Estou tão perdida... ando tão perdida no Mundo que dou por mim a magoar sempre quem mais gosto. Família e Amigos.
Perdi o meu caminho e não sei ainda por onde ir. Então vou com o vento para todos os lados e recuo quando me sinto fora do caminho que não sei qual é...
Estúpido não?!
Pois é. Assim tem sido a minha vida.
Encontrei me a nível profissional. Finalmente estou num emprego com (mais) uma nova oportunidade e desta vez não vou desperdiçar.
Encontrei o meu poiso. Estou em casa. Esta é a cidade onde quero ficar. É aqui que quero estar.
Aos poucos vou construindo o meu canto. Aqui.
Talvez não fique para sempre nesta casa, mas é nesta cidade que fico. Junto dos meus.
No meio disto tudo perdi a minha essência. Não a encontro. Não me encontro.
Afinal já não sei que música gosto mais.
Já não sei qual o meu estilo de roupa preferido.
Já não sei como quero ter o meu cabelo. Curto ou comprido. Claro ou escuro.
Já não sei que comida prefiro. Ou qual a cor que mais gosto.
É horrível. Não saber quem és. Ou o que queres.
E depois aparecem pessoas. O G, o F, o E, o B, o N...
Pessoas que magoo sem querer por que não sei o que quero.
Por que acho que o Mundo gira à minha volta e eu é que ando às voltas perdida neste Mundo...
E depois há outras pessoas que querem estar perto e lutam por mim. E eu...perdida... fujo das pessoas e não consigo manter relacionamentos. A M, a P...
Pessoas fantásticas que não consigo me dar a conhecer.
Entro logo com defeitos. A maltratar me para que saibam a cabra de merda que sou.
E afinal sou só frágil. Um peça perdida no Universo sem saber o que fazer com ela própria. A tentar se descobrir. A tentar fazer o melhor que pode com o melhor que sabe. E ainda assim faz asneira. E ainda assim magoa.
A todas as pessoas que estiveram comigo e já não estão... a todas as pessoas que um dia se quiseram aproximar e não conseguiram. Eu peço desculpa.
Peço muita desculpa.
Por que apareceram numa altura muito complicada da minha Vida. Onde eu não sei sequer para quem escrevo ao certo...
Ou se alguma vez essas mesmas pessoas vão ler este texto até ao fim.
Acho que aqui fica o balanço do ano. Não posso acrescentar mais nada. Apenas agradecer a quem ainda permanece ao meu lado aceitando me tal como sou.
Cheia de defeitos e dúvidas mas no fundo sei que sou uma boa pessoa. Perdida por agora. Mas uma boa pessoa.
Hei de reencontrar o meu caminho. Tudo vai ficar bem e daqui a 5 anos vou chorar de riso com isto que escrevi.
Mas é o que sinto hoje. E o que importa é o agora.
** ilustração Luiza Pannunzio