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Dez anos separam a Ana que escreveu um diário - que deu em livro - da Ana que atualmente vos escreve.

Olhando para trás, já não me reconheço. E ainda bem. Isto de ser sempre o mesmo, não nos leva a lado nenhum. E eu já andei muito.

Nestes últimos 10 anos vivi em Braga e no Porto até decidir, em 2018, voltar para a minha cidade, que é Viana do Castelo. Talvez seja melhor começar a partir daí, senão este artigo vai ficar ainda maior do que já vai ser. Vem aí texto longo! (e talvez o texto mais difícil de escrever de 2023)

Posso dizer que o nome Almofada Voadora vem exatamente dessa minha necessidade de andar de um lado para o outro, sem saber ao certo onde pousar. Tem sido assim a minha vida toda, desde que saí de Portugal, em 2011.

Andei todo este tempo em busca de um lugar meu. Procurava um ninho onde ficar, onde me sentisse segura e onde não tivesse vontade de sair. Procurava a minha Casa. Na verdade, nenhum sítio me serviu. Porque se não estás bem contigo mesma, nenhum sítio é bom. Agora sei disso. 


Em 2018 passei por uma depressão muito feia, por culpa de um desgosto de amor. 

Uma coisa é tu deixares uma pessoa porque não dá mais e, em mútuo acordo, cada um segue o seu caminho. E outra, completamente diferente, é seres abandonada do dia para a noite, quando achavas que tudo estava bem e não havia razões para terminar. 

Nessa altura, caí bem fundo e só agora, passados estes anos todos - nem os quero contar - é que sinto que estou a viver de novo a vida que sempre lutei para ter. Os meus sonhos foram todos destruidos nesse ano. Tudo o que tinha construido, tinha caído por terra numa sexta-feira negra e repleta de dor. 

Decidi voltar para a casa dos meus pais. Mas, mais uma vez, esta Almofada Voadora não queria estar naquele ninho. 

A casa dos meus pais não era o meu ninho, não era a minha Casa. 

Porque a casa era deles. A energia era deles, a decoração era deles, o espaço era deles. Eu estava a mais. Sempre me senti a mais. Mas também era impossível viver sozinha, porque tudo era caro e eu tinha uma péssima gestão financeira. 

Resignei-me à minha vida pacata de casa-trabalho durante anos. Pensava que tudo estava curado, que tudo estava bem, mas só estava confortável. Vivia num abismo de dor confortável. Cheguei quase a gostar desse abismo. Mas já lá chego.


Em 2021 decidi lançar o meu livro. Como passava o meu tempo livre a ler e a escrever, tinha tomado a decisão de partilhar o que escrevia mais a fundo. Publicar um livro foi dos desafios mais espetaculares da minha vida. 


Em contacto com o Pedro Chagas Freitas, que foi um apoio fenomenal neste meu caminho literário, expus-me ao mundo contando a minha história. Não tinha ideia que ia ser um sucesso, não imaginava que ia encher um auditório e mais gente viria se as condições do covid o tivessem permitido. 

Não acreditava em mim, mas fui na mesma. E fui imensamente surpreendida pela positiva. Sou muito grata por esse momento tão especial na minha vida.


***

Se chegaste até aqui, obrigada. A parte mais difícil deste artigo chega agora. 

***

No meio disto tudo, entre os anos que passaram, fiz obras na casa dos meus pais, para poder criar o meu cantinho, saí com amigos e amigas, fiz um curso de Desenvolvimento Pessoal, estudei Massagens e Terapias de SPA, fiz palestras e escrevi artigos sobre a ansiedade que me acompanha desde que me lembro e aprendi a lidar com ela, sem NUNCA me perguntar: "como posso eliminar por completo esta minha ansiedade?

Sabem por que razão nunca me perguntei isso? Porque EU GOSTAVA da companhia da ansiedade. Para mim, a ansiedade era como uma melhor amiga.

A ansiedade nunca me abandonaria, como me fizeram no passado.
(entendem a razão de ter falado de 2018? daquele abandono horrível? pronto, é isso!)

Apesar de todos os meus conselhos sobre como lidar com a ansiedade ou como controlá-la, nem eu mesma sabia - ou queria - deixar de a ter! 

Como poderia escrever/aconselhar/falar com as pessoas sobre algo, se nem eu mesma tinha vontade de curar isso em mim? Que credibilidade tinha eu? Quem era eu para aconselhar fosse quem fosse?

Permiti-me afundar nesse mundo de deixar-andar. Ajudava os outros, mas era eu quem chorava na cama, antes de adormecer. Via os outros agradecerem-me pelos conselhos, pelas palavras que eu dizia, mas era eu quem não fazia um esforço para ficar melhor, para ser melhor, para me curar! 

Cheguei a um ponto da minha vida onde desejava não acordar no dia seguinte. 

Isto tudo que vos escrevo, ainda se passa em 2021. No mesmo ano que fiz cursos, que lancei um livro, que tudo estava espetacular... aos olhos dos outros. 

Não estava tudo bem meus amores. Não estava mesmo. 

Eu vivia a pedir ao Universo, a Deus, que me levasse. Estava tão cansada de viver, cansada de sentir que nada me fazia sentido, que simplesmente me limitava a existir. Tinha batido no fundo do fundo do fundo, quando achava que em 2018 já tinha sido mau. 

Parei de escrever. Aquilo que eu MAIS amo fazer, tinha deixado de fazer sentido para mim. Não tinha nada para dizer, porque tudo iria soar a mentira. E eu, que me enganava a mim mesma, com palavras bonitas, nem a escrita me fazia sentido. 

