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Hoje faz um ano.

Sou de datas. 
Sou de sinais. 
Sou de listas, agendas e planos. 

O ano passado não escrevi nada aqui. Não estava bem, ainda em luto e numa luta enorme com papeladas, burocracias e obras.  

Hoje faz um ano.

Hoje faz um ano que comprei a nossa casa. 
Hoje faz um ano que demos início às obras. 
Hoje faz um ano que fomos temporariamente morar para uma terra desconhecida, para uma casa completamente diferente, para um meio extraordinariamente novo. (durante 4 meses)

Hoje faz um ano. 

E só dei conta agora porque recebi uma carta com a renovação do seguro. Um ano! 

Há um ano estávamos a entrar no mundo do Covid. 
Há um ano eu reclamava pelo fecho dos shoppings. 
Há um ano eu temia - muito - pela minha família. Porque não sabíamos o que estava a acontecer. Não entendíamos o porquê desta guerra que se tornara mundial. 

Hoje faz um ano. 

Hoje faz um ano que me senti realmente adulta e responsável. 
Hoje faz um ano que tenho um imóvel no meu nome e a responsabilidade de pagamentos importantes que até à data eu não entendia, não precisava e não sabia que existiam. Um ano!

Estamos em casa. 
Com a nossa casa arranjada e totalmente nova. 
Estamos com saúde. 
Estamos cada vez mais unidos. 
Estamos bem. 

E eu sou tão, mas tão, mas tão grata por tudo o que construi que nem consigo pensar direito! Vieram-me as lágrimas aos olhos só de pensar. Um ano! 
Não podia estar mais orgulhosa do meu caminho. Deste meu processo. Da minha família. De tudo o que tenho. 

Aqui sou feliz. Sou ainda mais feliz. Hoje faz um ano. 

Hábitos necessários: acordar cedo! - como conseguir?

"— Sabe por que a maioria das pessoas dorme tanto? 
— Por quê? 
—Porque elas realmente não têm muito mais o que fazer. Aquelas que se levantam com o sol têm, todas, algo em comum. 
— E o que é? Loucura? 
— Muito engraçado. Não, todas elas têm um propósito que abastece o fogo do seu potencial interior. São guiadas por prioridades, mas não de uma maneira obsessiva e nada saudável. É mais suave e não requer esforço. E, dado o entusiasmo e o amor que elas têm pelo que fazem na vida, elas vivem no momento. Sua atenção está totalmente voltada para o aqui e o agora. Por isso, elas não vazam energia. São as pessoas mais vibrantes e vigorosas que você pode ter a sorte de conhecer."
Robin Sharma 

Estou a tentar lidar comigo mesma. Mais uma voltinha, mais uma viagem!!! 😅

Ficar com algum tipo de doença, por mais mesquinha que seja, obriga-me sempre a parar, a refletir e a renovar projetos. Para mim, o facto de adoecer é um sinal do meu corpo a pedir qualquer coisa. E eu, como o respeito muito, paro e dou-lhe ouvidos. 

Estou com uma infecção urinária. Logo, não estando a morrer (disto, pelo menos), o facto de precisar de descansar mais ou estar mais calminha e quietinha - que nem sempre consigo - obriga-me a pensar mais, a organizar melhor as ideias e a idealizar algo novo. 

No dia-a-dia não temos grande tempo para pensar. Por mais que tenhamos uns minutos para meditar, torna-se um bocadinho automático - pelo menos para mim - e, por isso, não surge "nada novo". Todos os dias paro para agradecer o dia mas quando de repente temos de ficar sentados e quietos e as insónias aparecem, somos quase que obrigados a refletir sobre tudo...

E eu não sei quanto a vocês, mas eu, à noite, funciono como um computador. A relembrar tudo, a visualizar toda a minha vida e a questionar toda a minha existência... sou maluquinha, é o que é! 😂

Na minha última viagem noturna, pensei no Robin Sharma (não nele mesmo, mas nas palavras dele) sobre acordar cedo. Tenho acordado super cedo todos os dias. Como tenho de me levantar (a correr) para fazer xixi, fico desperta e obrigo-me a dormir "mais aquela horinha" antes de acordar para ir trabalhar. 

