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Coisas minhas

Verdade seja dita que se me dão um papel e uma caneta ou uma página branco para escrever… eu escrevo! É quase compulsivo. Sou escritora compulsiva. 

Nem sempre tenho estas vontades. O que é uma pena. Porque eu preciso disto. Desta terapia. Escrever alivia me a alma. Porque eu fico cansada de pensar. E escrever ajuda a expulsar esta quantidade de palavras que vivem dentro de mim.

E quero sempre mais. Quero sempre escrever mais porque as palavras fluem em mim.
E quando me sinto inspirada é pior. Porque a cabeça quase chega a doer. Mas a sensação não é má. Bem pelo contrário, é bom. É rejuvenescedor. Quase que me limpo.


E aprendo. Aprendo com as palavras. Aprendo quando escrevo. Porque chego a conclusões que talvez em estado normal (mas o que é normal, afinal?) não chegaria. 

Cresço. Renasço. Revivo. E é quase um sentimento de começar de novo. De me criar de novo. Como digo sempre, é um novo eu. Uma nova era. Uma nova pessoa.

Mas afinal sou sempre a mesma. Ainda que com ideologias novas, sou eu. Ninguém muda por completo de um dia para outro. E eu às vezes ainda acho que sim.

Conselho|arquivo15

Se ainda não sabes o que queres fazer, começa pelo mais fácil: definir aquilo que já sabes que não queres. Essa é a base inicial da mudança.

Quando se está em fase de mudanças, tudo é uma confusão. Por isso o melhor a fazer é: não fazer nada. Aguardar o momento certo para mudar sem pensar se vai correr bem ou mal. Simplesmente esse momento chegará. E aí se poderá saber como e quando mudar. 

Curtas #3

Estava eu com uma pequena crise de ansiedade porque o céu estava nublado e decidi pedir a uma colega de trabalho e amiga que me acompanhasse até ao exterior da fábrica onde trabalhamos para apanhar ar. Ela veio comigo e trouxe o seu fiel companheiro, o seu telemóvel.

Eu amuei, como faz uma criança de 5 anos e pedi, como faz uma criança de 5 anos, que falasse para mim porque eu não estava bem. Ela contou-me histórias de rir que via no Facebook e eu lá me ia esquecendo da minha crise angustiante devido ao facto do céu não estar azul.
Nos entretantos, fiz uma pequena birra, como faz uma criança de 5 anos, porque pensei que ela não me estava a dar atenção suficiente.
Quando comentei com ela, rebolou no chão de tanto rir, como faz uma criança de 5 anos.
E de repente aparece o “realmente…”, aquela vozinha que de vez em quando me chama à razão. “ela veio cá para fora, veio contigo e ainda lhe pedes mais do que te está a dar? Não sejas egoísta!”

Moral da história: por mais que esteja com o smartphone colado ao peito, pelo menos está lá! Não é isso que importa? Para quê pedir mais do que precisamos? 

Curtas #2

O meu namorado comprou uma bicicleta. Ora eu, que levei com um camião nas trombas quando estava a aprender a andar, nunca mais peguei numa “bina”, como chama ele, na minha Vida.
Sendo assim amuei logo. Tipicamente infantil tive um momento de birra e achei uma má atitude o facto de ele não me ter dito nada antes de a comprar.
De repente veio o “realmente…”, aquela vozinha que de vez em quando me chama à razão.
“a sério que fazes birra porque ele não te disse nada? Tens noção que isso é inveja porque ele faz coisas sem te dar satisfações e tu tens essa necessidade estupida de lhe pedir autorização para tudo?”
E aí eu pedi desculpa e calei-me.

Moral da história: cresce e aparece!

E no seguimento deste raciocínio, já está mais que na hora de perder os medos parvos e começar a superar obstáculos, tais como… aprender a andar de bicicleta…
Até porque isso vai poupar imenso dinheiro de táxi de manhã quando te zangas com o namorado e tens de pagar 4 euros para ir para o trabalho…contrariada.

Curtas. #1

Não podemos julgar ninguém. Aliás, podemos, mas estaremos a julgar a nós próprios.
Nem sempre temos noção disso mas basta dar conta UMA vez. E nunca mais se para de reparar nisso.

Aconteceu-me há dias. Estava eu tranquilamente no meu local de trabalho e eis que reparo nuns sapatos novos de uma miúda que por lá trabalha. Adorei o caraças dos sapatinhos mas não comentei nada. Calei-me bem caladinha e olhei apenas 1 minuto para que não se notasse. Mas sim, reparei nos ditos.
Tempos depois, comprei eu mesma uns sapatos novos. E eis que a mesma pessoa que ocupa o mesmo espaço que eu durante 8 (9? 10? 11?) horas por dia, a mesma que eu reparei outrora nos sapatinhos dela, comenta algo assim e, passo a citar: “adoro os teus sapatos novos!”
Fiquei chocada! “Como é possível ela ter reparado que eu tinha sapatos novos?”
E depois… bateu em mim o “realmente…”; aquela vozinha que de vez em quando me chama à razão… “sabes que também reparaste nos sapatos dela há duas semanas?”…


Moral da história: não critiques. Não julgues. Porque isso é o teu espelho. 

Saber ouvir.

A Almofada fugiu...

A Almofada cresceu. Mudou. Está diferente.
E toda essa mudança fez com que a vontade de escrever para os outros tenha ficado no passado.
Óbvio que continuo a escrever. Mas para mim. Ninguém precisa saber. Ninguém precisa saber tudo.
A solidão é má, mas a solicitude é maravilhosa. E cada mais me entrego a esse estado onde não há questões, intrigas ou brigas.
Cada vez mais sou menos.
Cada vez mais gosto das pombas à hora do almoço.
Cada vez mais gosto de fumar com uma pega que sempre poisa em cima de uma árvore.
Cada vez mais gosto do silêncio.
Cada vez mais gosto do som dos aviões a passar.
Cada vez mais... menos.
E assim se vai vivendo.