Fiz seguros. Deixei um legado de textos para publicação póstuma. Comentei de forma discreta com uma amiga que, se eventualmente, por obra do espírito santo, eu morresse, tudo seria publicado e revertido a favor de quem mais precisasse. Nota: tenho uma brincadeira com amigas sobre pensar que morreria aos 33 anos. Essa brincadeira serviu para ir avisando sobre como queria que fosse o meu post mortem.

Todos os dias pedia que Deus me levasse. Todos-os-dias. Era demasiado cobarde para me matar. Por isso pedia que a morte viesse de forma natural. E, de cada vez que acordava, era um sacrifício. 


No final do ano 2021, pensei em sair de Portugal de novo. Apesar de, na altura, estar a trabalhar na área do ouro - uma área onde sempre amei trabalhar - queria fugir da cidade, de tudo e de mim.

Comecei a sentir a necessidade da mudança. Afinal, ainda não tinha morrido. E começava a pensar que já que estava viva, convinha fazer alguma coisa por mim. 

Comecei por mudar os móveis do meu cantinho. Depois, cortei o cabelo. Ia mudando a visão das coisas mas, por dentro, estava igual. 

Fiz o ritual do final do ano. Chorei muito, pedi a Deus/Universo que me desse uma resposta sobre o que fazer à minha vida. Porque não sabia o que fazer. Mas já que estava viva, tinha de fazer alguma coisa. 

Mas o quê? Para onde vou? Para que país? E fazer o quê? 

Em fevereiro de 2022 cruzei-me com um vizinho. Tudo aconteceu muito rápido. Nunca tinha falado com ele até àquele dia. Conversa puxa conversa, acabamos por tomar café, fomos ver um jogo de hoquei, fizemos umas caminhadas e, do nada, acabamos aos beijos. 

Foi tudo tão natural que eu nem me estava aperceber do que estava a acontecer. 

A miúda que aguardava a morte estava a apaixonar-se de novo.  

E agora? Como lidar com isso? Vou embora? Mudo de país? Deixo-me levar? Mais uma história de amor que vai correr mal? E se corre bem? oh.. ele é tão fofo! 

Pedi a Deus. Pedi ao Universo um sinal e ali estava ele. Em forma de homem. Em forma de pessoa que dizia exatamente o que era certo a dizer, mesmo quando doía ouvir. As verdades doem, é certo, mas eu precisava de ouvir aquilo tudo. O pragmatismo daquele ser humano salvou-me a vida. Sou muito grata.

Hoje, ano 2023, escrevo por fim sobre tudo isto. 

Sei que quem me lê merece saber toda a verdade. Posso até perder clientes ou amigos mas HOJE apenas quero que fique o que é para ficar. 

Permito deixar ir tudo o que não me acrescenta.
Permito começar este caminho de novo.
Permito-me renascer.
Permito-me. 

Obrigada a quem está aí. Obrigada mesmo!!  

Sempre com amor, 
Ana. 

Sobre o que sou.

Sobre o que sinto hoje

Hoje acordo com decisões. 
Firme no meu caminho, apesar de ontem ter recaído na treta de quem não merece a minha atenção. 

Não é nada fácil e só eu sei o que sinto. 
Esta dor no peito. Esta dificuldade em aceitar e mudar algo já tão enraizado em mim. 

Mas não desisto. Quero e vou melhorar. 
Mereço tudo e mais. Tenho valor.
Sou amada. 
Sou. 

Com amor, 
Ana

Sobre o agora

Como me sinto? 
Mais aliviada. Mais calma. 
Apesar da ansiedade matinal que está por aqui, sempre ao meu lado. 

Como me vejo? 
Pronta. Pronta para avançar com a minha cura pessoal e animada por estar a escrever sobre isso mesmo. 

É o que preciso: escrever para aliviar. 




Este fim de semana foi terapêutico. Estive em Barcelos no sábado e em Braga no domingo. 
Gosto da minha cidade, mas não me identifico com ela. 
Gosto de sair da cidade, de autocarro, todos os dias, para ir trabalhar. 
Gosto da vida que tenho. 
E agora só tenho de seguir em frente e viver a melhor fase da minha vida. O agora. 

Com amor, 
Ana

Mantra da Academia INP

Eu estou em total conexão comigo mesma. 

Eu estou em total conexão com os meus sonhos. 

Eu faço acontecer. 

Eu faço tudo aquilo que me comprometo. 

Eu sou capaz de tudo. 

Eu não tenho medo.

Criação de Objetivos

Academia INP - módulo I

Criação de objetivos por áreas: 

Saúde

- Vou cuidar dos meus dentes. Vou fazer um branqueamento. 
- Vou fazer mais caminhadas.
- Vou beber mais água. 

Relações

- Vou amar-me todos os dias. A mim e aos meus. 
- Vou criar raízes. Vou fazer amigos na minha cidade.
- Vou aceitar que estou finalmente no meu Lugar. 

Carreira

- Vou praticar mais as massagens. 
- Vou continuar no meu emprego de sonho. 
- Vou escrever livros. 

Desenvolvimento Pessoal (estudo, viagens, espiritualidade, etc)

- Vou a Macau visitar o meu melhor amigo. 
- Vou a Macau visitar o meu melhor amigo.
- Vou a Macau visitar o meu melhor amigo.

Desapego de emoções. Desde Abril 2020 a Abril 2021.

A Inês pergunta e eu respondo: 
Módulo I

- Do que estás mais agradecida? 