Ora... 

Se eu acordasse essa "horinha" mais cedo, se calhar podia fazer umas coisas giras logo pela manhã. Como ler um livro de pensamentos, escrever no diário, fazer ioga, caminhar um hora ao amanhecer. 

MAS POR QUE É QUE EU NÃO CONSIGO? 

O Instagram está cheio de pessoas que acordam cedo, tomam o seu batido mais verde - que deve ser intragável só de olhar - , vestem o seu melhor fato de treino com as sapatilhas a condizer e lá vão correr logo de manhã. 

COMO É QUE ESSAS PESSOAS CONSEGUEM? 

Eu mesmo acordando para fazer xixi - que me obriga a sair da cama - volto logo a correr mal posso, só para poder dormir mais uma horinha! 

QUAL É O MEU PROBLEMA?!

Serei a única? Será meu o defeito? Serei viciada em dormir? Dormicodependente ... 

Depois deste dilema todo, leio Robin Sharma. 💡

"Acordar e ter vontade de fazer algo." "Acordar para fazer algo" "ter intenção e gosto em acordar cedo" "ter um propósito para acordar!" ... aahh... assim já entendo melhor! 

Correr e fazer batidos verdes não me faz acordar cedo. Mas se calhar ver o nascer do sol, escrever no diário ou tomar um pequeno- almoço em meditação plena já me faz sair da cama mais depressa. 

Vou tentar. Depois conto. ❤

Esta foto é de 2018. Um dia de manhã que fui fazer ioga com a psi. 
Devo-me agarrar a esta beleza e pensar: 
É POR CAUSA DISTO QUE EU ACORDO CEDO!

Tenho uma aranha que é minha amiga

Tenho uma aranha que insiste em viver na porta da minha loja. Vive num buraquinho protegida do vento e da chuva e tem uma teia exterior num canto para quando está sol. - um luxo portanto! 

Não a consigo matar mas sempre que limpo os vidros, acabo com a teia que ela faz todos os dias

Andamos as duas numa luta diária. Diária não; porque eu deixo 24h para ver se ela vai embora e limpo dia sim e dia não. Isto há já alguns dias... 

Porque não a vou matar. Mas gostava mesmo que ela fosse embora e fizesse casa noutro sítio. - apesar de entender que ela está super bem com janela, jardim e ainda vista para a rua principal da cidade!

Estando a teia mesmo à entrada da porta, num cantinho virado para o sol, mal o cliente entra, dá logo conta que tem ali uma teia e, eu sei, dá mau aspeto. Por isso sou quase que obrigada socialmente a limpar aquilo. Nem imaginam o quanto me custa limpar aquela habitação que é construída todos os dias. 


Só que, o cliente pode pensar que eu não limpo nada, que sou uma porca e não tenho vergonha por não limpar as teias e tal... - os clientes não sabem que a aranha é minha amiga. 

E o cliente não tem a mínima noção do meu sofrimento diário com aquela amiga! Tenho de lhe dizer que vá embora, porque fazer a teia todos os dias é uma seca, porque eu tenho sempre de ir lá, com um pano, e tirá-la! Mas ela não me ouve. E fica ali! À janela. Todos os dias a fazer mais dois ou três fios que eu tenho lamentavelmente de destruir depois. 

Já lhe ganhei carinho... é a minha companhia quando vou sentir o sol lá fora. Ela sai do buraquinho e fica ali, comigo, a absorver os raios de luz. As duas em silêncio. 

E este é mais um problema na minha vida...  ter de destruir casas de animais indefesos e amigos só porque socialmente "fica mal" ter uma teia de aranha à porta do meu local de trabalho... 
Rai's parta a sociedade. 

Tomei a liberdade de mandar tudo para o ar! E foi assim que (me) descobri.

Hoje acordei feliz. Tive boas notícias sobre casamentos e felicidade merecida de quem mais amo e pronto, a minha cabeça está completamente a flutuar. E eu a-do-ro! quando isto me acontece! 

