguma coisa todos os dias. 
A isso se chama viver. 

Beijos. 
A.V.

Sou sensível e está tudo bem.



Às vezes releio o meu próprio blog. Para nunca me esquecer de tudo o que já passei e ganhar forças. 

Por causa disso, hoje estou super sensível. Nostálgica. Saudosista. 

Não me arrependo de nada que tenha feito no meu Caminho, mas sei que há coisas pelas quais não me orgulho nada de ter feito. Sou o que sou por culpa de tudo aquilo que passei. E está tudo bem.

Aqui vou. Sempre na luta por manter-me saudável e feliz.  

À conclusão disto tudo, vejo que sou muito mais feliz quando estou sozinha/solteira mas acabo sempre por me perder no caminho quando encontro alguém que me tenta dar a volta.

Está na hora de crescer. Estou no bom caminho ❤

Beijos.
A.V.

Leitura Recomendada _ Augusto Cury

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo. 

E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. 

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. 

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. 

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. 

É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta."

Augusto Cury

Carnaval 2021

 


Tem gente que gosta tanto de Carnaval, que vive o ano inteiro de máscara. 🎭 
#piadadodia 


Música para hoje


Cansei de carregar milhões de medos
Das pessoas que me cercam e me pesam de agonia
Eu já tenho lá os meus anseios, os meus receios
Que eu perco com a luz do dia
Eu tenho acordado cedo e me sinto ótima ❤

Sobre as regras:


É tudo por hoje ❤

Se estás a ler isto, agradece! Tens muito mais do que precisas.

Todos temos histórias para contar. Todos temos um pedacinho de experiência para partilhar com o outro. E essa partilha é terapêutica para quem fala e é aprendizagem para quem ouve. 

Devíamos falar mais uns com os outros e partilhar as nossas vivências pois só assim aprendemos e valorizamos o que temos. Ouvir mais. Falar menos. E agradecer todos os dias. 



Não devemos nunca achar que somos quem mais sofre no Mundo porque lá está, repito-me sempre mas é por uma boa causa: 

* Se lês o que escrevo é porque tens acesso à internet. Um luxo portanto. 
* Se não tens fome, então fazes parte do grupo de pessoas privilegiadas com comida na mesa. 
* Se tens família ou amigos chegados é porque não estás sozinho. Alegra-te. 
* Se tens onde dormir, roupa quente e dinheiro no bolso, agradece. Tens tudo. 

Todas as restantes "coisinhas" que temos, perdemos e voltamos a ter, são isso mesmo: coisinhas. 


O ser humano tem esta tendência para a angústia e não faz bem! Oiçam os outros; vejam documentários sobre os locais mais remotos onde não há comida para todos, onde as pessoas passam frio e fome e estão realmente sozinhas. 

Sempre me disseram que "estamos no lado bom do capitalismo" por isso, enquanto aguardamos pela Felicidade Plena, devemos agradecer por tudo o que temos, por mais mínimo que seja. Acreditem que para muitos, o "pouco" que temos é o mínimo que alguém deseja. 

Falem de Amor. Falem de Felicidade. Imaginem um Mundo melhor e lutem por ele! 
E esse momento irá chegar! 💚

Com Amor, 
A.V.

Terça-feira com dica - Planos para o Dia dos Namorados...estando solteira... e em casa

  A rúbrica de terça-feira está de volta com as dicas fáceis para um estilo de vida mais saudável!

No próximo domingo é celebrado o Dia dos Namorados e eu, que estou solteira, tenho um plano super hiper mega maravilhoso só para mim - chamado na gíria da moda de "selfcare sunday" - que quero muito partilhar com vocês, pessoas maravilhosas que me seguem. ❤

Quando namorava, amava celebrar o dia dos namorados. Ok, sou uma romântica escondida atrás de um escudo sem sentimentos... mas não digam a ninguém. 🙊
Este ano estou sozinha. Mas este ano sinto-me imensamente plena e feliz comigo por isso vou celebrar o domingo de folga de forma bem especial. 