Este último ano foi muito desafiante em vários aspetos. Felizmente não tive eu, nem os meus pais, Covid. Mas mudei de emprego em plena pandemia, onde atualmente faço o que amo - ajudo pessoas. Remodelei totalmente a Nossa Casa - onde vivo com os meus pais. Vivemos três meses fora do nosso lar enquanto a nossa casa estava em obras. Depois voltamos e decoramos tudo ao nosso gosto. Agora, a Nossa Casa está linda. Ainda não está completamente terminada mas está totalmente diferente, bem mais acolhedora e mais bonita. Sou grata por tudo isso. ❤  

- Qual foi o teu momento mais feliz?

O meu momento mais feliz foi ter conseguido gerir toda a remodelação da casa sem atritos em família. Pandemia, stress e mudança de emprego não ajudaram em nada mas, no fim, conseguimos mudar para o Nosso Lar e sentir a Felicidade dos meus pais estampada na cara, foi o meu momento mais feliz dos últimos tempos. 👪

- Qual foi o teu maior sucesso? O que mais te orgulha?

Sou orgulhosa da minha família, dos meus pais, do cãozinho maravilhoso, o Marley, que me acompanha em tudo o que faço. O sucesso conquista-se a cada dia. Por isso, estarmos bem em casa, sermos uma família feliz e com saúde e não nos faltar nada, é o que mais me orgulha. 😍

- Qual foi o teu maior desafio? E como esse desafio te fez crescer?

Para podermos fazer as obras, tive de juntar muito dinheiro. Tive de abdicar de tudo, de todos os hábitos, festas, saídas, para poder juntar cada cêntimo. Trabalhei muito, vendemos muitas coisas que já não nos preenchiam para podermos contruir algo novo em conjunto. O desapego dói, mas depois, quando vimos a Nossa Casa pronta, todas as dores passaram. Toda a família cresceu com isso. 💪

- O que aprendeste? Quais foram as tuas principais lições?

Acima de tudo aprendi a comprar/remodelar uma casa. Aprendi que nada vem sem esforço. Aprendi que a união faz a força. E que é bom abdicar do velho em prol do novo. Foi um renascer para uma nova vida. Sou muito grata por toda a aprendizagem. 🙏

- Do que te queres libertar? 

Quando voltamos para Casa, pensei que não tinha mais nada para fazer na Vida. Achava que a minha etapa tinha terminado e que iria morrer. Aos 33, sempre pensei que seria o ano da minha morte. Depois de algum tempo de paranoia, seguros de vida e de funeral, limpei tudo isso da minha cabeça e preferi viver e aproveitar enquanto ainda cá estou. Inscrevi-me na Academia INP, projetei escrever um livro e dedico-me todos os dias a ser sempre melhor. Afinal, estou a começar agora. ✌

Abril: de coração aberto.

Aqui estou. De coração aberto para vos falar. 

Abril é um mês mágico para mim. É o mês onde comecei afincadamente a fazer acontecer, onde comecei realmente a agir e onde recomeço mais uma jornada profunda de autoconhecimento. Seguem aqui duas coisas que ando a fazer e ainda não partilhei, mas agora, chegou o momento: 

🌺 Há uns meses que estou a estudar a Bíblia, com testemunhas de Jeová. De várias religiões que já conheci, para mim, as testemunhas de Jeová são as pessoas com quem mais me identifico na Terra. Há uns anos longos atrás, fui acolhida por duas mulheres e uma menina, quando passava a pior fase da minha vida, fora do meu país. Em Andorra, foi onde aprendi a conhecer-me mais e acima de tudo, aprendi a agradecer o alimento que tinha na mesa, mesmo quando era pouco, aprendi a rezar sem orações pré-feitas. Ensinaram-me a falar com Deus, a falar com o coração e a sentir a Fé dentro de mim. 

Considero-me uma pessoa de fé, acredito no Criador e acredito que estamos aqui por alguma razão. As testemunhas de Jeová estão cá na Terra e sabem o seu propósito. Aquilo que mais procuro em mim - saber o meu propósito - elas sabem-no com toda a certeza e dedicação. E eu acho isso profundamente belo, e emocionante até. 

Com estas leituras, tenho conhecido Deus e toda a história de Jesus. Nunca tinha tido curiosidade, porque na minha cabeça, pensava que Jesus e Buda poderiam ter sido a mesma pessoa. Estava tremendamente enganada. São histórias completamente diferentes, com ensinamentos diferentes também. Amo ambos. 

Tenho muito respeito pelo Mundo. Tenho muito respeito por toda a Fé que cada um leva consigo de forma individual, por isso, não me considero testemunha de Jeová, mas sou Amiga de coração de quem pratica essa religião. Levo essas pessoas como um exemplo na Terra. Luto por todos os dias ser um bocadinho mais como elas. Sempre há alguma tentação que nos faz perder o rumo e eu, sou total exemplo disso. Já me perdi imensas vezes do meu Caminho. Talvez por isso me sinta, ainda, com vergonha e medo de me assumir perante Deus. É algo muito grande para mim e eu ainda tenho tanto para aprender.

Todas as religiões têm os seus rituais. E eu descobri, com o convívio com as amigas, seja em Andorra, seja agora, em Portugal, que o ritual de agradecimento a Deus, as conversas semanais, o fazer o bem e o querer o bem a todos, mesmo a quem nos faz mal, o entregar-se à fé e à bondade em prol de viver no Paraíso, é bem mais sincero e bonito do que qualquer outra religião. 

Por isso mesmo, hoje em dia, eu também agradeço a Deus o alimento, agradeço a oportunidade de estar aqui na Terra a fazer o bem e a dedicar-me a fazer o melhor que consigo de mim. Essa é a fé que eu gosto e, além disto tudo, a Bíblia é dos livros mais lindos que já li na vida. 