Encontro-me num turbilhão de emoções - das boas - que já não sei se me dói a barriga da infeção, da ansiedade ou da fome... Escrevo para tentar chegar a alguma conclusão. 


Todos os dias, depois do pequeno-almoço, tiro um momento para meditar. Agradeço todos os dias a bênção que Deus me dá por estar viva, com saúde (pelo menos a suficiente para ir trabalhar), e inspiro alegria e coragem para que o dia corra bem. 

Nesse momento de hoje, dei por mim a questionar o que falta... sinto que me falta alguma coisa. Como se tivesse um recado importante para fazer e não sei o que é! Claro que como acordei eufórica, hoje alguma coisa me irá escapar... e está tudo bem. 

O meu propósito. 

Não é o que me falta! É o que eu precisava de aceitar e me estava a escapar! O meu propósito é "servir os outros". Não tenho outra forma de dizer isto. Só sei que senti isto mal acordei. 

Amo a felicidade alheia e o que mais quero no Mundo é que as pessoas estejam bem. Tento sempre que todos à minha volta estejam bem, felizes e acima de tudo que se sintam amados! Tanto no meu trabalho como na vida pessoal sou uma "cuidadora". Assumida. E orgulhosa de ser assim. 

Por isso mesmo, quando fico doente, com ansiedade, com medos ou merdas que eu invento porque sou assim meio-que-parvinha, fico ainda pior quando sinto que, por estar mal, não consigo ajudar os outros. Não consigo cumprir o meu propósito. E este é o dilema da minha vida. Que acabo de desvendar hoje, ao meditar de manhã! 

❤ Por que raio estou eu mal - sem razão nenhuma - se quando eu estou bem, consigo estar ainda melhor porque ajudo os outros, dou atenção aos outros, oiço os outros e todos ficamos bem?
❤ Qual a necessidade de sentir ansiedade e medo de coisa nenhuma se isso só me deixa ainda mais preocupada e aflita porque estando nesse estado não consigo "servir" como sinto que devo? 

Não tenho medo de partilhar amor. Não tenho ciúmes ou inveja de quem possa ser mais feliz do que eu. Porque eu sou feliz exatamente como sou. Sei o que sou. Sei quem sou. E sei que posso ajudar os outros a serem tão felizes como eu. E a base é só uma. O Amor. A fé que tudo vai ficar ainda melhor do que está. A partilha de boas ações entre todos para que aqui, nesta bolinha suspensa no nada, possamos ser felizes. 

Eu vou contribuir para isso. E quem me acompanha já o sabe! Dar amor é o que me faz feliz. 
E não é isso que todos queremos? A Felicidade Plena? 

Vale a pena pensar nisto... 
A.V.

Terça-feira com dica - Apreciando as pequenas coisas. Desconfinar com calma.

    A rúbrica de terça-feira está de volta com as dicas fáceis para um estilo de vida mais saudável!

Hoje a dica é super simples. Tão simples que até me custa ter de fazer um post sobre isto. Mas a verdade é que ainda há muita gente que não tem noção destas coisas por isso, aqui vai:  

Com esta pandemia covidiana, existente há mais de um ano, ficamos privados - para quem se cuidou e ficou realmente em casa, tipo eu - de ver o por-do-sol, de ir à praia caminhar, de acampar na montanha, de viajar, etc. 


Confinamento à hora X, ficar em casa, não fazer longos passeios, não andar de carro por aí. Ok. Dou toda a razão aos cuidados. Dou toda a razão ao recolher obrigatório. Dou mesmo! E cumpri sempre. Daí hoje escrever sobre isto porque é exatamente aquilo que a mim me faz falta. Mas temos de ter calma e ser muito cautelosos nesta nova fase de desconfinamento.

Quando começarmos a desconfinar, em vez de irem "aos chineses que nunca mais abrem" ou às lojas xpto ou comprar seja o que for, PAREM! Não vão a correr às lojas! Não pensem em viajar e sair já do país maravilhoso que temos! Pensem um bocadinho antes! Olhem para o essencial! Ou o que supostamente devia ser essencial mas pouca gente valoriza! E nos é roubado/privado/limitado há mais de um ano!