Como não podemos viajar, a ida a um SPA ou hotel de luxo só para me mimar - que seria a ideia inicial - terá de ficar para outra altura... mas posso sempre fazer algo especial em casa e celebrar o Amor. O Próprio. 

Aqui vai o meu plano para este domingo: 
#selfcaresundayforsinglegirls 

- Estarei de folga. Vou acordar sem despertador. 💤

- Vou fazer exercício em casa, antes da hora do almoço. (caminhada na passadeira + cardio com vídeos no Youtube) 💪

- Vou tomar aquele banho longo com direito a cremes, máscara e limpeza de pele. 🚿

- Vou almoçar com a família que mais amo mas vou deixá-los namorar também. Os meus pais, com 40 anos de casados, ainda hoje celebram o Dia dos Namorados... e eu prometo não incomodar. 💑

- Vou me fechar no meu Cantinho, que estará arrumado previamente. Tiro sempre o sábado à tarde para as limpezas da casa. 👌

- Vou fazer-me uma massagem. Dos pés à cabeça. A automassagem é super saudável e eu recomendo vivamente que o façam. Segue aqui um link com +info  👍

- Não vou usar o telemóvel. Nesta data as redes sociais enchem-se de Amor (ou pseudo-amor) e eu prefiro não ver... nem sempre é verdadeiro ou real e eu não gosto. Por isso, não vou estar online. 📵

- Vou ver um filme lamechas - ainda não sei qual - acompanhada por uma garrafa de vinho, chocolates e um queijinho porque eu mereço. 🍷🧀🍫 

- E vou dormir! Porque eu amo fazer sestas ao domingo à tarde! 😍💤 


E assim vou passar o meu próximo Dia dos Namorados comigo mesma 💝 Não há companhia melhor do que a nossa. E muito mais agora, que com tanto distanciamento e isolamento, as pessoas precisam de se amar mais e aprender a lidar com elas mesmas. 

Sei que não é fácil para muitos, mas aproveitem o momento para se autoconhecerem. É a melhor altura! Depois, quando voltar tudo "ao normal" vão querer de novo esses momentos a sós. 
O ser humano é mesmo assim: insatisfeito. E está tudo bem. 💗

Cuidem-se muito e façam tudo sempre com Amor... ao próximo e a ti.
A.V.

Priorizando a minha saúde mental

"Sejamos positivos! Tudo irá melhorar e estaremos em breve livres deste vírus maldito que nos obriga a não fazer nada. E por falar em não fazer nada... 

Não sei se vos acontece o mesmo mas, a mim, com o hábito já desta pandemia nas nossas vidas há quase um ano, já criei hábitos em casa, rotinas de vida pessoal e sinceramente, não gosto nada que mexam neste meu mundinho criado recentemente!"

Leiam mais sobre o tema aqui  



Bom fim de semana!
A.V.

Modo sexta-feira: ON

 


Não vou sair de casa. 
Não vou dançar com os amigos. 

Mas vou brindar à Vida. 
E vou agradecer por, até agora, estar tudo bem ❤

Cuidem-se por favor. Isto tudo vai passar! 
A.V.

A dádiva - Khalil Gibran | Leitura recomendada

A dádiva 

Há os que dão pouco do muito que possuem, e fazem-no para serem elogiados, e seu desejo secreto desvaloriza suas dádivas. 
Há os que pouco têm e dão-nos inteiramente. 
Esses confiam na vida e na generosidade da vida e seus cofres nunca se esvaziam. 
Há os que dão com alegria e essa alegria é sua recompensa. 
Há os que dão com pena, e essa pena é seu batismo. 
E há os que dão sem sentir pena, nem buscar alegria e sem pensar na virtude. 
Dão, como num vale o mirto espalha sua fragrância no espaço. 
Pelas mãos de tais pessoas Deus fala; e através de seus olhos Ele sorri para o mundo. 

Khalil Gibran