🌺 Para além desse rumo espiritual, entrei num outro caminho de desenvolvimento pessoal. A Academia da Inês Nunes Pimentel que, com muito carinho, ensina a sermos as nossas melhores e mais puras versões. Ensina a fugirmos das tentações que nos fazem sair do nosso Caminho. E eu, como busco o meu propósito, busco voltar à minha essência e aprender a controlar os meus impulsos, sigo estes dois ensinamentos. A fé e o amor-próprio. Acaba tudo por dar ao mesmo. Jesus também dizia: "ama o teu próximo como a ti mesmo" (Mateus 22:39) e é exatamente isso que eu procuro. 

Com a Academia pretendo aprender a criar hábitos, pretendo aprender a ser eu mesma, sem medo da não aprovação, pretendo fazer as coisas por mim e não pensar se posso agradar este ou aquele. Com a Fé, aprendo a confiar no potencial que Deus me deu. Sou capaz, sou única e tudo está certo. 

Estou muito grata por todas as bênçãos que tenho recebido, por toda a força que tem chegado de todos os lados, incluindo do Céu, por tudo estar a fluir da melhor maneira e por ter tudo o que preciso para ser ainda mais feliz. 

Abril é agora. E eu estou a amar este meu Caminho. 

Beijos com Amor
A.V.

Vamos terminar Março, entre outras coisas.

Vamos dar início a Abril. Vamos soprar canela. Vamos abrir alas para um mês que eu acredito que seja muito especial e, acima de tudo, muito trabalhoso. Aliás, todo o ano 2021 me parece especial e trabalhoso. E ainda só vamos no mês 3, a caminho do 4. 

O restauro dos móveis está a terminar e cada vez mais me apetece estar isolada. Neste fim-de-semana consegui dormir, ver filmes de animação (que adoro) e estar com as pessoas que amo. Tenho conseguido equilibrar tudo. Tem sido muito bom estar com os meus amigos e rever as minhas melhores pessoas do passado. Voltar a casa 15 anos depois tem destas coisas. Mas ter tempo para mim e para o meu descanso é ainda mais importante. E já começo a precisar de ficar sozinha um bocadinho.  

***

Ultimamente ando a fazer uma limpeza de tudo aquilo que não me acrescenta. Comecei pela roupa, depois os sapatos, depois os cremes fora de prazo e, agora, estou a limpar gentilmente pessoas. Há pessoas que eu sinceramente não entendo a razão pela qual entram no meu caminho.

Será que o Universo gosta de me ver revirar os olhos quando me presenteia com pessoas estúpidas? 

É que já não tenho paciência para piadas sem sentido, frases brejeiras e de mau gosto, falta de inteligência e acima de tudo, falta de tema de conversa. Todas as mulheres gostam de receber elogios, frases bonitas e afins, mas, por favor, escolham bem o que dizem! Não queiram passar por totós.

Eu sei que as minhas expectativas estão e são extremamente altas. Eu sei que o meu leque de amigos é culto e maravilhoso e, por isso, torna-se muito difícil falar com pessoas que só sabem dizer "que tal o dia?" ou "hoje está sol". Não há desenvolvimento na palavra. Não há tema de conversa que dê interesse de conhecer mais e melhor a pessoa. 

Eu sei que sou um feitiozinho de caca mas por favor: pessoas que começam a conversa com "como te chamas?" ou "de onde és?" quando eu tenho toda essa informação escarrapachada no Instagram, matam-me. Essas pessoas dão cabo de mim e do meu sistema nervoso. 

Por isso, há muitos comentários, conversas e mensagens privadas que são completamente ignoradas. Claro que também há piadas inteligentes que eu adoro ler/ouvir. Ainda assim, a balança atualmente pesa mais na parte dos burrinhos. Uma pena. 

Posto isto, termino Março. Estou quase de férias. Estou a construir o meu império e a criar os meus sonhos. Por favor, não me incomodem com conversas sem sentido. 

Beijos a todos e desculpem qualquer coisinha ❤
Este feitio difícil ama-vos.
A.V.

Já sei por que razão a Primavera não é a minha estação do ano favorita.

Este dilema tem anos! Eu explico: em todas as mudanças de estação eu começo por dizer "ah, eu adoro esta época do ano! Pode ser esta a minha estação do ano favorita!" - religiosamente digo esta frase a cada mudança estacional. Todas elas têm a sua magia e eu vibro com toda a mudança que acontece na Terra. 

Estou quase certa que a minha estação preferida é o outono, mesmo sabendo que é a época mais depressiva para mim. No entanto, a Primavera não é, afinal, a mais-mais preferida. 

Foto do Pinterest 

Amo ver o início do brotar da flor. Faço todos os dias o mesmo caminho para o trabalho, de forma propositada, para ver diariamente a mudança das árvores. É uma terapia para mim e orgulho-me de dizer que consigo ver os primeiros raminhos verdes a nascer, antes de começarem a pensar que a primavera está a chegar. 

Só que a minha querida e florida primavera tem um problema gravíssimo que a coloca no fim do top 4 das estações preferidas: a bicharada

Já vos contei da aranha que vive na porta da minha loja. Ainda cá anda, está sempre ao meu lado quando apanho sol e eu não vou de todo matá-la. Já me afeiçoei a ela e tudo!

Mas tenho abelhas a querer entrar pela varanda da minha casa, formigas a querer fazer companhia às plantas, mosquitos chatos a voar ao final da tarde, mosquinhas insuportáveis e loucamente reprodutoras - tal a rapidez com que se multiplicam - a atrapalhar o meu momento zen de leitura ou meditação.

Bichos! A primavera tem imensos bichos! E eu, que detesto matar bichos, passo os dias a afastá-los de mim e a matar - em legítima defesa - os pobres coitados. 

Sendo assim, hoje coloco a primavera em último lugar do top. 