Estivemos literalmente proibidos de ver o por-do-sol porque tínhamos de sair dos nossos trabalhos (quem trabalhava) e ir logo para casa. Pessoas que vivem em prédios, fechadas em casa, sem poder sair da sua zona de residência nem que fosse para cheirar a montanha... 




Sou só eu que sinto imensa falta disto? Sou só eu que, quando consigo ir só uns minutos à praia, snifo o cheiro do mar mais do que um viciado em cocaína?!

Sou só eu que penso em ir acampar "aqui ao lado", perto da minha cidade, só para poder aproveitar o facto de estar-fora-de-casa-mas-ainda-perto-de-casa porque o Covid ainda não acabou e há que ter cuidado e, por isso mesmo, evitar voltar a entrar em lojas e shoppings já?!?!?!? 

Parem um bocadinho e valorizem estas coisas todas, tão essenciais que nos foram privadas. E são todas gratuitas. E podem ser feitas aos poucos! E perto das nossas casa. E ainda com todos os cuidados. 

Valorizem os pequenos prazeres da Vida. Porque são as memórias desses momentos que levamos connosco, e não são as roupas ou as fotos do Instagram cheias de filtros... 

Pensem nisto por favor! Abram a vossa consciência e bora lá expandir, ok? 

Beijinhos.
A.V.

Estudos científicos do raio que os parta

Um dia disseram-me que achavam que eu só estava com "essa" pessoa para poder estudá-la. Ou seja, que eu o "usava" para as minhas questões e teorias sobre o ser humano. 

Sou curiosa, é um facto. Faço muitas perguntas e gosto de saber o que vai na cabeça das pessoas. E ver e ouvir o ponto de vista do outro não é "estudá-lo" ou "usar" essa pessoa para efeitos de investigação.

Para mim, ouvir novos pontos de vista ou formas diferentes de ver o Mundo, serve para saber a arte de se colocar no lugar do outro. Saber, entender e respeitar a outra pessoa mesmo quando não tem opiniões iguais às minhas. 

Sei que tenho uma forma "esquisita" de ver as coisas. Faz parte de mim ser assim e por isso, nem sempre é fácil ter amigos devido à minha abertura para falar sobre tudo e gostar de aprender sobre tudo também. Ainda não é considerado normal. Ainda não é fácil fazer amigos com este meu feitio de perguntar as coisas diretamente seja sobre a vida ou sobre pensamentos profundos que pouca gente perde - ou ganha - tempo a questionar. Muitas vezes sinto que, ao fazer perguntas existenciais às pessoas, as respostas são vagas. E como ficam sem argumento, ou porque nunca pensaram nisso, ou então porque me acham "diferente" e "alternativa", deixam de falar comigo. 

Cada um é como cada qual. E nós só temos de saber respeitar. Depois, se não encaixa na nossa forma de viver, cada um segue o seu caminho e está tudo bem. Já me habituei a perder pessoas por não serem como meu. Por não se questionarem. Por não quererem saber mais. Mas tenho alguns - pouquinhos - amigos que me conhecem e gostam de falar comigo exatamente por eu ser assim. 

Vivemos ainda num mundo de aparências. Onde ter é mais importante que ser. Onde as pessoas preferem comprar coisas caras e comer sopa do que fazer um picnic na praia e falar sobre teorias de conspiração... 

Eu só pergunto o porquê! 

Qual o motivo de certas pessoas preferirem passar mal e parecer bem do que serem simples e valorizarem todos os pequenos detalhes da vida?!

Só isso. Vale a pena pensar nisto, não? 

Dia Internacional da Mulher

A Mulher é um ser frágil. 
Mas que encontra forças incríveis quando necessita atuar num momento de desespero. 
A Mulher diz-se que se quer “pequena como a sardinha”. 
Mas quando põe uns tacões, muda a atitude para uma mulher fatal e o homem suspira. 
A Mulher é submissa. 
Mas quando encontra as suas forças para se mexer, consegue fazer tudo sozinha. 
A Mulher já não é o que era. A Mulher cresceu. Está independente. Está decidida.
Mas será sempre Mulher. 
Frágil como uma bomba!

Para Todas as Mulheres, que Todos os dias sejam Dia da Mulher. 
Sem agressões, sem violência, sem gritaria… apenas com amor, sedução e harmonia! Sem excepção!

Leitura Recomendada _ Elizabeth Gilbert

 


Quem me conhece sabe que o filme "Eat Pray Love" é o filme que eu mais gosto. Viagens, epifanias, busca de propósito, comida e religião... tem tudo! É um marco muito grande para mim e que me define imenso. 

E para quem não sabe, a Elizabeth Gilbert escreveu esse mesmo livro que inspirou o filme com o mesmo nome entre outros livros. Também esse é um dos livros de cabeceira na minha casa!

Além do "Come Reza Ama" (em português), também li "A Grande Magia" ("Big Magic" como título original) que recomendo vivamente a sua leitura. 

Quem já leu? Deixem as vossas opiniões! 

Beijos. 
A.V.

Um quadrado em constante evolução - algumas verdades

Na dica desta semana falei sobre a expressão "cada um no seu quadrado", explicando a minha teoria sobre sermos quadrados individuais que se constroem diariamente. 

Ter a noção de que o nosso quadrado está em constante mutação faz doer! 

Desculpem lá dizer a verdade mas já sabem que por estas bandas não há paninhos quentes. 

TODA A EVOLUÇÃO PESSOAL É DOLOROSA. 
Crescemos com os desafios que a Vida nos oferece! 

Lembram-se de, em crianças, terem as "dores de crescimento" porque o corpo se desenvolvia rápido? Pronto... é a mesma coisa mas na mente! E dói também! Muito! Mas faz tudo parte do processo de estar vivo! 

Pode acontecer hoje tomarmos uma decisão super importante e depois darmos conta que foi errada! Quem nunca? Todos os dias somos obrigados a fazer escolhas e todos os dias podemos escolher alguma coisa da maneira errada! 

Quem não tenta, nunca ganha nada. Mas quem tenta, pode perder. É assim a Vida!

Agora atentem a esta história que serve como exemplo:

Em 2013 quando me separei do meu ex marido fui viver para uma pensão - resumo desse episódio por aqui - e dei conta da maneira fútil como eu - quadradinho individual e inconsciente - vivia! 
(o ex marido não tem culpa de nada disto! Lá está! Quadrados diferentes que acabaram por desencaixar!) 

Vivi anos cegamente compulsiva! Não sabendo lidar com a minha ansiedade na altura, usava as compras - e as festas - como alívio mental. Em vez de resolver e fazer obras dentro do meu quadrado, decidia renovar "o exterior", não valorizando a minha auto construção. 

Quando olhei para toooooodas aquelas malas cheias de roupa e sapatos e toooooodo um vazio no meu Ser, só aí é que me apercebi do meu modus vivendi. Estava TUDO errado! 

[E quando levas um estaladão de consciência, acredita! que dói imenso. E quando dás conta que estás a agir errado em qualquer situação, é parecido a um soco na barriga.]

Mas quando decides mudar o pensamento, a ação, a vida... dói. Mas depois é uma bênção! Apesar da dor, crescer pessoalmente é a melhor experiência do Mundo! 

E podes até voltar a fazer o mesmo erro mas de modo diferente. Ou erros novos que te fazem crescer ainda mais! Na outra relação falhada, posteriormente a 2013, envolvi-me seriamente dentro do quadrado dele. Deu merda, pois está claro! (Por aqui já se sabe que tive duas relações seriamente falhadas! Tudo bem, já perdoei, já criei e já renovei o meu quadrado mas é sempre um desafio recomeçar. Mas quem não tenta, não vive.)