Poderá ficar então :
a preferida das preferidas: o outono
depois o verão
depois o inverno (o inverno é melhor do que a primavera?!)
e por fim a primavera. 

Acho que é isso. Mas tudo pode mudar! Já sabem como sou... 💚

Beijos!
A.V.

Falemos de mudanças, de medos e de cenas.

Meus queridos, quando a Ana - autora do blog - muda, o blog também vai mudando. Tudo tem o seu enquadramento e, a verdade é que estou em mudança de novo. Nada que a malta não esteja habituada, não é? :)

Decidi mudar a forma de escrever/publicar por aqui. As minhas dicas são quase diárias. A escrita sobre vários assuntos é quase diária também. Escrevo quando sinto que preciso de partilhar alguma coisa com o mundo. E, pelos vistos, sinto vontade de partilhar coisas quase todos os dias. Por isso, a dica da semana começa, para mim, a deixar de fazer sentido. 

Sei que, quem me lê, ou o faz todos os dias ou num dia qualquer da semana que não precisa de ser obrigatoriamente à terça-feira. Além disso, publico na página do Facebook vários textos repescados o que permite que, a qualquer dia, a malta venha cá me visitar. Sou muito agradecida por isso.
Posto isto, a rubrica da dica da semana vai acabar.

***

Entretanto, há algo que eu nunca escrevi e chegou agora o momento de o fazer: os meus 33 anos são uma fase muito importante na minha vida porque andei todo o tempo a dizer que aos 33 anos "ou morro ou ilumino" e, como não me vejo a "iluminar", comecei a magicar que iria morrer este ano. A magicar de forma psicótica. Pode acontecer, eu sei. Mas prefiro fazer mais coisas, estudar mais coisas, aprender mais do que pensar no funeral e em formas de deixar o meu legado. 

Decidi então inscrever-me na Academia de Desenvolvimento Pessoal da Inês Nunes Pimentel. 
Cheguei a um ponto da minha Vida que devo mudar a minha instabilidade emocional. Incrível, não é? Em vez de lidar com disso, quero mudar isso. 

Descobri há pouco tempo que a razão da minha instabilidade advém da ainda não confiança em mim, do enfase que dou às minhas falhas e tudo isso cria uma bolha de medos e ansiedade em relação a fazer qualquer coisa. 

Comprometo-me a trabalhar isso em mim e tentar, ao longo dos próximos meses, encontrar formas de me encontrar nesse sentido. Mais amor-próprio, porque apesar de apelar muito a isso, também eu falho às vezes, mais autocompreensão sabendo aceitar-me e perdoando as minhas falhas, saber ter ainda mais confiança em mim e no meu potencial, sendo este, talvez, o ponto mais importante nesta fase. Sinto que ainda não confio nas minhas capacidades. Sinto que ainda tenho muito medo de falhar e parece que ainda procuro aprovação alheia. Erro. É algo que preciso mesmo de mudar. E vou fazer essa mudança acontecer já. 

Posto isto, vou dando notícias por aqui. 
Estou em construção. Vai ser bom dar mais um passinho no autoconhecimento. 
Estou viva! Aproveitemos então! 💜

Beijos. 
A.V.

Prioridades, é o que é. Este é um blog real.

Minha gente, levei uma coça este fim-de-semana!! 😱

Andei a remodelar móveis, a lixar como nunca tinha lixado na vida, a inalar/limpar pó até não conseguir pensar. 
Estou a restaurar dois móveis na minha casa. Entretanto já quero restaurar mais uma mesa e um outro móvel. Posto isto, nesta semana não há dica. 

Hoje tenho aula de código online às 19h, uma outra aula online às 20h e mais restauro em casa às 21h. 
Como sabem este blog é real. Feito tudo ao dia e nunca nada agendado. Hoje não consigo sequer inspirar-me para a dica de amanhã. Hoje só quero que o dia acabe e ir dormir. 

O lado bom disto é que está sol, tenho uma montra linda na loja - já se pode vender ao postigo, yeah! - e tudo está a andar ao seu ritmo. Estou feliz. Sou feliz. Obrigada Deus Universo Mundo Coiso. 

O resto é cocó. ❤

Hábitos necessários: acordar cedo! - como conseguir?

"— Sabe por que a maioria das pessoas dorme tanto? 
— Por quê? 
—Porque elas realmente não têm muito mais o que fazer. Aquelas que se levantam com o sol têm, todas, algo em comum. 
— E o que é? Loucura? 
— Muito engraçado. Não, todas elas têm um propósito que abastece o fogo do seu potencial interior. São guiadas por prioridades, mas não de uma maneira obsessiva e nada saudável. É mais suave e não requer esforço. E, dado o entusiasmo e o amor que elas têm pelo que fazem na vida, elas vivem no momento. Sua atenção está totalmente voltada para o aqui e o agora. Por isso, elas não vazam energia. São as pessoas mais vibrantes e vigorosas que você pode ter a sorte de conhecer."
Robin Sharma 

Estou a tentar lidar comigo mesma. Mais uma voltinha, mais uma viagem!!! 😅

Ficar com algum tipo de doença, por mais mesquinha que seja, obriga-me sempre a parar, a refletir e a renovar projetos. Para mim, o facto de adoecer é um sinal do meu corpo a pedir qualquer coisa. E eu, como o respeito muito, paro e dou-lhe ouvidos. 

Estou com uma infecção urinária. Logo, não estando a morrer (disto, pelo menos), o facto de precisar de descansar mais ou estar mais calminha e quietinha - que nem sempre consigo - obriga-me a pensar mais, a organizar melhor as ideias e a idealizar algo novo. 