A adaptação a uma "renovação de quadrado" é muito dolorosa! 
E por vezes demorada! 
(ainda mais quando acontece mais do que uma vez)

Há dias que até custa sair da cama. Mas depois lembramo-nos de quem somos. Do que somos. Da força interior que cada um de nós tem. E os dias vão passando e com o tempo vamos evoluindo. Todos os dias um bocadinho. 

Ora, para concluir isto tudo, devo dizer que o nosso quadrado está em constante evolução. Mais ou menos drástica mas SEMPRE em evolução. 

Como lidar com isso? 

Sabendo aceitar a mudança. 
Sabendo que nada é permanente.
Aprendendo com cada desafio. 
Ver sempre o lado bom de toda a aprendizagem. 
E ter sempre mente aberta para novas descobertas. 

Viver é isto. E tu? Como lidas com o teu quadrado?  

Beijos. 
A.V.

Terça-feira com dica - Como não perder o foco dos nossos objetivos | Cada um no seu quadrado

    A rúbrica de terça-feira está de volta com as dicas fáceis para um estilo de vida mais saudável!

Pois é, meus queridos; estamos no mês de Março e, para muitos, os objetivos do início do ano já foram pelo cano abaixo, não é? 

Não. Não é. 
- pelo menos não devia ser! Pelo menos para mim não é!

Os nossos planos e objetivos devem ser o foco da nossa vida. Lutar pelo que queremos faz parte do caminho sem nunca esquecer que devemos agradecer por tudo o que temos no agora.  


Tenho por hábito todos os dias de manhã abrir a minha agenda e ler o que tenho para fazer, ler, escrever e acima de tudo, todos os dias leio para mim, a mesma frase de apoio a mim mesma: 

NÃO PERCAS O FOCO!

Todos os dias leio essa frase logo pela manhã. Escrevo sempre a mesma frase desde o início do ano, para nunca me esquecer! Para poder viver de forma consciente e a saber a razão pela qual acordo de manhã! - porque isto já o fiz no início do ano. (e tenho vários posts por aqui a aconselhar como devemos fazer para sabermos o que queremos da nossa vida - espreitem as publicações de novembro do ano passado) Convém sabermos o que queremos para nos podermos focar nisso mesmo! Todos os dias!

Por mil situações que surjam no meu caminho, no meu dia-a-dia, sejam coisas banais ou momentos que podem mudar um bocadinho o meu plano pessoal, eu acordo de manhã e penso sempre para mim: 

Estou no caminho certo. Sei o que quero e para já não tenho tempo para mais nada. 

Quero sempre fazer uma coisa de cada vez. Sofrer de ansiedade obriga a tentar viver da forma mais calma possível! 
Tenho o meu ritmo e tudo aquilo que agendei para fazer em 2021, obriga-me a manter-me exatamente como estou agora. Livre, sem compromissos, antissocial q.b. e focada naquilo que quero para mim nos próximos meses. Porque sei bem o que quero.

Isto tudo porque:
Sabermos o que queremos é um passo gigante para uma vida mais feliz e tranquila. 
* Por isso convém acertar com o nosso Ser, o que queremos fazer, ser e transmitir ao Mundo. 

Sabermos lidar com tudo o que aparece pelo meio é o que faz com que os nossos desejos se realizem. 
* Pessoas que não sabem o que querem, perdem-se facilmente. Ou então... nunca se encontram.

Saber como agir, que passos dar - ou não- são muito importantes para a construção do nosso "quadrado".
* Não devemos permitir que interfiram com aquilo que queremos ser, ter, fazer ou transmitir ao Mundo.

Há dias, por causa de uma música má, usei esta expressão na minha vida e criei uma teoria!

"Cada um no seu quadrado" 

Cada um de nós é - ou deve ser - um quadradinho. Construir-se a si mesmo e fortalecer as suas quatro paredes diariamente. 

Tem muita gente por aí que gosta de destruir o quadrado dos outros, ou até de se infiltrar noutros quadrados que não o seu. 

Não ter um quadrado é quase como não ter a sua própria personalidade.