No dia-a-dia não temos grande tempo para pensar. Por mais que tenhamos uns minutos para meditar, torna-se um bocadinho automático - pelo menos para mim - e, por isso, não surge "nada novo". Todos os dias paro para agradecer o dia mas quando de repente temos de ficar sentados e quietos e as insónias aparecem, somos quase que obrigados a refletir sobre tudo...

E eu não sei quanto a vocês, mas eu, à noite, funciono como um computador. A relembrar tudo, a visualizar toda a minha vida e a questionar toda a minha existência... sou maluquinha, é o que é! 😂

Na minha última viagem noturna, pensei no Robin Sharma (não nele mesmo, mas nas palavras dele) sobre acordar cedo. Tenho acordado super cedo todos os dias. Como tenho de me levantar (a correr) para fazer xixi, fico desperta e obrigo-me a dormir "mais aquela horinha" antes de acordar para ir trabalhar. 

Ora... 

Se eu acordasse essa "horinha" mais cedo, se calhar podia fazer umas coisas giras logo pela manhã. Como ler um livro de pensamentos, escrever no diário, fazer ioga, caminhar um hora ao amanhecer. 

MAS POR QUE É QUE EU NÃO CONSIGO? 

O Instagram está cheio de pessoas que acordam cedo, tomam o seu batido mais verde - que deve ser intragável só de olhar - , vestem o seu melhor fato de treino com as sapatilhas a condizer e lá vão correr logo de manhã. 

COMO É QUE ESSAS PESSOAS CONSEGUEM? 

Eu mesmo acordando para fazer xixi - que me obriga a sair da cama - volto logo a correr mal posso, só para poder dormir mais uma horinha! 

QUAL É O MEU PROBLEMA?!

Serei a única? Será meu o defeito? Serei viciada em dormir? Dormicodependente ... 

Depois deste dilema todo, leio Robin Sharma. 💡

"Acordar e ter vontade de fazer algo." "Acordar para fazer algo" "ter intenção e gosto em acordar cedo" "ter um propósito para acordar!" ... aahh... assim já entendo melhor! 

Correr e fazer batidos verdes não me faz acordar cedo. Mas se calhar ver o nascer do sol, escrever no diário ou tomar um pequeno- almoço em meditação plena já me faz sair da cama mais depressa. 

Vou tentar. Depois conto. ❤

Esta foto é de 2018. Um dia de manhã que fui fazer ioga com a psi. 
Devo-me agarrar a esta beleza e pensar: 
É POR CAUSA DISTO QUE EU ACORDO CEDO!

Tomei a liberdade de mandar tudo para o ar! E foi assim que (me) descobri.

Hoje acordei feliz. Tive boas notícias sobre casamentos e felicidade merecida de quem mais amo e pronto, a minha cabeça está completamente a flutuar. E eu a-do-ro! quando isto me acontece! 

Encontro-me num turbilhão de emoções - das boas - que já não sei se me dói a barriga da infeção, da ansiedade ou da fome... Escrevo para tentar chegar a alguma conclusão. 


Todos os dias, depois do pequeno-almoço, tiro um momento para meditar. Agradeço todos os dias a bênção que Deus me dá por estar viva, com saúde (pelo menos a suficiente para ir trabalhar), e inspiro alegria e coragem para que o dia corra bem. 

Nesse momento de hoje, dei por mim a questionar o que falta... sinto que me falta alguma coisa. Como se tivesse um recado importante para fazer e não sei o que é! Claro que como acordei eufórica, hoje alguma coisa me irá escapar... e está tudo bem. 

O meu propósito. 

Não é o que me falta! É o que eu precisava de aceitar e me estava a escapar! O meu propósito é "servir os outros". Não tenho outra forma de dizer isto. Só sei que senti isto mal acordei. 

Amo a felicidade alheia e o que mais quero no Mundo é que as pessoas estejam bem. Tento sempre que todos à minha volta estejam bem, felizes e acima de tudo que se sintam amados! Tanto no meu trabalho como na vida pessoal sou uma "cuidadora". Assumida. E orgulhosa de ser assim. 

Por isso mesmo, quando fico doente, com ansiedade, com medos ou merdas que eu invento porque sou assim meio-que-parvinha, fico ainda pior quando sinto que, por estar mal, não consigo ajudar os outros. Não consigo cumprir o meu propósito. E este é o dilema da minha vida. Que acabo de desvendar hoje, ao meditar de manhã! 

❤ Por que raio estou eu mal - sem razão nenhuma - se quando eu estou bem, consigo estar ainda melhor porque ajudo os outros, dou atenção aos outros, oiço os outros e todos ficamos bem?
❤ Qual a necessidade de sentir ansiedade e medo de coisa nenhuma se isso só me deixa ainda mais preocupada e aflita porque estando nesse estado não consigo "servir" como sinto que devo? 

Não tenho medo de partilhar amor. Não tenho ciúmes ou inveja de quem possa ser mais feliz do que eu. Porque eu sou feliz exatamente como sou. Sei o que sou. Sei quem sou. E sei que posso ajudar os outros a serem tão felizes como eu. E a base é só uma. O Amor. A fé que tudo vai ficar ainda melhor do que está. A partilha de boas ações entre todos para que aqui, nesta bolinha suspensa no nada, possamos ser felizes. 

Eu vou contribuir para isso. E quem me acompanha já o sabe! Dar amor é o que me faz feliz. 
E não é isso que todos queremos? A Felicidade Plena? 

Vale a pena pensar nisto... 
A.V.

Terça-feira com dica - Apreciando as pequenas coisas. Desconfinar com calma.

    A rúbrica de terça-feira está de volta com as dicas fáceis para um estilo de vida mais saudável!

Hoje a dica é super simples. Tão simples que até me custa ter de fazer um post sobre isto. Mas a verdade é que ainda há muita gente que não tem noção destas coisas por isso, aqui vai:  

Com esta pandemia covidiana, existente há mais de um ano, ficamos privados - para quem se cuidou e ficou realmente em casa, tipo eu - de ver o por-do-sol, de ir à praia caminhar, de acampar na montanha, de viajar, etc. 


Confinamento à hora X, ficar em casa, não fazer longos passeios, não andar de carro por aí. Ok. Dou toda a razão aos cuidados. Dou toda a razão ao recolher obrigatório. Dou mesmo! E cumpri sempre. Daí hoje escrever sobre isto porque é exatamente aquilo que a mim me faz falta. Mas temos de ter calma e ser muito cautelosos nesta nova fase de desconfinamento.

Quando começarmos a desconfinar, em vez de irem "aos chineses que nunca mais abrem" ou às lojas xpto ou comprar seja o que for, PAREM! Não vão a correr às lojas! Não pensem em viajar e sair já do país maravilhoso que temos! Pensem um bocadinho antes! Olhem para o essencial! Ou o que supostamente devia ser essencial mas pouca gente valoriza! E nos é roubado/privado/limitado há mais de um ano!

Estivemos literalmente proibidos de ver o por-do-sol porque tínhamos de sair dos nossos trabalhos (quem trabalhava) e ir logo para casa. Pessoas que vivem em prédios, fechadas em casa, sem poder sair da sua zona de residência nem que fosse para cheirar a montanha... 




Sou só eu que sinto imensa falta disto? Sou só eu que, quando consigo ir só uns minutos à praia, snifo o cheiro do mar mais do que um viciado em cocaína?!

Sou só eu que penso em ir acampar "aqui ao lado", perto da minha cidade, só para poder aproveitar o facto de estar-fora-de-casa-mas-ainda-perto-de-casa porque o Covid ainda não acabou e há que ter cuidado e, por isso mesmo, evitar voltar a entrar em lojas e shoppings já?!?!?!? 

Parem um bocadinho e valorizem estas coisas todas, tão essenciais que nos foram privadas. E são todas gratuitas. E podem ser feitas aos poucos! E perto das nossas casa. E ainda com todos os cuidados. 

Valorizem os pequenos prazeres da Vida. Porque são as memórias desses momentos que levamos connosco, e não são as roupas ou as fotos do Instagram cheias de filtros... 

Pensem nisto por favor! Abram a vossa consciência e bora lá expandir, ok? 

Beijinhos.
A.V.

Um quadrado em constante evolução - algumas verdades

Na dica desta semana falei sobre a expressão "cada um no seu quadrado", explicando a minha teoria sobre sermos quadrados individuais que se constroem diariamente. 

Ter a noção de que o nosso quadrado está em constante mutação faz doer! 

Desculpem lá dizer a verdade mas já sabem que por estas bandas não há paninhos quentes. 

TODA A EVOLUÇÃO PESSOAL É DOLOROSA. 
Crescemos com os desafios que a Vida nos oferece! 

Lembram-se de, em crianças, terem as "dores de crescimento" porque o corpo se desenvolvia rápido? Pronto... é a mesma coisa mas na mente! E dói também! Muito! Mas faz tudo parte do processo de estar vivo! 

Pode acontecer hoje tomarmos uma decisão super importante e depois darmos conta que foi errada! Quem nunca? Todos os dias somos obrigados a fazer escolhas e todos os dias podemos escolher alguma coisa da maneira errada! 

Quem não tenta, nunca ganha nada. Mas quem tenta, pode perder. É assim a Vida!

Agora atentem a esta história que serve como exemplo:

Em 2013 quando me separei do meu ex marido fui viver para uma pensão - resumo desse episódio por aqui - e dei conta da maneira fútil como eu - quadradinho individual e inconsciente - vivia! 
(o ex marido não tem culpa de nada disto! Lá está! Quadrados diferentes que acabaram por desencaixar!) 

Vivi anos cegamente compulsiva! Não sabendo lidar com a minha ansiedade na altura, usava as compras - e as festas - como alívio mental. Em vez de resolver e fazer obras dentro do meu quadrado, decidia renovar "o exterior", não valorizando a minha auto construção. 

Quando olhei para toooooodas aquelas malas cheias de roupa e sapatos e toooooodo um vazio no meu Ser, só aí é que me apercebi do meu modus vivendi. Estava TUDO errado! 

[E quando levas um estaladão de consciência, acredita! que dói imenso. E quando dás conta que estás a agir errado em qualquer situação, é parecido a um soco na barriga.]

Mas quando decides mudar o pensamento, a ação, a vida... dói. Mas depois é uma bênção! Apesar da dor, crescer pessoalmente é a melhor experiência do Mundo! 

E podes até voltar a fazer o mesmo erro mas de modo diferente. Ou erros novos que te fazem crescer ainda mais! Na outra relação falhada, posteriormente a 2013, envolvi-me seriamente dentro do quadrado dele. Deu merda, pois está claro! (Por aqui já se sabe que tive duas relações seriamente falhadas! Tudo bem, já perdoei, já criei e já renovei o meu quadrado mas é sempre um desafio recomeçar. Mas quem não tenta, não vive.)

A adaptação a uma "renovação de quadrado" é muito dolorosa! 
E por vezes demorada! 
(ainda mais quando acontece mais do que uma vez)

Há dias que até custa sair da cama. Mas depois lembramo-nos de quem somos. Do que somos. Da força interior que cada um de nós tem. E os dias vão passando e com o tempo vamos evoluindo. Todos os dias um bocadinho. 

Ora, para concluir isto tudo, devo dizer que o nosso quadrado está em constante evolução. Mais ou menos drástica mas SEMPRE em evolução. 