- Quem és? 
- Qual é a tua essência?
- O que queres para a tua vida?
- Quais são os teus gostos reais na vida? Seja cor preferida, comida, religião...
- O que queres transmitir ao Mundo?
_ se não sabes responder com convicção a estas perguntas, então, não sabes NADA sobre ti!_ e isso é uma merda!

Não ter noção de "eu" é como não ser "um". É como se não soubéssemos ser, viver ou transmitir de forma individual. 

Se não soubermos de que é feito o nosso quadrado, vamos viver no quadrado do outro. Vamos andar como marionetas-de-quadradinho-alheio. E isso não é saudável. E também é uma merda.

Saber quem somos - a nossa essência como ser humano individual -, saber o que queremos fazer da nossa vida - seja a nível pessoal como profissional -, saber o que queremos ou não ter - valorizar o que temos ou lutar sempre por ter mais - as escolhas são sempre individuais e cada um é como cada qual -, e o que queremos transmitir ao Mundo - o nosso modus vivendi, as nossas crenças, os nossos valores-, tudo isto é individual. Tudo isto forma um quadrado maravilhoso que nos faz ser exatamente aquilo que nós somos! E cada um deve ter o seu!

Depois, se nos quisermos juntar a outro quadrado, porque supostamente o ser humano não sabe viver sozinho, fazemos uma espécie de puzzle maaaaas... cada peça é individual! Podem se unir e criar uma coisa gira mas nunca nunca nunca! deixando o seu quadrado. 

É por estas teorias que eu descobri o porquê dos meus relacionamentos-sempre-falhados. Andei demasiado tempo a viver em quadrado alheio... sem saber sequer quem eu era quando ficava sozinha! 
Entretando descobri o meu quadrado, construindo o meu ser e aceitando a minha essência tal como é. De momento não há espaço disponível para outro quadrado encaixar. Não tenho tempo. Nem vontade. 

Porque quando descobres, conheces e AMAS o teu quadrado... vês o quão suficiente, especial e única/o és por "dentro" que não é necessário procurar "fora". ❤

Vale a pena pensar nisto... 

Beijos a todos!
A.V.

Livros que falam a verdade

"A mente moderna, mimada, resultou em indivíduos que se sentem merecedores de algo sem se esforçar, que sentem ter direito a algo sem se sacrificar. As pessoas se declaram especialistas, empresários, inventores, inovadores e treinadores sem qualquer experiência real de vida. Não fazem isso porque realmente se acham melhores que os outros; fazem porque acham que precisam ser incríveis para serem aceitos em um mundo que só divulga o extraordinário."
A subtil arte de dizer que se f_da

Chegamos a Março!

Quase que cheira a Primavera! 

Pronto, hoje não cheira nada a Primavera, que hoje chove e está frio. Mas neste fim-de-semana que passou, o tempo esteve muito bom e deu finalmente para ver o por-do-sol na praia (à clandestina, a saltar muros e a fugir das barreiras) e ainda, ver o nascer-da-lua - enorme e linda - mesmo com os pés na areia da praia! Faz falta ser rebelde. Faz falta viver. Nem que seja só por um bocadinho. 

E antes que digam que andei em ilegalidades, é falso. Moro perto da praia e estive sempre longe dos seres humanos. 

Foram dias bons. Que não devem ser romantizados, porque são exatamente isso, momentos bons para recordar com carinho e vivê-los sempre ao máximo porque um momento bom assim nunca se repete. 
Nada é fixo. Nada é permanente. Aproveitemos então! 

Soprem canela! É Março! É flores! É Sol! E isto está quase quase a passar! 💜

Beijos.
A.V.

Devíamos fazer um RESET e renovar a nossa consciência - estamos a precisar.

Palavra do dia: ostentação. Apareceu logo de manhã e fiquei a pensar nela muito tempo. 

Vivemos num mundo onde estamos socialmente programados para mostrar mais do que temos, parecer mais inteligentes do que somos, falar mais do que ouvir, parecer mais do que ser. 

A tal ostentação. 

Estamos programados para querer mais e mais.
Estamos programados para ter mais e mais. (ou parecer - aos outros - que temos!)
Estamos programados para comprar mais, sair mais, tirar fotos mais bonitas que o vizinho.
Estamos programados para andar em busca de mais, como se o que temos - que muitas vezes é tanto - não fosse suficiente. 

Eu, imperfeita que sou, também penso nisso às vezes. Faz parte da condição humana e está tudo bem. 
Mas tendo consciência disso mesmo, podemos tentar ser melhores, não? 



E quando os pais mantêm o mesmo discurso? E se esquecem que cresci!

Como disse no post anterior, li o meu blog de outras vidas. Atualmente privado mas guardado com muito carinho. 

Quando voltei para Portugal no final de 2013 foi muito complicado para mim voltar a casa dos meus pais. Tinha estado sozinha muito tempo e estava muito habituada às minhas coisas e ao meu ritmo de vida. Sempre trabalhei muito, tive mais do que um emprego ao mesmo tempo e sempre gostei de sair e de ser social! Foi um choque para eles ter uma filha que saía à noite a uma segunda-feira e ia trabalhar no dia seguinte... 😅

Em 2013, voltar ao meu país e à mentalidade das pessoas de cá foi um choque muito grande para mim e, mal cheguei, quis logo ir embora de novo. 

Tentei viver em Braga mas tinha uma ideia tão feliz dos tempos da universidade que, quando lá fui em 2014, e vi cimento em vez de jardins e pessoas frias em vez de sociais como antigamente, voltei de novo à base. Não estive lá mais de 4 meses. 

Depois conheci uma pessoa e apaixonei-me por ele e pelo meu Porto, que guardarei eternamente no meu coração, onde vivi quase 5 anos. 4 + 1 sozinha, mais coisa menos coisa... um dia escrevo um livro sobre esse ano sozinha no Porto!😅 

E agora estou de volta à base e desta vez é para ficar! Voltei para cuidar dos meus pais e não porque precisava de voltar a casa! 

Sendo assim, atualmente estou com eles. Voltei - de novo - a casa em 2018 mas vejo, pelo que li no blog antigo, que os problemas de ambientação foram e-xa-ta-men-te os mesmos que os de 2013! 

Enquanto lia o blog antigo revi as mesmas palavras e as mesmas sensações em duas épocas (e mentalidades) completamente diferentes. Com uma diferença de mais ou menos 5 anos, o discurso foi exatamente o mesmo. 

As horas para comer, a rapidez em limpar e arrumar tudo, as televisões altas e a falta do silêncio - que foi o que mais me custou a habituar - tudo estava igual a 2013. 

Eu gosto de limpar e de arrumar mas tenho o meu tempo! Então, na minha casa com os meus pais, enquanto eu acabo de jantar e vou, por exemplo, ao wc ou fumar um cigarro, já a minha mãe arrumou metade! Estou numa fase que a "obrigo" a ir para a sala sentar-se e não mexa na cozinha para que eu possa ajudar em casa! 

Também reparei que mantenho o mesmo hábito de arrumar tudo à noite durante a semana. 
Há 50 anos atrás, antes do covid, saía sempre ao fim-de-semana, então para poder ter as folgas livres, sempre arrumei tudo à semana e tinha o fim-de-semana livre para descanso e passeio e festas. 

Ainda hoje, lá em casa, a mamã pede que arrume ao fim-de-semana, quando o que eu mais quero é paz e sossego. Mesmo que não saia de casa, é a minha folga, é o meu momento de não-fazer-porra-nenhuma. E ela ainda (!) não entende isso. 

E estas diferenças existirão sempre. Porque eu sou a menina deles. 
Para eles, eu não tenho 33 anos. Tenho 10! 
E eu lá aceito e deixo estar... e por vezes respondo "eu é que sei!" ou "eu decido por mim" e há discussão. 
E lá nos sentamos à mesa e eu relembro-lhes a minha idade. Que as decisões e opções são minhas e a responsabilidade dos meus atos é minha também. 
E os dias passam. 
E já lá estou há 2 anos! - a caminho de 3! 💗