Como lidar com isso? 

Sabendo aceitar a mudança. 
Sabendo que nada é permanente.
Aprendendo com cada desafio. 
Ver sempre o lado bom de toda a aprendizagem. 
E ter sempre mente aberta para novas descobertas. 

Viver é isto. E tu? Como lidas com o teu quadrado?  

Beijos. 
A.V.

Terça-feira com dica - Como não perder o foco dos nossos objetivos | Cada um no seu quadrado

    A rúbrica de terça-feira está de volta com as dicas fáceis para um estilo de vida mais saudável!

Pois é, meus queridos; estamos no mês de Março e, para muitos, os objetivos do início do ano já foram pelo cano abaixo, não é? 

Não. Não é. 
- pelo menos não devia ser! Pelo menos para mim não é!

Os nossos planos e objetivos devem ser o foco da nossa vida. Lutar pelo que queremos faz parte do caminho sem nunca esquecer que devemos agradecer por tudo o que temos no agora.  


Tenho por hábito todos os dias de manhã abrir a minha agenda e ler o que tenho para fazer, ler, escrever e acima de tudo, todos os dias leio para mim, a mesma frase de apoio a mim mesma: 

NÃO PERCAS O FOCO!

Todos os dias leio essa frase logo pela manhã. Escrevo sempre a mesma frase desde o início do ano, para nunca me esquecer! Para poder viver de forma consciente e a saber a razão pela qual acordo de manhã! - porque isto já o fiz no início do ano. (e tenho vários posts por aqui a aconselhar como devemos fazer para sabermos o que queremos da nossa vida - espreitem as publicações de novembro do ano passado) Convém sabermos o que queremos para nos podermos focar nisso mesmo! Todos os dias!

Por mil situações que surjam no meu caminho, no meu dia-a-dia, sejam coisas banais ou momentos que podem mudar um bocadinho o meu plano pessoal, eu acordo de manhã e penso sempre para mim: 

Estou no caminho certo. Sei o que quero e para já não tenho tempo para mais nada. 

Quero sempre fazer uma coisa de cada vez. Sofrer de ansiedade obriga a tentar viver da forma mais calma possível! 
Tenho o meu ritmo e tudo aquilo que agendei para fazer em 2021, obriga-me a manter-me exatamente como estou agora. Livre, sem compromissos, antissocial q.b. e focada naquilo que quero para mim nos próximos meses. Porque sei bem o que quero.

Isto tudo porque:
Sabermos o que queremos é um passo gigante para uma vida mais feliz e tranquila. 
* Por isso convém acertar com o nosso Ser, o que queremos fazer, ser e transmitir ao Mundo. 

Sabermos lidar com tudo o que aparece pelo meio é o que faz com que os nossos desejos se realizem. 
* Pessoas que não sabem o que querem, perdem-se facilmente. Ou então... nunca se encontram.

Saber como agir, que passos dar - ou não- são muito importantes para a construção do nosso "quadrado".
* Não devemos permitir que interfiram com aquilo que queremos ser, ter, fazer ou transmitir ao Mundo.

Há dias, por causa de uma música má, usei esta expressão na minha vida e criei uma teoria!

"Cada um no seu quadrado" 

Cada um de nós é - ou deve ser - um quadradinho. Construir-se a si mesmo e fortalecer as suas quatro paredes diariamente. 

Tem muita gente por aí que gosta de destruir o quadrado dos outros, ou até de se infiltrar noutros quadrados que não o seu. 

Não ter um quadrado é quase como não ter a sua própria personalidade.

- Quem és? 
- Qual é a tua essência?
- O que queres para a tua vida?
- Quais são os teus gostos reais na vida? Seja cor preferida, comida, religião...
- O que queres transmitir ao Mundo?
_ se não sabes responder com convicção a estas perguntas, então, não sabes NADA sobre ti!_ e isso é uma merda!

Não ter noção de "eu" é como não ser "um". É como se não soubéssemos ser, viver ou transmitir de forma individual. 

Se não soubermos de que é feito o nosso quadrado, vamos viver no quadrado do outro. Vamos andar como marionetas-de-quadradinho-alheio. E isso não é saudável. E também é uma merda.

Saber quem somos - a nossa essência como ser humano individual -, saber o que queremos fazer da nossa vida - seja a nível pessoal como profissional -, saber o que queremos ou não ter - valorizar o que temos ou lutar sempre por ter mais - as escolhas são sempre individuais e cada um é como cada qual -, e o que queremos transmitir ao Mundo - o nosso modus vivendi, as nossas crenças, os nossos valores-, tudo isto é individual. Tudo isto forma um quadrado maravilhoso que nos faz ser exatamente aquilo que nós somos! E cada um deve ter o seu!

Depois, se nos quisermos juntar a outro quadrado, porque supostamente o ser humano não sabe viver sozinho, fazemos uma espécie de puzzle maaaaas... cada peça é individual! Podem se unir e criar uma coisa gira mas nunca nunca nunca! deixando o seu quadrado. 

É por estas teorias que eu descobri o porquê dos meus relacionamentos-sempre-falhados. Andei demasiado tempo a viver em quadrado alheio... sem saber sequer quem eu era quando ficava sozinha! 
Entretando descobri o meu quadrado, construindo o meu ser e aceitando a minha essência tal como é. De momento não há espaço disponível para outro quadrado encaixar. Não tenho tempo. Nem vontade. 

Porque quando descobres, conheces e AMAS o teu quadrado... vês o quão suficiente, especial e única/o és por "dentro" que não é necessário procurar "fora". ❤

Vale a pena pensar nisto... 

Beijos a todos!
A.V.